A volta do Minha Casa Minha Vida e a expectativa do mercado imobiliário
Depois de um período de incertezas para o mercado imobiliário e para os investidores em geral no final do ano passado, podemos começar a ter alguma previsão de como será o cenário para o setor em 2023. Com o barateamento dos insumos começando a aparecer, o setor de construção no país deve acelerar.
Além disso, a discussão sobre moradias populares ganhou notoriedade com o novo governo, que prioriza a habitação para pessoas de baixa renda por meio do programa que volta a se chamar “Minha Casa Minha Vida” (MCMV).
Renan Sanches, diretor de Operações (COO) da Tenda e Eduarda Tolentino, sócia e presidente do conselho da BRZ Incorporações, reiteram que essa iniciativa incentiva a população com baixo poder de compra de imóveis a investir em casas financiadas, pois oferece taxa de juros abaixo do mercado.
Para participarem do Programa, as famílias não podem possuir imóvel próprio e devem ter renda bruta de até 8 mil reais, divididas em três faixas:
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Em 2023, já foram entregues 2.745 moradias e a meta é chegar a dois milhões de casas entregues até 2026. É um momento de otimismo, portanto, para o mercado das incorporações imobiliárias de moradia popular.
Além de contribuir com o acesso à moradia para pessoas de classe social mais baixa, o Programa prioriza deixar o imóvel no nome das mulheres e famílias que estão em situação de risco abrigadas em áreas de emergência, que correm o risco de enchentes ou deslizamentos.
Outra facilidade que contribui para o setor imobiliário é a liberação dos recursos do FGTS e o FGTS Futuro para comprar o imóvel, além do possível aumento do prazo de financiamento, que pode chegar a 35 anos.
Essas medidas mantêm o setor em movimento e contribuem para a diminuição do déficit habitacional no país, priorizando justamente a população que mais tem sido afetada pelo aumento da inflação tanto das mercadorias em geral, quanto dos imóveis.