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Piton de la Fournaise

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Piton de la Fournaise
Piton de la Fournaise
Piton de la Fournaise
Piton de la Fournaise está localizado em: Reunião
Piton de la Fournaise
Coordenadas 21° 14' 33" S 55° 42' 32" E
Altitude 2 632 m (8 635 pés)
Proeminência
Cume-pai: Piton des Neiges
Localização  Reunião
Última erupção 2 de julho 2023, terminou dia 10 de agosto 2023

Piton de la Fournaise (tradução do francês significaria Pico da Fornalha) é um vulcão em escudo na parte oriental da ilha de Reunião, departamento ultramarino da França.

É presentemente um dos mais ativos vulcões do mundo, em conjunto com o Kīlauea (no Arquipélago Havaiano) (Oceano Pacífico), o Stromboli e o Etna (Itália) e o Monte Érebo (Antártica). Uma erupção recente iniciou-se em agosto de 2006 e terminou em janeiro de 2007. O vulcão teve nova erupção em fevereiro de 2007, e em 21 de setembro de 2008. Mais recentemente, uma erupção aconteceu em 9 de dezembro de 2010 e durou dois dias.[1]

O Piton de la Fournaise é conhecido localmente como le Volcan (O Vulcão), e é uma atração turística importante da ilha de Reunião, existindo caminhos marcados mas cujo acesso é regulamentado para evitar acidentes pessoais.

A frequência das erupções e escoadas renova constantemente a topografia da montanha e das suas vertentes, e mantêm as paisagens sob o domínio mineral. A flora adapta-se, com a colonização vegetal a começar logo que a lava arrefece. Os líquenes são em geral os primeiros a instalar-se, seguidos dos fetos.

Mapa das escoadas de lava 1972-2000
O Piton de la Fournaise em erupção, abril de 2007
Escoada no mar, atraindo turistas e curiosos
Escoada no mar
O Piton de la Fournaise desenhado por Bory de Saint-Vincent após a erupção do de 1801
O Piton de la Fourniase visto do espaço em 16 de janeiro de 2009.

A primeira ascensão da qual há relato escrito foi feita pelo cavaleiro Andoche Dolnet de Palmaroux, em 21 de setembro de 1751[2][3] A descrição dos lugares é fraca, mas segundo o registo, há relato da vista de uma só cratera vulcânica.

Uma outra expedição, de outubro de 1768, levou à descoberta do passo de Bellecombe, do nome do governador da ilha de então, que participou na expedição. Conhecem-se desta dois registos, um detalhado e escrito por um dos principais protagonistas, o intendente do rei, Honoré de Crémont e publicado em 1770[4] e no qual a chegada ao cume é relatada assim:

A outra, mais sumária e menos elogiosa para M. de Crémont, transcrita por Bory de Saint-Vincent nas suas memórias de viagem[5] :

As primeiras expedições de caráter científico são as de 1771 e 1772 por Philibert Commerson (1727-1773) acompanhado por Lislet Geoffroy[6](1755-1836), este último ainda com menos de 17 anos.
O intendente do rei, Honoré de Crémont, fez outra vez parte da primeira equipa de 15 pessoas que partiu de Baril[7](na atual comuna de Saint-Philippe).
Só há registo destas visitas em documentos dispersos (notas, croquis, correspondência e coleções) pois Commerson morreu em 1773 sem ter nada publicado. Escreveu ao seu cunhado, o cura Beau:

Lislet relata igualmente:

Em 1791, uma explosão no cume rebenta, seguida de uma enorme coluna vertical de fumo negro, que cobre a região. Uma expedição organizada por Alexis Bert na qual participam Jean-Joseph Patu de Rosemont (1767-1818) e Joseph Hubert (1747-1825) vai até o vulcão. Bert atinge o cume em 29 de julho[9] e constata a formação de uma cratera de colapso:

Jean-Baptiste Bory de Saint-Vincent

Só em 1801 com a expedição Baudin é que uma verdadeira missão de reconhecimento geral sob a direção de Jean-Baptiste Bory de Saint-Vincent (1778-1846), então com apenas 23 anos, visita o Piton de la Fournaise. A partida para a primeira ascensão foi em Piton Sainte-Rose em 25 de outubro. Bory, Jouvancourt e seus companheiros passam por Bois-Blanc, o Rempart de Bois-Blanc até ao Trou Caron, juntando-se ao pé do piton de Crac onde instalam um acampamento, exploram a planície des Osmondes. Bory atinge em 28 de outubro de 1801 à uma hora da tarde o "Mamelon central" que, situado entre a cratera Bory e o Dolomieu, marcava então o cume do vulcão e corresponde a um cone eruptivo de 1766. Uma erupção ocorre nesse momento sob os pés dos visitantes na cratera Dolomieu:

Bory vai de novo ao cume da Fournaise (sempre em erupção na cratera Dolomieu) em 20 de novembro de 1801. A partir daí faz descrições topográficas completas, uma síntese das observações anteriores, desenhos que ficariam célebres e tenta explicar os fenómenos vulcânicos.

Referências

  1. (em francês). Ipgp.fr http://www.ipgp.fr/pages/03030807.php/  Em falta ou vazio |título= (ajuda)
  2. Mémoires de la société royale des arts et belles lettres de Nancy tome troisième
  3. Dossier do Journal de l'île de la Réunion, 12 de abril de 2009 1751, la Fournaise enfin vaincue, sur la piste d'un texte oublié[ligação inativa]
  4. « Lettre IV. Relation du premier Voyage fait au Volcan de l'iſle de Bourbon par M. de Crémont, Commissaire Ordonnateur dans cette Iſle », Honoré de Crémont, in L'Année littéraire, Élie-Catherine Fréron, 1770.
  5. (em francês) relatada por Bory de Saint-Vincent em Voyage dans les quatre principales îles des mers d'Afrique (acesso em Gallica)
  6. «Portrait de Jean-Baptiste Lislet-Geoffroy par Emmanuel Richon» (em francês). Potomitan.info 
  7. «Conférence des amis de l'Université de La Réunion : Jean-Baptiste Lislet Geoffroy, un savant méconnu» (em francês). Amis.univ-reunion.fr. 18 de novembro de 1997. Arquivado do original em 23 de abril de 2008 
  8. citado por Bernard Grollier em Planète Volcan, le piton de la Fournaise, du sommet des cratères à l'océan
  9. Bory de Saint-Vincent indica esta data no capítulo XIV da sua obra mas situa a expedição no mês de junho no capítulo XIX

Ligações externas

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