Você sabe mais sobre Big Data do que imagina

Você sabe mais sobre Big Data do que imagina


Como todo termo da moda, ele foi repetido à exaustão nos últimos anos. Artigos, frases de efeito, cases (reais ou não), todos citavam o Big Data. Qualquer grande empresa que se preze tinha alguma aplicação recente pra contar ao mercado. Então, de tão usado, virou clichê. De tão falado, agora já não desperta tanto interesse, cliques ou views. E com isso já começam a surgir os novos modismos: Data Science, Data Driven e outros já se tornaram parte necessária de conversas “modernas” sobre negócios e sua orientação a dados.


Não quero que pareça, porém, que isso me causa incômodo ou desconforto. Pelo contrário, acredito ser superimportante que, em termos gerais, a análise de dados se faça mais presente no cotidiano das empresas dos mais diversos setores. A grande reflexão que faço é se as pessoas realmente captaram a essência do Big Data e entenderam o que ele é. Eu acho que não.


Numa definição formal, Big Data é “o termo que descreve o imenso volume de dados – estruturados e não estruturados – que impactam os negócios no dia a dia”. Na prática, pode-se dizer sua utilização pressupõe a análise de um amplo histórico de informações para buscar insights e oportunidades de melhoria (seja num processo ou em diretamente em negócios). E é por isso que digo: você sabe mais sobre big data do que imagina. Explico:


Todos os dias, em muitas das decisões corriqueiras e até automáticas que tomamos, nosso cérebro usa todo o seu banco de dados para embasar a nossa tomada de decisão. Aquilo que muitas vezes chamamos de “instinto” é, na verdade, o processamento do nosso Big Data interno.


Os exemplos são vários: ao chegar numa estação de metrô você se posiciona onde sabe que há mais chances do vagão estar vazio (ou menos lotado); ao pegar o carro e se dirigir a um compromisso você sabe qual é a faixa da avenida que costuma andar mais rápido; ao subir no ônibus você sabe em que momento tem que começar a se dirigir à porta para conseguir descer onde quer; etc. Nada disso é “sexto sentido”. É o seu cérebro, que não deixa de ser um potente computador, analisando um imenso volume de dados para extrair a melhor solução para o problema.


Voltando então ao mundo dos negócios, o que podemos concluir dessa analogia é que o trabalho de análise de dados, mesmo embrulhado em expressões marqueteiras como Big Data ou Data Science, já está no seu sangue e não precisa ser nenhum bicho de sete cabeças. Se o seu objetivo é buscar novas soluções para antigos problemas, comece pelo básico. Olhe com atenção para as informações históricas que você possui. Se não possui, comece a armazena-las e dê um passo de cada vez. Depois, verá que utilizar esses dados a seu favor é algo muito mais natural do que você pensa.



Gilmar Neves

Data Engineer at Shape | Azure - Spark - SQL - Docker - Airflow

5 a

Muito bom as pessoas realmente entenderem todos esses termos que todos os dias são cuspidos a torto e a direito sem, muitas das vezes, significado.  Como li num quadrinho tempo desses: 'Como saber a diferença entre AI e Machine Learning? Se estiver em Python é Machine Learning; se estiver em PowerPoint é AI. '

Cynara Bastos

Inspiradora Humana & Psicóloga | Desenvolvimento de Líderes | Aprendizagem Corporativa | Desenvolvimento de Carreira | Curadoria de Conteúdos

5 a

Adorei Alejandro Abiusi! Você desmistificou o tema de Big data de forma super simples! Muito boa a analogia com nosso “big data interno”! 👏🏾👏🏾👏🏾

André Marques

Líder técnico na Engineering do Brasil

7 a

Excelente artigo, Alejandro. Tenho tentado me aprofundar mais nesta área recentemente. E, como acontece em muitas áreas relacionadas à TI, já notei essa necessidade do "falar difícil". Penso que muitas vezes isso ocorre numa tentativa de valorizar a área. Incomoda que isso pode acabar gerando um motivo de descarte desnecessário. Já participei de discussões onde alguém fala "precisa saber trabalhar com XXY". E eu nunca tinha ouvido falar do termo, ou seja, pela lógica, eu estaria fora da discussão. Mas depois, ao pesquisar, vi que era algo com que eu já tinha trabalhado, só que com outra nomenclatura. Gostei muito da analogia. Não precisa ser difícil, apenas pensado e trabalhado ;-)

Felipe Rosa

Eu crio, vendo e implemento soluções B2B combinando Inovação | Tecnologia | Dados | Gestão e Inteligência Artificial

7 a

Muito boa analogia. E acredito que as roupagens atrapalham sim em vários outros meios e segmentos, afinal, sempre foi bonito falar difícil.

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