Você não vai perder o emprego para a Inteligência Artificial, maaaas....

...vai perder para que entende mais de Inteligência Artificial do que você.

O ChatGPT, a Inteligência Artificial Generativa da OpenAI, entrou no ar em 30 de novembro de 2022, ou seja, há 568 dias.

Desde então, vem sendo adotada em larga escala. Embora sejam 18 meses de vida, é um período curto em comparação com a adoção de outras tecnologias em anos recentes.

Só que brutalmente transformadora.

A GAI ou GenAI impactou drasticamente diversos segmentos e promete impactar muitos outros.

É sobre isso que falarei neste texto, inspirado em um artigo de maio da economista-chefe do LinkedIn, Karin Kimbrough , que discute como essa mudança está moldando o nosso ambiente de trabalho hoje e como irá moldá-lo no futuro.

Diferente da onda da Web3 e do Metaverso de 2021/2022, a GAI impactou o mundo do trabalho de forma abrangente.

Desde o dono de uma lanchonete que usa o GPT para melhorar os textos para seu cardápio, até o analista de marketing que quer otimizar sua nova campanha publicitária, passando pela líder de talentos que precisa de ajuda para encontrar candidatos de forma rápida e precisa, as ferramentas de IA têm assumido papéis variados.

Sem dúvida, porém, o maior ganho oferecido por essa tecnologia está na produtividade, com menos tarefas manuais, liberando tempo para os profissionais realizarem trabalhos mais significativos ou complexos. Ou ampliarem a sua perspectiva sobre um assunto.

Os números apresentados pela Karin são impressionantes: 75% dos profissionais do conhecimento em todo o mundo usam IA generativa (GAI) no trabalho – uso que dobrou apenas nos últimos seis meses.

78% desses mesmos usuários trazem suas próprias ferramentas para o trabalho, em vez de usar as fornecidas por suas empresas. E não é capricho: quase metade dos executivos dos EUA não está investindo em ferramentas ou produtos de IA para suas equipes, citando incertezas em torno de orçamentos, medição e implementação, de acordo com o Índice de Confiança Executiva do LinkedIn.

Para mim, isso é um pensamento jurássico.

Apenas 25% das equipes de Desenvolvimento de Pessoas das empresas globais planejam oferecer programas de treinamento sobre como usar IA generativa em 2024. 

O que explica essa dicotomia? A certeza de que o mundo mudará radicalmente por causa da GAI e, ao mesmo tempo, tão poucos líderes dedicando recursos para requalificar e aprimorar suas equipes com ferramentas de IA?

Bom, para mim, a relutância desses líderes em investir em tecnologia pode ser explicada por alguns fatores: muitos desconhecem como a GAI pode ser aplicada de forma eficaz em suas operações. 

Depois, os custos de implementação ainda são significativos: a IA Generativa requer investimentos em tecnologia, treinamento e infraestrutura, o que pode ser um obstáculo para quem lida com orçamentos limitados e a necessidade de justificar o retorno sobre o investimento, o famoso ROI.

E, finalmente, o clássico medo da mudança, o que ocorre especialmente em empresas com processos bem estabelecidos, com falta de estratégias claras para a integração da IA e escassez de programas de treinamento para capacitar os funcionários.

Enquanto a demanda por GAI cresce entre os trabalhadores que percebem seus benefícios, as lideranças ainda enfrentam barreiras significativas para adota-la amplamente. 

Só que os números, sempre eles, faltam por si só:

Segundo Karin Kimbrough, nos últimos oito anos a contratação de talentos técnicos em IA no LinkedIn aumentou 323%. E o número de empresas com uma posição de Chefe de IA triplicou nos últimos cinco anos globalmente, crescendo mais de 28% apenas em 2023.

Nos EUA, as indústrias que cresceram mais rapidamente em “concentração de talento técnico em IA” são: Serviços ao Consumidor (35%), Educação (29%), Provedores de Entretenimento (26%), Serviços Administrativos e de Suporte (25%) e Serviços de Acomodações e Alimentação (25%).

A adoção profissional da GAI, alinhada à contratação de equipes técnicas capacitadas, também sinaliza uma tendência importante: a de que essa tecnologia é um tsunami inevitável.

Profissionais de todas as idades, níveis e segmentos tendem a aprimorar suas habilidades para usar ferramentas de IA generativa.

“Desde o final do ano passado, vimos um aumento global de 142 vezes no número de membros adicionando habilidades de aptidão em IA aos seus perfis no LinkedIn - e não são apenas trabalhadores em funções técnicas que estão adicionando essas habilidades”, revela Karin Kimbrough. 

Atualmente, os profissionais que mais têm investido em GAI incluem desenvolvedores, produtores de conteúdo, designers e gerentes de marketing. 

Mas pessoas do varejo, imobiliário e serviços administrativos, serviços advocatícios e artes também têm se capacitando.

“Nos últimos seis meses, vimos um aumento de 160% no número de profissionais não técnicos fazendo cursos do LinkedIn Learning para aprimorar sua aptidão em IA”, confirma Karin.

E os ganhos são imensos: 92% dos heavy users de GAI afirmam que essa tecnologia torna sua carga de trabalho mais gerenciável; 92% dizem que ela aumenta a criatividade; e 93% afirmam que ela ajuda a focar nas tarefas mais importantes.

Para quem contrata, o desafio é passar da experimentação para a implementação. 

A IA no trabalho já não é mais uma questão de “se” nem de “quando”.

Ela já está aqui e as organizações que enxergarem isso crescerão seus negócios e gerarão valor para seus clientes, enquanto, na paralela, constroem uma força de trabalho adaptável e ágil.

* Muito prazer! Sou Marc Tawil, estrategista de Comunicação, treinador de times  corporativos, educador com 85 mil alunos no digital e palestrante. 

Sou LinkedIn Top Voices, Creator e LinkedIn Learning (6 cursos e 54k alunos) e TEDxSpeaker. 

Se você deseja ou precisa melhorar a sua comunicação ou do seu time, me chame por Inmail. Terei prazer em conversar contigo.