Você trabalha por dinheiro ou por uma causa?

Estava aqui pensando qual a diferença entre trabalhar por dinheiro e trabalhar por uma causa ou propósito?

Não cheguei nesta conclusão da noite pro dia, por muitos anos venho me perguntando, conversando com outras pessoas, trocando experiencias e construindo a minha definição. Creio que achei a definição que mais se enquadra em mim: “Aquele que acha que seu valor está ligado aquilo que ele tem, ou só ouve as pessoas pelo bem patrimonial que elas possuem, é um perfeito candidato a ser hipócrita".

Parece um pouco contraditório mas é real, geralmente aquele que persegue o dinheiro, que foca suas energias nos valores financeiros, ganha pouco ou sempre esta sendo "escravo do dinheiro", e aquele que persegue uma causa ganha bem mais”, não está motivado somente nos dias do pagamento, está motivado todos os dias pelos objetivos de causa ou propósito.

Parece complicado de entender, mas não é.

Acontece que na hora do aperto (e ele sempre vem) o indivíduo só vai além se tiver uma causa no qual ele acredita, e está disposto a encarar desafios que valha a pena lutar. Caso contrário, se a primeira sequência de zeros em sua conta chamar mais a atenção do que o “motivo”, ele estagnará com alta frequência.

Segundo Instituto Social

da Bahia (ISBA), cerca de 80% da população brasileira está insatisfeita no trabalho ou em sua profissão, relatam infelicidade no que fazem atualmente em seu trabalho.

E onde estão as causas desta falta de descontentamento?

O primeiro grande fator já foi citado acima, mas acredito que ele se desencadeia lá atrás, na educação, nos seus valores e princípios, isso acaba pesando a longo prazo. Quando alguém geralmente comenta que não está satisfeito profissionalmente, provavelmente se baseou nas seguintes “argumentações” de escolha: seguir o sonho dos pais, leu conteúdos na internet que informam as áreas com salários mais altos ou empresas que remuneram melhor no mercado, também leram sobre empresas mais admiradas. E também tem aqueles que se basearam nas profissões promissoras para o ano seguinte, as que mais vão crescer no futuro.

Escolher com base nestes fatores não é 100% errado, e nem garante que você não terá sucesso. Aliás, a premissa para o sucesso é aceitar que você pode errar, como cito no meu artigo anterior sobre “O que você realmente quer”. Thomas Edison dizia “Eu não falhei, encontrei 10 mil soluções que não davam certo”. Apenas gosto de dizer que para mim os fatores que levam a escolher fazer o que se ama, seriam:

Autoconhecimento:

saber qual a sua missão, quais valores permeiam suas decisões, quais suas fortalezas e fraquezas, o que faz seu coração bater mais forte.

Sonhar Alto/ Acreditar. Já dizia Nelson Mandela “Tudo parece impossível até que seja feito”.

Não permitir que alguém diga o que você é ou não capaz.

Família e amigos: Brene Bronw, disse em seu livro A coragem de ser Imperfeito: “As pessoas que me amam, aquelas com quem eu realmente posso contar, nunca são os críticos que me apontam o dedo quando fracasso. Também não estão na arquibancada me assistindo. Elas estão comigo na arena, lutando por mim e segurando a minha mão”.

O apoio de pessoas próximas, que acompanham sua jornada fará grande diferença.

Não ter medo… Mas, se tiver medo, vai com medo mesmo.

O que vai motivar o ser humano esse ano e o próximo são os desafios, os medos de arriscar e ter sucesso, afinal por quanto tempo você vai aguentar trabalhar por dinheiro porém infeliz ou frustado?

Partindo daí, com certeza você minimizará as chances desses erros, e poupará perda de tempo, dinheiro e frustração.

E você trabalha por dinheiro ou por uma causa ou propósito?