Você já usou (ou usa) os unicórnios brasileiros

Você já usou (ou usa) os unicórnios brasileiros

Mas o que diacho é um unicórnio Rubens?

Por mais que seja amante de desenhos infantis, e assista muitos apesar dos meus trinta anos, não estou falando de nenhuma animação recente (ou antiga, não confunda com cavalo de fogo), mas sim das empresas que recebem essa classificação quando são avaliadas pelo mercado com o valor de 1 bilhão.

Geralmente essas empresas são startups, empresas com produtos escaláveis em um curtíssimo período de tempo.

Hoje faz uma semana que mais um unicórnio brasileiro surgiu: a WildLife recebeu uma rodada de aportes de US$ 60 milhões, liderada pelo fundo americano Benchmark Capital (de Uber, Twitter e Snapchat), a empresa de games para dispositivos móveis Wildlife Studios se tornou o décimo unicórnio brasileiro.

O engraçado aqui é ver que as empresas que estão nessa lista são grandes prestadoras de serviço (tirando a última que pode ser classificada como entretenimento), que mexeram fortemente em ecossistemas sólidos e quase que centenários, promovendo um grande movimento de empoderamento do consumidor, que passou a ter opções mais eficientes e efetivas de entregas de alguns produtos.

Outro ponto é que as empresas chegaram a esse patamar ofertando praticamente 1 produto, mas um bom produto, deixando claro que as vezes portfólios muito grandes, podem ser maus negócios quando falamos de empresas que queiram expandir rapidamente.

Em mercados maiores e melhor estruturados como China e Estados Unidos, a existência de empresas como essa é muito maior, não tenho os números absolutos neste momento, mas a busca por lá já se dá ao decacórnios, empresas que tenham valor estimado em 10 bilhões.

Aqui no Brasil PagSeguro, Stone e Nubank já chegaram a esse patamar.

Vamos ver a evolução dessa lista na torcida de que mais e mais empresas brasileiras façam a diferença no mercado de forma positiva e assertiva, promovendo qualidade e excelência nos serviços para nós consumidores.

Compartilho aqui a lista dessas empresas e quando (e como) cada uma se tornou uma startup.

Quais são os unicórnios brasileiros? 

99

O que faz: App de transporte

Quando virou unicórnio: janeiro de 2018

Criada em São Paulo em 2012 pelo trio Paulo Veras, Ariel Lambrecht e Renato Freitas, a 99 se tornou um unicórnio em janeiro de 2018, ao ser adquirida pelo equivalente a US$ 1 bilhão pelo grupo chinês Didi Chuxing. Na época, o pagamento total foi de US$ 600 milhões – a empresa asiática já tinha participações na 99 antes de efetuar a compra. 

PagSeguro

O que faz: Meios de pagamento

Quando virou unicórnio: janeiro de 2018

Pertencente ao UOL, a empresa de meios de pagamento PagSeguro se tornou um unicórnio brasileiro ao abrir seu capital na bolsa de valores de Nova York. Foi uma das aberturas de capital mais bem sucedidas das companhias brasileiras no exterior: ao final do primeiro dia no mercado, a companhia estava avaliada em US$ 9,2 bilhões. Hoje, vale US$ 15,44 bilhões. 

Nubank

O que faz: Cartão de crédito e serviços financeiros

Quando virou unicórnio: março de 2018

Ao receber uma rodada de investimentos de US$ 150 milhões do fundo russo DST Global, o Nubank revelou ao Estado que tinha virado um unicórnio – a empresa, alega, no entanto, que já havia chegado a essa avaliação de mercado antes da rodada. Poucos meses depois, o Nubank foi avaliado em US$ 4 bilhões, ao receber fundos da chinesa Tencent. Em julho deste ano, se tornou a primeira startup brasileira a se tornar um decacórnio, ao receber US$ 400 milhões do fundo americano TCV, chegando à avaliação cerca de US$ 10 bilhões. 

Stone

O que faz: meios de pagamento

Quando virou unicórnio: outubro de 2018

Fundada pelo carioca André Street em 2012, a Stone se beneficiou de uma mudança regulatória para crescer no mercado brasileiro de maquininhas de cartão de crédito. Foi crescendo pelas beiradas, buscando espaço em um setor controlado pela dupla Rede e Cielo, e, ao abrir capital na bolsa de valores de Nova York em 2018, chegou à avaliação de unicórnio. 

iFood/Movile

O que faz: delivery de comida

Quando virou unicórnio: novembro de 2018

Aqui há um caso de 2 em 1: o iFood, que pertence à holding Movile, recebeu em novembro de 2018 um aporte de US$ 500 milhões dos fundos Naspers e Innova Capital, ligado a Jorge Paulo Lemann. Com isso, a startup de delivery de comida tornou-se um unicórnio e, de quebra, levou junto a sua dona, a Movile, a se tornar outro. Vale dizer que a Movile, além do iFood, também tem investimentos em startups como Sympla e é dona do Playkids. 

