WACC, um Dogma, efeito Manada

WACC, um Dogma, efeito Manada

Parte 3

WACC, um dogma, efeito manada

Amigos(as) e colegas publico a parte 3, a última, prometo, sobre o assunto WACC.

Para quem quiser os artigos que cito abaixo, favor dar um like e inserir seu email nos comentários.

Quando empresas são avaliadas pelos fundamentos econômicos, o bom e velho Fluxo de caixa descontado é sempre calculado utilizando o WACC. Bancos, grandes consultorias e boutiques de M&A levam o conceito a cabo. Não tenho dúvidas que o valor da empresa muda ao sabor da estrutura de capital, mas alguma vez você já calculou este fluxo de caixa com e sem a dívida?

Algo que até então era incontestável poderá abrir sua cabeça. Os números não irão bater, por um motivo simples: o valor da dívida não corresponde ao benefício econômico quando descontado pela ponderação.

Aos poucos matérias e artigos publicados vão dando vida ao problema:

  • “A Inexistência do Custo Médio Ponderado de Capital” - “Mitos e Lendas em Finanças”, de Clovis Padoveze;
  • “Valuation” pelo fluxo de caixa operacional ou do acionista? - "A Palavra Final", de Francisco Cavalcante;
  • ”The Capital Structure Puzzle: The Evidence Revisited” - Article in Journal of Applied Corporate Finance de Michael Barclay and Clifford Smith;
  • Capítulo 06 – “As etapas do M&A e os pontos estratégicos da transação.” 6.3.2 “O teste de consistência do passivo no Free Cash Flow to the Firm (FCFF).”“Avaliação de Empresas e os Desafios que Vão Além do Fair Value” de Fernando Cabral ;
  • ”O WACC é um Mito, uma Falácia ou uma Arma?” de Eliseu Martins

Impressiona a incapacidade e resistência dos financistas em tentar entender a lógica que corre por trás deste modelo. Defender o WACC é razoável, principalmente se deseja simplificar o valor perpetuo da empresa, mas alguns pontos chave vão ficar bem “manco”:

I. Provavelmente não irá retratar a realidade da empresa nem no presente nem no futuro;

II. Estará vulnerável a circularidade (para usar o WACC você precisa saber o valor do proprietário, e para saber o valor do proprietário você precisa usar o WACC);

III. A dívida x taxa nunca representará remuneração real dos ganhos perpétuos.

O WACC virou uma crença inquestionável para muitos. Alguns ilustres mestres mostram como a "conta bate". Ross é um exemplo, faz menção, demonstrando via projetos (FCFF/WACC = com FCFE/ke+divida) - é uma armadilha, mas é o ROSS não é? .... entre outros motivos, o efeito manada tem força, mas talvez não perpetuo, assim como muitas empresas são avaliadas (apenas aqui um trocadilho).

Quer os artigos que citados acima? Então deixe um like e comente abaixo com seu email e considerações sobre o "WACC, um dogma, efeito manada".

#fluxodecaixa #avaliação #dívidas #economia #cálculos

Alexandre T.

PhD Professor, Researcher and Corporate Finance Professional

5 m

Muito bom. No caso do Ross, ele usa o WACC com estrutura de capital a valor de mercado ( que é teórico e a forma correta de se utilizar, porém impraticável). Apenas no exemplo dele irá dar certo, onde o valor da firma será igual ao valor do equity+dívida. Rsrs

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