Puerpério
 
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Não é incomum que mulheres que já tinham histórico de cefaleia crônica ou enxaqueca antes da gravidez relatem uma sensível piora na gestação e, principalmente, no pós-parto. Não só isso: mesmo aquelas que não apresentavam dores de cabeça com frequência anteriormente podem passar a se queixar do incômodo depois que o bebê nasce. Isso acontece em razão das mudanças decorrentes do puerpério, como explica a ginecologista e obstetra Maria Carolina Dalboni.

Mulher com dor de cabeça; enxaqueca; cefaleia pós-parto — Foto: Freepik
Mulher com dor de cabeça; enxaqueca; cefaleia pós-parto — Foto: Freepik

“A cefaleia pós-parto é bem frequente e comum, sendo uma de suas causas a mudança hormonal, já que alguns hormônios têm uma queda abrupta logo após o nascimento do bebê”, diz a médica. Além disso, há alterações bem importantes na vida da mulher, que vai precisar se adaptar a uma rotina nova e, muitas vezes, extremamente desgastante. “Algumas mães encontram dificuldade com a amamentação noturna, têm privação de sono, sentem medo e ansiedade em relação aos cuidados com o bebê… Por isso, é importante que essas questões sejam bem conversadas durante todo o pré-natal, aconselha Maria Carolina, lembrando que esses aspectos podem levar à piora da dor de cabeça.

Outro ponto essencial - e que a obstetra destaca como principal - é a desidratação. “Durante a amamentação, é preciso aumentar muito a ingesta hídrica por causa da produção de leite. Se a mulher não ingere uma quantidade de líquido suficiente, ela fica mesmo desidratada”, alerta a médica.

Aliado a isso, é preciso ter alguns cuidados com a alimentação, buscando uma nutrição balanceada, rica em verduras e legumes, e livre de alimentos embutidos, ultraprocessados e com excesso de sódio ou açúcar.

Raquianestesia dá dor de cabeça?

Você já ouviu falar que a raquianestesia pode dar dor de cabeça? De fato, isso é possível em razão do extravasamento do líquido cefalorraquidiano, o que diminui a pressão intracraniana e pode dar enxaqueca. Maria Carolina ressalta, porém, que atualmente isso é mais raro, já que as agulhas utilizadas são mais finas e, as doses utilizadas, menores. “Podemos tratar com algumas medicações e bastante hidratação”, diz a obstetra, que cita para os casos mais severos um procedimento chamado blood patch, em que o próprio sangue da paciente é injetado no espaço peridural, interrompendo o extravasamento do líquor - e que deve ser feito pelo anestesista.

Pode tomar remédio durante a amamentação?

Depende. Há alguns antiinflamatórios e analgésicos que podem ser utilizados, mas Maria Carolina lembra que é preciso tomar cuidado com aqueles que contêm cafeína, algo comum nos remédios para aliviar a dor de cabeça. “As medicações para enxaqueca também devem ser bem controladas e ter apoio médico, pois há passagem excretada pela amamentação”, alerta. Ou seja, mesmo depois que o bebê nasce, durante o período de aleitamento, é preciso ter a orientação do obstetra ou do pediatra para ingerir qualquer substância medicamentosa, já que ela pode atingir o pequeno.

Quando a dor de cabeça se torna incapacitante ou se manifesta com outros sintomas, é preciso buscar uma avaliação médica. “Se a paciente tiver a enxaqueca acompanhada de algum sintoma neurológico, dor abdominal ou visão turva com pontinhos brilhantes, é preciso avaliar”, destaca a obstetra. Ela alerta ainda para a importância de aferir a pressão arterial da puérpera, já que a hipertensão é uma complicação comum do pós-parto e que pode causar cefaleia.

Medidas não-medicamentosas para aliviar a dor de cabeça

Mais uma vez, vale citar a hidratação como ponto-chave no pós-parto, sobretudo em razão da amamentação. Manter-se hidratada com uma boa ingestão de água, portanto, é o passo nº 1. Se for possível, dormir mais é outra medida que ajuda a evitar as dores de cabeça e, aqui, a presença da rede de apoio é fundamental. Massagens para diminuir a tensão muscular também são bem-vindas e podem ser muito eficazes, bem como compressas frias para aliviar a enxaqueca. “Mas o mais importante é manter a hidratação e a alimentação saudável, que melhoram a qualidade de vida da mãe e do bebê”, finaliza Maria Carolina Dalboni.

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