O Rio de Janeiro respira moda e economia criativa. Inventividade, inovação, cultura e diversidade são elementos característicos da cidade, que fazem pequenos negócios do setor virarem gigantes.
O potencial da cidade para o segmento e a trajetória de companhias que imprimem a alma carioca em suas peças vão ser os destaques da websérie “Negócio é a nossa marca”, produzida pelo Movimento Tem no Rio, parceria entre a Invest.Rio, agência de promoção e atração de investimentos da Prefeitura do Rio, e a Editora Globo.
O primeiro de três episódios conta a história da Reserva, marca que nasceu em 2006 e hoje tem 173 lojas, mais de 1,5 mil revendas multimarcas em todo o Brasil e 2.500 colaboradores. Nas próximas edições, o público poderá conhecer mais sobre a Granado e a Farm.
“O Rio é uma cidade não só criativa como artística. As marcas cariocas já nascem com o estilo de vida impregnado. Convivemos com a diversidade cultural, social, ambiental. Tenho certeza que isso gera um valor criativo incalculável para a nossa companhia”, afirma Rony Meisler, cofundador da Reserva e CEO da AR&CO.
E não é de hoje que o Rio inspira marcas na criação de produtos e no desenvolvimento de linhas e projetos. A Granado, por exemplo, nasceu na cidade, em 1870. A empresa centenária tem como diferencial o fato de ser carioca da gema e fazer parte da história do Brasil.
“Nossa linha mais vendida é a “Carioca”, mesmo em cidades como São Paulo. Ao longo dos anos, criamos produtos que viraram emblemáticos, como o polvilho. E isso foi conquistando os brasileiros. Fez com que a farmácia virasse ponto de encontro na cidade e também a fornecedora oficial da Família Imperial, já que a Corte Portuguesa estava no Rio”, conta Sissi Freeman, diretora de Marketing e Vendas da Granado.
Hoje, a marca tem quase cem lojas e 2 mil funcionários espalhados pelo Brasil. A empresa chega ao final de 2022 com um faturamento de R$ 1 bilhão.
“A ideia é continuar o processo de internacionalização, levando o Rio para outras cidades do país e para fora”, acrescenta Sissi.
Criada para "colorir" as meninas do Rio em 1997, a Farm começou com um investimento de R$1,2 mil e faturou R$1,66 bilhão em 2022. Hoje com 90 lojas, o e-commerce da marca representa 40% de tudo o que vende. São 1.700 multimarcas espalhadas pelo Brasil e com produtos direcionados também para meninos de todas as idades.
"Hoje, a gente é um megafone gigantesco de comportamento. Essa forma como o Rio de Janeiro encara a vida está muito presente no produto da Farm. As estampas falam sozinhas", assegura Marcello Bastos, sócio-diretor da Farm.
Em expansão global desde 2019, a Farm tem pontos físicos em Nova Iorque e Miami, nos Estados Unidos, e uma pop-up store em Paris. Para Marcello Bastos, a marca - que fatura 30% no exterior - estará em breve entre as dez melhores do mundo no setor da moda.
"Isso não é uma ambição. Isso é o que vai acontecer", garante Marcello.