Você não irá usar Machine Learning

Você não irá usar Machine Learning

Quando falamos em Indústria 4.0 logo vem à mente uma porrada de robôs autônomos andando pelas fábricas e tomando decisões sozinhos para encontrar a melhor performance das tarefas que estão executando.

Equipamentos fazem autodiagnóstico e se ajustam às condições de ambiente de forma automática a fim de obter a melhor qualidade com o menor custo possível. E tudo isso é acompanhado pelos gestores e tomadores de decisão em tempo real através de dashboards espalhados por todos os cantos das fábricas.

Só que a realidade é um pouco diferente disso.

O uso de tecnologias digitais vem aumentando nas indústrias brasileiras, mas ainda permanece em níveis considerados baixos sugerindo que o país ainda está no estágio inicial da transformação digital.

A afirmação acima é fruto de dados de um estudo feito pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Já o índice de inovação Global (IGI) de 2021 indica que o Brasil ocupa a posição 57º no ranking em investimento em soluções tecnológicas e em formação de profissionais qualificados, o que mostra que estamos atentos às transformações e dispostos a investir em tecnologias que nos coloquem em outro patamar.

Mas não se engane, estes investimentos estão sendo feitos em melhoria dos processos e equipamentos. Na grande maioria das vezes a automação dos processos que são realizados de forma manual já traz uma contribuição significativa em relação a redução de custos, qualidade de produto e aumento de produtividade.

O simples fato das empresas entrarem na era 3.0 já as torna muito mais eficientes do que já são hoje em dia.

Talvez a realidade da empresa onde você trabalha seja um pouco diferente do que estou falando aqui. Pode ser que o seu ambiente de trabalho já esteja em um estágio de indústria 3.0 muito bem consolidado e que você já esteja vivenciando a transição para o ambiente 4.0.

Acredite, antes de começar a utilizar técnicas de machine learning sua empresa terá uma longa jornada que consiste na coleta e armazenamento dos dados dos equipamentos que só será possível com investimento pesado em infraestrutura e automação de ponta.

Depois será necessário entender exatamente o que a empresa quer com estes dados para que os esforços sejam direcionados de forma inteligente. Dados que não geram informações são lixo e informações que não geram ganho para o negócio são perda de tempo.

Só depois de tudo muito bem estruturado e um direcionamento bem definido é que entra o Machine Learning….

Egberto Nunes

Automação Industrial | Indústria 4.0 | IIoT | Big Data & Analytics | Transformação Digital

1 a

Muito legal o artigo Evaldo Junior, concordo contigo que hoje a grande demanda ainda é alcançar o patamar de automação clássica (agora chamada de I3.0) e isso já trará grandes benefícios para as industrias, mesmo não sendo tão motivador ou "glamoroso" quanto já avançar em soluções como ML, IIoT, Gêmeos Digitais, Big Data entre outras maravilhas da I4.0.  Mas por outro lado, creio que é sim possível experimentar soluções de I4.0 em pequenos projetos para não ficar 100% à margem das novas tecnologias apenas esperando que o concorrente faça primeiro! Logicamente sem a base da I3.0 consolidada e a experimentação da I4.0 apenas através de pequenos investimentos não trarão tantos resultados em escala para a empresa, e dependendo da expectativa dos envolvidos, poderá até minar a credibilidade destas soluções para o futuro.

Miguel Mello Fo

Gerente de Projetos I Transformação Digital | Especialista Lean | Six Sigma Black Belt | Líder Inovação I Assessoria I Consultoria I Mentoria I Capacitação-Treinamentos I Palestras

1 a

Muito bem colocado Evaldo !! Jornada grande pela frente.🚀

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