Ethan foi adotado por dois pais ao nascer. Sua mãe era uma adolescente, na época, e achou que o melhor a fazer era oferecer àquele bebê a chance de crescer em uma família com melhores condições de cria-lo. A adoção, porém, foi aberta, o que significa que a família biológica e a adotiva podem manter contato e compartilhar informações, em diferentes níveis.
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Beth, a mãe biológica, não manteve nenhum contato nos primeiros anos. “O que foi ótimo, porque eu não tinha a menor intenção de envolvê-la demais”, disse o pai, em um texto, publicado no fórum Reddit.
O menino, então, cresceu com os dois pais e três irmãos mais velhos. Tudo ia bem. Até que, quando Ethan completou 9 anos, Beth entrou em contato para perguntar como ele estava. “Acho que ela passou os últimos nove anos tentando conquistar tudo o que pudesse para se sentir digna de ter uma relação com Ethan. Ela se formou em uma boa faculdade, casou-se com um executivo, começou a praticar yoga...”, contou o homem.
Segundo o pai, o menino, hoje com 11 anos, é muito consciente e inteligente. “Não é daquelas crianças a quem você consegue enganar”, diz o homem. Ele contou também que a família tem uma relação muito sincera e honesta e, então, decidiu explicar a ele quando Beth entrou em contato e perguntou dele. “Enfatizei que ela não tinha esquecido dele, mas que ela precisou ir embora para trabalhar nela mesma, etc. Então, perguntei como ele se sentiria em conversar com ela e ele se mostrou aberto à ideia”, escreveu.
Beth e Ethan começaram a se encontrar e criaram um relacionamento. O menino conheceu o marido dela e eles passavam tempo juntos.
“Agora, Ethan vai para a sexta série e precisa escolher algumas disciplinas optativas na escola. Tem havido discussões sobre o que ele vai decidir. Ele contou a Beth sobre isso e ela ferrou tudo, quando se envolveu demais com a questão”, desabafou o homem. Os palpite dela levaram a uma discussão feia.
Ele disse que não gostou do fato de ela ter dado sugestões ao garoto. “Ela me deixou irritado. Eu disse que ela não é a mãe dele e que eles são mais como irmãos. Irmãos não têm autoridade nas decisões parentais”, argumentou. “Você fica atrás. Não esqueça qual é o seu lugar na vida de Ethan”, acrescentou, irritado.
O pai disse que Beth não respondeu nada, mas ele disse que foi um “gatilho” ouví-la dando conselhos parentais, quando ele criou o menino nos últimos 11 anos. Para ele, Beth precisaria entender isso. “Agora, acho que ela está esperando que eu peça desculpas por algo que ela fez. Não vou fazer isso. Se eu fizer isso, vai tudo por água abaixo”, finalizou o homem, que queria saber a opinião das outras pessoas sobre o caso.
Nos comentários, muita gente achou que o pai estava errado e tinha exagerado. “Dizer para 'não se esquecer de se colocar em seu lugar' é hediondo, não importa quem seja”, disse uma pessoa. “Seu filho pediu a perspectiva e a opinião dela, e ela deu”, defendeu outra. “A visão dela sobre as coisas não está errada. O que está errado, porém, é tentar controlar a vida do seu filho a ponto de ele nunca poder ouvir uma perspectiva ou opinião que não seja a sua”, criticou outra.
Outros concordaram com a atitude do pai. “Você está certo”, dizia um comentário. “Você é o pai e não ela. Portanto, aja como pai e dê a Ethan as ferramentas e os meios para analisar e tomar suas próprias decisões”, comentou um usuário do fórum.
