Você se diverte com sua equipe?
Farol da Barra, Pelô, Elevador Lacerda, Praia do Forte

Você se diverte com sua equipe?

Gente, antes de mais nada, é bom esclarecer: não tô falando de almoço, nem de happy hour. Quando eu falo em divertir-se com sua equipe, me refiro a tornar atividades profissionais mais divertidas e desafiadoras. {Se bem que um almocinho e uma cervejinha são sempre bem-vindos.}

Hoje o post é apenas reflexivo porque ainda estou de féééérias!

Tive a ideia de escrever sobre isso lá na Bahia, por causa de uma pequena contratura muscular na coxa esquerda causada pelo excesso do futebol na areia... Um dia, no final da tarde, a molecada das redondezas sumiu e meus moleques rejeitaram o NÃO como resposta ao convite: vamos jogar futebol na praia? O problema é que eu já tinha corrido na areia fofa bem cedinho e tinha jogado futs pela manhã. Forcei a perna além dos limites, mas como eles ficaram sentidos de eu estar contundida, continuei a jogar, no gol. O resultado? Fisgadas na perna esquerda e pausa obrigatória para descanso. Fiquei lá só observando e refletindo.

Cheguei à conclusão que eles não querem saber se sou bem mais velha do que eles, se jogo mal ou se estou machucada. Eles não querem o time desfalcado e ponto final. Afinal, sempre foi assim. Por ter tido filhos meninos, decidi aprender a bater bola há uns 10 anos, pois sempre faltava jogador em campo. {Segundo meu marido, já evolui bastante, rs rs rs. Hoje, cato no gol melhor do que muito moleque. Aliás, descobri um treinamento específico para goleiros do lado da Cadaris, acho que vou me inscrever. Além de ajudar a emagrecer, ainda ajuda a aliviar o estresse.}

Mesmo sob olhares de reprovação, continuo no meu estilo de mãe não-convencional que joga videogame até de madrugada, cata no gol, sobe em árvore, muro e o que vier pela frente; que voa com o filho de paraquedas, solta palavrão na montanha russa, faz rafting, arvorismo e boia cross. E quando você pensa que está abafando, se engana. Eles nem ligam, muitas vezes têm até vergonha... Parece frustrante, né? Mas não é. Eles não ligam porque esse é o padrão de mãe que eles conhecem. Pra eles é normal a mãe jogar futebol então isso não é mérito algum.

Divertir-nos juntos, sem ser um programa em família, no dia a dia mesmo, é super natural. Eu não estou cuidando, nem entretendo, estou brincando.  Não é um momento mãe e filho, é um tempo de curtição. E isso é muito mais marcante. Curtir juntos, coisas que eles gostam - ou só eu gosto como as montanhas russas - nos dão "créditos" (digo nos porque incluo aqui meu marido, que também é um pai doido) para quando precisamos cobrar algo ou solicitar alguma tarefa. Se eles têm algum problema ou dificuldade, somos nós o primeiro (um dos primeiros, sejamos realistas) ombro amigo com quem eles desabafam.

Bem, e o que vocês têm a ver com isso? Tudo!

Transporte esse cenário para a vida corporativa e pergunte-se: você é (ou será) um chefe tradicional que dá ordens e direcionamento e espera servir de inspiração? Ou você é (ou será) um líder confiante, divertido, que as pessoas podem falar abertamente sobre tudo?

Sentada na cadeira da praia sem poder jogar, comecei a pensar na Cadaris e percebi que minha equipe era muito mais motivada e feliz quando eu fazia "intervenções criativas" na rotina diária, como sair com todo mundo para uma exposição a fim de analisar o senso crítico de cada um, ir ao cinema nos inspirar naquele universo retratado para montar uma campanha, correr/ caminhar no Ibirapuera com uma personal para comunicar um programa de qualidade de vida, etc. Acho também que eu era mais querida e admirada. Hoje, virei a bruxa malvada...

Enfim, fica a dica para vocês refletirem também. De minha parte, podem esperar. Novidades virão... Ah... a Bahia, fonte eterna de renovação e boas energias.

Até a semana que vem!

Hoje não tem Let's Rock. Vou de Axé!

Maris

Artigo publicado originalmente no blog da Agência Cadaris no dia 31/07.


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