Loggi

O que faz: entregas

Quando virou unicórnio: junho de 2019

Há algo em comum entre as três startups brasileiras que se transformaram em unicórnios em 2019: todas elas alcançaram tal marca graças a investimentos do grupo japonês SoftBank, que abriu um fundo avaliado em US$ 5 bi para o mercado latino. A primeira delas é a Loggi, fundada pelo francês Fabien Mendez em São Paulo – ele se mudou para o Brasil inspirado pela capa da Economist com o Cristo Redentor decolando. A startup de entregas levantou US$ 150 milhões em uma rodada liderada pelos japoneses. 

Gympass

O que faz: serviço de assinatura de academias e atividades físicas

Quando virou unicórnio: junho de 2019

Uma semana depois da Loggi foi a vez da Gympass ganhar o status "mítico": a empresa recebeu um aporte de US$ 300 milhões liderado pelo SoftBank e pelo General Atlantic, fundo americano com experiência em startups. A startup tem um modelo de negócios ousado: oferece um plano de “assinatura de academias e atividade físicas” a empresas, que por sua vez repassa esse sistema como um benefício a seus funcionários. Hoje, está em 14 países, incluindo os EUA. 

QuintoAndar

O que faz: aluguel de residências

Quando virou unicórnio: setembro de 2019

 Fundada em 2013 pela dupla de empreendedores Gabriel Braga e André Penha, o QuintoAndar intermedia a relação entre proprietários e inquilinos, dispensando a necessidade de seguro fiança, fiador ou caução. Hoje, está presente em 25 cidades brasileiras e fecha 4,5 mil contratos por mês. Virou unicórnio ao receber US$ 250 milhões em uma rodada liderada pelo SoftBank e pelo fundo americano Dragoneer.

Ebanx

O que faz: processa pagamentos

Quando virou unicórnio: outubro de 2019

Primeiro unicórnio da região Sul, a Ebanx permite que empresas estrangeiras como Spotify, Airbnb e Aliexpress vendam produtos e serviços a brasileiros, cobrando em moeda local. Fundada em 2012, em Curitiba, pelo trio Alphonse Voigt, João del Valle e Wagner Ruiz, a empresa já tem mais de 600 funcionários e atua em vários países da América Latina – para onde pretende fazer sua expansão. Virou unicórnio ao receber um novo aporte do fundo de private equity FTV, do Vale do Silício. 

Wildlife

O que faz: games para celular

Quando virou unicórnio: dezembro de 2019

Fundada em 2011, em São Paulo, ainda como Top Free Games (TFG), a Wildlife é o unicórnio de trajetória mais discreta até aqui: alcançou a avaliação de mercado de US$ 1,3 bilhão após receber um aporte do Benchmark Capital (de Uber, Twitter e Snapchat), em sua segunda rodada na história. Criada pelos irmãos Victor e Arthur Lazarte na casa dos pais, com investimento inicial de US$ 100, a empresa faz jogos gratuitos para celular, mas fatura com microtransações – venda de itens cosméticos ou que melhoram o desempenho do jogador nas partidas. Até o fim de 2019, deve acumular 2 bilhões de downloads em títulos como Sniper 3D, Colorfy e Tennis Clash. Também é um dos unicórnios mais ‘globais’ do País: tem escritórios em quatro países e seus games frequentam o ranking dos mais baixados, no iOS e no Android, em mais de 100 territórios diferentes.




Tudo mto bonito (e realmente alguns casos são) mas.... como? quando? E se essas empresas vão dar lucro.... Não devemos esquecer que final da década de 90 e começo dos anos 2000 existiam uma festa das empresas pontocom....  Quantas sobreviveram quando a mina de dinheiro secou? Não estou falandos dos casos aqui até porque algumas tem negócios sólidos com previsão """REALISTA""" de break even e lucro (que ao final é o que interessa para crescer no longo prazo)... Vejo milhares de empresas FINTECHS e STARTUPS que tem idéias fantásticas mas que - ao meu ver - nunca serão lucrativas...   Espero que essas empresas prosperem, de verdade, mas não sei se todas sobrevivem sozinhas sem alguém comprando ou se fundindo. 

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