Você já foi sequestrado emocionalmente?
A pergunta pode soar estranha ou até engraçada, mas certamente todos nós, ao menos uma vez na vida já passamos por um sequestro emocional.
Sabe aquela situação em que temos uma reação exagerada a um determinado acontecimento e depois nos arrependemos? Como se algo fosse capaz de acionar nossa pior versão e não conseguimos chamar a razão de volta ao corpo? “Não sei o que deu em mim” é frase mais comum dita ou pensada após ter cessado o episódio.
Pois bem, esse tipo de reação onde agimos por impulso, de forma agressiva e irracional é provavelmente um episódio de sequestro emocional.
Mas como esse fenômeno ocorre?
Nós temos uma estrutura cerebral “antiga”, chamada amígdala, projetada para identificar riscos eminentes e garantir nossa autopreservação. Quando a amígdala, responsável por processar nossas emoções, entende que determinada situação representa um perigo, ela age imediatamente para nos defender.
Funciona mais ou menos assim: toda vez que somos expostos a uma informação sensorial, essa sensação é direcionada ao tálamo, parte de cérebro que atua como estação de retransmissão. O tálamo retransmite essa informação para o neocórtex (o “cérebro pensante”). O neocórtex por sua vez envia as informações para a amígdala (o “cérebro emocional”) que produz a resposta emocional que considera apropriada.
No entanto quando enfrentamos uma situação que é interpretada como uma ameaça, o tálamo envia informações sensoriais tanto para a amígdala quanto para o neocórtex. Se a amígdala sentir o “perigo”, esta toma uma decisão muito rapidamente, para iniciar a resposta de luta ou fuga antes que o neocórtex tenha tempo de anulá-la e dessa maneira ocorre o fenômeno do sequestro emocional.
“Esse mecanismo de reação era muito útil para nossos ancestrais, quando eles precisavam instintivamente fugir ou lutar em uma situação de vida ou morte. Afinal, imagine pensar em milhares de estratégias, ou ter uma crise de ansiedade, enquanto uma fera avança… provavelmente ninguém sobreviveria para contar a história!”
Nosso cérebro não evoluiu a ponto de entender quais situações da vida moderna são perigos reais e quais são simbólicos, por isso a amígdala é ativada e o sequestro emocional ocorre.
Existem alguns gatilhos que podem gerar o sequestro emocional:
>Um motorista cortando a frente
>Quando alguém nos insulta
>A birra de um filho
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>Alguém falando alto perto de nós
>Discussão com um membro da família
>Acesso incontrolado de riso após uma piada (sim o sequestro emocional pode ocorrer em situações positivas também!)
Como evitar um sequestro emocional?
>Identifique suas sensações para poder controlá-las com maior assertividade.
>Respire e tente pensar em algo que não faz parte do seu cotidiano, por exemplo fale mentalmente o nome dos sete anões, os dias da semana em inglês... dessa maneira sua mente se concentrará em outro ponto e não na emoção que procura te dominar.
>Compartilhe com alguém que você confie ou procure ajuda de um profissional.
Lembre-se: você não precisa ser um refém de suas emoções!
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Fontes de pesquisa: