Capas
Por , Com edição de Ana Moura

Há mais de uma década no mundo do entretenimento, Leigh-Anne Pinnock começou sua trajetória na música aos 19 anos de idade, quando ao lado de Perrie Edwards, Jade Thirlwall e Jesy Nelson estourou mundialmente como integrante do grupo feminino Little Mix. Após conquistar as paradas britânicas, acumular bilhões de streams no Spotify, conquistar três Brit Awards, a artista de 32 anos está preparada para mostrar ao mundo o seu lado mais maduro como artista solo.

Os fãs brasileiros, os quais são mundialmente conhecidos por sua paixão alucinante, têm um papel fundamental na vida e carreira dela. A artista britânica retornou ao país e recebeu a Quem com exclusividade para essa entrevista sobre os desafios enfrentados como mulher negra, a irmandade com as integrantes do Little Mix e as perspectivas para o futuro. Ela realizou o ensaio de fotos exclusivo em Salvador.

O Brasil se tornou um marco revolucionário em minha carreira, redefinindo minha perspectiva. Ao refletir sobre os inúmeros momentos que vivenciei no grupo, percebo as profundas mudanças e desafios que enfrentamos desde o início, quando éramos apenas jovens começando uma jornada musical. Experimentamos altos e baixos, nos deparamos com diversas situações singulares. Agora, ao adentrar esta nova fase como artista solo, vejo essa transição como uma jornada de autodescoberta”, diz ela, que veio ao país pela primeira vez em 2020, para o Festival GRLS, um ponto alto em sua carreira.

Leigh-Anne Pinnock — Foto: Guilherme Mascarenhas
Leigh-Anne Pinnock — Foto: Guilherme Mascarenhas

Essa conexão especial não apenas fortaleceu sua ligação com o país, como também influenciou sua trajetória artística, proporcionando momentos inesquecíveis e inspiradores ao longo de sua carreira.

“Minha lembrança favorita do Brasil sem dúvida são as pessoas, especialmente os meus fãs. A energia que recebo quando estou aqui é verdadeiramente inacreditável. Retornar como artista solo proporciona uma conexão ainda mais profunda com eles. É incrível perceber que estão todos literalmente lá para mim. Essa sensação é avassaladora e supera todas as expectativas que eu poderia ter imaginado. No fundo, eu não sabia ao certo o que esperar, mas a experiência tem sido muito além do que eu poderia ter imaginado inicialmente”.

Cantando em português

Ao contrário do que as pessoas pensam, a relação com IZA não é de hoje. Desde que se conheceram no festival GRLS, elas mantiveram contato. Quando IZA a convidou, Leigh-Anne aceitou prontamente e empenhou-se em aprender a letra da música em português.

"Sinceramente, senti que deixei um pouco do meu coração aqui, como poderia não voltar?"

“O Brasil foi um dos melhores momentos da minha vida e de toda a minha carreira, o jeito que me senti vista pelo público foi de outro mundo. Sinceramente, senti que deixei um pouco do meu coração aqui, como poderia não voltar? Como eu poderia não voltar como artista solo? É gratificante ver todos os fãs, sinto que o amor parece ainda mais intenso. Vocês ganharam uma cidadã brasileira, porque não quero voltar para o Reino Unido, quero ficar aqui”, diz.

Ao abordar a importância da aprendizagem de novas línguas, especialmente o português, a artista destaca uma quebra de estereótipos e a valorização da diversidade e cultura brasileira.

“A experiência foi incrivelmente divertida e engraçada! Sinto que realmente preciso aprimorar meu português para a próxima vez que eu voltar, mas basicamente eu deixava a música tocando até que ela se fixasse na minha cabeça. Às vezes, nós britânicos, podemos ser ignorantes ao pensar que todos deveriam aprender apenas o inglês, o que é, na verdade, uma mentalidade equivocada. Valorizo muito a oportunidade de aprender e considero isso uma prática importante”, finaliza Leigh-Anne, evidenciando seu respeito pela riqueza cultura do país que a acolhe calorosamente.

Leigh-Anne Pinnock — Foto: Guilherme Mascarenhas
Leigh-Anne Pinnock — Foto: Guilherme Mascarenhas

Evolução artística: Do Little Mix à carreira solo

Ao longo de seus 12 anos como parte integrante do grupo, Leigh-Anne não apenas contribuiu para a notoriedade do Little Mix, mas essa experiência também se revelou fundamental na sua preparação para uma carreira solo. A transição para a vida artística sozinha não é apenas uma mudança de cenário, mas também uma jornada de autodescoberta e crescimento.

“Estou amando cada momento dessa experiência única de estar sozinha. Cada apresentação me traz uma sensação de melhoria contínua, como se estivesse me adaptando cada vez mais a quem sou. A confiança cresce a cada show, mas também reconheço a importância da paciência, pois estou navegando pelo terreno desconhecido de ser uma nova artista. Estou genuinamente orgulhosa do que tenho alcançado", comemora Leigh-Anne Pinnock, destacando a evolução constante que marca esta fase.

“Cada desafio superado fortalece minha resiliência, moldando-me em uma versão mais robusta de mim mesma"

“Cada desafio superado fortalece minha resiliência, moldando-me em uma versão mais robusta de mim mesma. Deixar para trás algo tão familiar, cultivado ao longo de tantos anos, não é tarefa fácil. No entanto, é nesse processo que estou demonstrando, para mim e para o mundo, que sou forte”.

Ao relembrar suas experiências mais memoráveis como membro do Little Mix, Leigh-Anne destaca a amizade e irmandade que compartilhava com as integrantes. Ela ainda ressalta a autenticidade do grupo, onde o riso era constante, e a “seriedade” era deixada de lado.

“Nós apenas ríamos o tempo todo, e éramos todas bobas e não levávamos as coisas muito a sério o tempo todo. Éramos apenas nós mesmas e nós simplesmente não mudamos. E mesmo que eu sinto falta delas, de toda a bobagem e do vínculo que tínhamos, acho que tudo que aprendi dentro disso, estou levando comigo nessa jornada solo”, conta.

Little Mix — Foto: Divulgação
Little Mix — Foto: Divulgação

A trajetória do Little Mix, como primeira banda feminina a vencer o programa, também inclui desafios enfrentados nos bastidores. Leigh-Anne reconhece que, apesar da vitória, o grupo sofreu com o machismo e menciona a necessidade de se dedicar mais ao trabalho como mulher, ressaltando a capacidade de superar esses obstáculos.

"Acredito sinceramente que a indústria musical impõe desafios a mais para as mulheres, nos sujeitando a uma constante análise e muitas vezes as colocando umas contra as outras. A percepção é que, como mulher, é necessário um esforço extra. Contudo, essa jornada de investimento intenso e amor pelo que fazíamos, mesmo que as coisas tenham demorado mais para progredir, foi valiosa. Observar o rápido avanço dos homens na indústria era, por vezes, desafiador. Com o passar dos anos, conquistamos uma presença global, e o esforço árduo realmente se mostrou recompensador. Então, quando olho para trás, fico orgulhosa de tudo que investimos nisso”, afirma.

Apesar dos inúmeros recordes conquistados na indústria musical, sobretudo na Inglaterra, a artista reconhece que a trajetória do Little Mix teria sido diferente caso tivessem se dedicado mais à promoção nos Estados Unidos.

"Acredito que tudo acontece por uma razão, o que me auxilia a lidar com as decisões do passado"

“Durante a reflexão sobre nossa trajetória, percebo que há aspectos que gostaria de ter explorado mais, especialmente em relação à promoção nos Estados Unidos. Mas, naquela época, sentíamos que algumas circunstâncias estavam um pouco além do nosso controle. Acredito que tudo acontece por uma razão, o que me auxilia a lidar com as decisões do passado. Os momentos vividos durante essa fase foram verdadeiramente incríveis, e guardo com carinho essas memórias. Uma lembrança especialmente marcante é a nossa primeira turnê nos Estados Unidos com Demi Lovato. Explorar esse país pela primeira vez foi uma experiência inacreditável. Eu tentei fazer as pazes com isso e apenas pensar que tudo aconteceu como deveria acontecer”

Irmandade em momentos desafiadores

Em meio a uma história marcada por parceria e amizade, o Little Mix enfrentou desafios significativos, como a saída de Jesy Nelson em dezembro de 2020, motivada pela necessidade de cuidar da saúde mental. No ano seguinte, Perrie, Jade e Leigh-Anne continuaram como um trio, mas foram surpreendidas por declarações controversas da ex-integrante, que se associou à rapper Nicki Minaj em uma colaboração musical.

A controvérsia atingiu seu ápice quando Jesy foi acusada de praticar “blackfishing” no videoclipe de Boyz, parceria com Nicki Minaj, resultando no unfollow de Jade Thirlwall, Leigh-Anne e Perrie Edwards no Instagram. Posteriormente, Nicki Minaj compartilhou sua opinião durante uma live, expondo que Leigh-Anne, supostamente criticava Jesy em relação ao “blackfishing” e afirmava que Jesy havia bloqueado todas as ex-colegas de trabalho.

Esse episódio ocorreu quando Leigh-Anne deu à luz a gêmeos, e ela destaca o apoio de Perrie e Jade nesse momento difícil.

"O crucial é que sempre tivemos uma à outra para nos apoiar" - Leigh-Anne sobre sua relação com as outras integrantes do Little Mix

"Passamos por alguns momentos muito difíceis, tanto na banda quanto nesse período. O crucial é que sempre tivemos uma à outra para nos apoiar. Independentemente do que acontecia, éramos uma unidade. Jade e Perrie foram fundamentais naquele momento. Temos um vínculo inquebrável; sempre seremos muito próximas", garante.

Little Mix — Foto: Divulgação
Little Mix — Foto: Divulgação

Malabarismo para conciliar carreira e maternidade

Da mesma forma que a artista se tornou mãe em 2021, a companheira de grupo, Perrie Edwards, também deu à luz ao seu primeiro filho na mesma época. Leigh-Anne compartilha como esse acontecimento fortaleceu ainda mais a amizade entre elas, criando um laço especial.

“Quando ficamos grávidas pela primeira vez, começamos a conversar mais sobre isso. Foi um momento incrível e especial compartilhar essa experiência juntas. Com certeza, isso estreitou ainda mais os nossos laços. Foi realmente um momento lindo”, conta.

Casada com o jogador de futebol Andre Gray e mãe de gêmeos, cujos nomes são mantidos em privacidade, Leigh-Anne compartilha sua visão sobre o desafio de equilibrar sua carreira e as demandas da maternidade.

Leigh-Anne Pinnock — Foto: Olivia Lifungula
Leigh-Anne Pinnock — Foto: Olivia Lifungula

“Obviamente, minha carreira está repleta de acontecimentos, e meu marido reside no exterior. Lidar com tantas variáveis diferentes pode ser um verdadeiro malabarismo. Mas eu acredito que tudo é viável, sabe? Sigo em frente, continuo perseverando. Quero proporcionar o melhor para as minhas filhas, assim como o meu marido. Juntos, enfrentamos o que for necessário. Além disso, prezo muito pela minha independência, sempre me lembrando do que amo. Eu acredito que seja possível conciliar todos esses aspectos, desde que se busque constantemente esse equilíbrio.”

Preocupada com o futuro de suas bebês, especialmente por serem crianças negras, Leigh-Anne compartilha abertamente suas inquietações: “Eu estaria mentindo se dissesse que não me preocupo. O mundo é realmente assustador agora; me preocupa, em geral, criar filhos neste mundo. Mas acho que as lições que vou ensinar é que sempre terão uma rede de apoio incrível ao seu redor. Meus bebês sempre terão a sorte de ter isso”.

"Eu preciso que elas sempre se sintam poderosas e fortes, mas também sejam vulneráveis quando quiserem" - Leigh-Anne sobre suas crianças

Apesar das crianças terem apenas dois anos, Leigh-Anne já pensa no que quer passar para elas quanto à beleza e autoestima. “Eu preciso que eles sempre se sintam poderosas e fortes, mas também sejam vulneráveis quando quiserem. Eu sou uma pessoa tão emotiva e tão vulnerável, e tento ver isso como meu superpoder, sinto que, naturalmente, vou conseguir passar um pouco disso de mim para eles.”

Leigh-Anne Pinnock — Foto: Guilherme Mascarenhas
Leigh-Anne Pinnock — Foto: Guilherme Mascarenhas

Empoderamento feminino e negro para o futuro

Ao refletir sobre sua jornada como mulher negra, Leigh-Anne reconhece a importância de seu papel na representação, especialmente na indústria pop. Ela destaca a urgência de transformações significativas.

“Ainda há muitas mudanças que precisam ser feitas. A representatividade é crucial. É necessário ter mais artistas negros, especialmente no cenário pop. Parece um desafio na indústria pop, especialmente para as mulheres negras. Mas eu acredito que quanto mais representatividade conquistarmos, melhor será. Vamos torcer para as pessoas continuarem abrindo portas, permitindo que a mudança ocorra, porque é algo não apenas desejável, mas essencial. Precisa acontecer!”

Leigh-Anne Pinnock — Foto: Guilherme Mascarenhas
Leigh-Anne Pinnock — Foto: Guilherme Mascarenhas

Como cantora solo, Leigh-Anne quer como missão continuar a promover o empoderamento feminino em sua carreira. “Essa sempre foi uma mensagem muito forte e importante que queríamos difundir no Little Mix. E há tantas coisas que eu levo comigo como artista solo. Se não estou inspirando as pessoas, não sinto que estou cumprindo meu papel, sabe? É algo que naturalmente quero fazer: capacitar mulheres, meninas e qualquer pessoa.”

Para o futuro, a cantora deseja retornar ao estúdio no final do ano e promete novas músicas. A volta ao Brasil também está nos planos. “Estarei de volta ao estúdio no final do ano, o que é emocionante. Haverá mais músicas e, com certeza, um álbum em 2024. Estou sempre pensando em criar mais, em explorar diferentes aspectos de mim mesma… E, claro, estou ansiosa para as apresentações no Brasil. Mal posso esperar para estar nos palcos brasileiros”, garante.

Leigh-Anne Pinnock — Foto: Guilherme Mascarenhas
Leigh-Anne Pinnock — Foto: Guilherme Mascarenhas
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