Web3: Guia básico do que você precisa saber

Web3: Guia básico do que você precisa saber

Sem nos darmos conta, estamos sendo conduzidos a fornecer informações valiosas, com pouca ou nenhuma compensação, para as empresas.

Pensada em 2014 pelo britânico Gavin Wood, a nova internet, chamada de Web3 (também denominada de Web 3.0 por algumas pessoas), tem a ideia de reformar a internet como conhecemos, trazendo, especialmente, descentralização e segurança de dados para as pessoas.

Mas antes de abordar a Web3, vamos ver rapidamente o conceito de Web1 e Web2:


Web1

É o primeiro estágio do que conhecemos hoje como World Wide Web. Existiam pouquíssimos criadores de conteúdo e a maiorias das páginas eram pessoas e estáticas.

Chegou no final da década de 1990. A premissa, de modo geral, era o compartilhamento de informações e conexão por meio de hiperlinks — o que persiste, por exemplo, para sites de notícias que trazem links em reportagens.

O acesso ainda era exclusividade de poucas pessoas e a conexão era lenta. Aqui, existiam apenas sites como o Google e Yahoo.


Web2

Difundida em 2004, é como, em maioria, conhecemos atualmente. Ela veio, portanto, para mudar completamente a maneira de usar a internet, dando voz a bilhões de pessoas.

Diferentemente da Web1, o meio passou a ser interativo, sendo marcado pelo desenvolvimento de plataformas digitais que permitem a criação de conteúdo por usuários.

Alguns exemplos da segunda versão da web são o Instagram, Uber, Twitter e os diversos sites e apps que você deve usar todos os dias.

Porém, essas big techs não oferecem seus serviços de bom grado. Elas cobram um preço alto: exploram os dados que eles coletam. Por que isso é importante? Porque este é o ouro do século 21!


Web3

O termo surgiu com o cofundador da Ethereum, Gavin Wood, em 2014 e não possui uma definição unânime. Porém, conceitualmente, trata-se de uma remodelagem da internet, baseada em blockchain, tokenização e descentralização.

A web3 é uma proposta de unir o melhor dos dois mundos online anteriores: a navegação na internet e os conteúdos gerados pelo usuário. Porém, como dito anteriormente, adicionando essas características aos benefícios do blockchain e tudo que o envolve.

Se ainda não sabe muito bem o que é blockchain, ele é o banco de dados público das criptomoedas. Nele, as transações são processadas por computadores do mundo todo, e não de uma só empresa ou autoridade central. Ele é, essencialmente, o elo que conecta a web 3 aos entusiastas das moedas digitais. Além disso, esse formato também permite poderes de decisão mais igualitários entre todos os usuários de serviços digitais. Por quê? A resposta está, novamente, no blockchain e na descentralização.

Aqui, realmente, todos os seus dados só pertencem a você. As informações ficarão atrelados diretamente às pessoas, a mesma coisa acontece com valores financeiros, tendo controle total e portabilidade sobre eles.


Os principais atributos da Web3

O objetivo final é tirar o poder das big techs, as detentoras das plataformas atuais que captam nossos dados, e devolver aos usuários, tornando a navegação totalmente descentralizada e protegida. Pensar nessa inovação é pensar que:

  • Permitirá que você controle seus dados;
  • Será essencialmente descentralizado;
  • A monetização será mais transparente e qualquer usuário poderá fazer parte dela;
  • Funcionará com a “confiança direta”, ou seja, permitindo que os participantes interajam diretamente sem passar por um intermediário “confiável”;
  • Seus registros ficarão armazenados para sempre, sem chance de ser deletado ou restringido por alguma plataforma;
  • Será um consórcio de diferentes tecnologias fundidas através de blockchain;


Web 3: O ponto de inflexão

Em todo caso, a web3 abre caminho para o desenvolvimento de todo tipo de serviço digital, tanto para novos quanto para os que já existem hoje em formato centralizado.

Junto com a tecnologia do aprendizado de máquina (machine learning), a Web 3 vai muito além da Internet. Aqui, falamos da oportunidade de conexão com outras tecnologias, como IoT (internet das coisas), Big Data e Inteligência Artificial, que poderão funcionar de forma totalmente descentralizadas.


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