Stephanie Hsu fala sobre seu papel em ‘O Dublê’: ‘Filmagem mais espetacular que já fiz’

O Dublê é uma adaptação da série The Fall Guy (chamada no Brasil de Duro na Queda), sucesso na década de 1980. O filme de ação conta a história de um dublê que trabalha como caçador de recompensas para ganhar um dinheiro extra, mas após um grave acidente que quase o matou, precisa lutar pela sua vida, descobrir onde está um astro de cinema desaparecido e ainda desvendar uma conspiração.

Hsu interpreta Alma Milan, a assistente pessoal do personagem de Aaron Taylor-Johnson, uma estrela de cinema. A estrela de 33 anos diz que o papel a faz valorizar ainda mais tais profissionais no mundo cinematográfico.

"A Alma é a minha carta de amor para todos os assistente de produção com quem já trabalhei ou que já vi de longe. No set, eu ficava espionando assistentes e APs (assistentes de produção) para me inspirar. A Alma está sempre carregando um milhão de coisas, porque eu olhava em volta e via todos eles correndo e suando para fazer as coisas andarem. Essas pessoas trabalham duro para lidar com todo tipo de rolo e as situações mais malucas, então a Alma se tornou a minha homenagem para os assistentes vistos e os invisíveis", diz.

O longa custou mais de R$ 632 milhões para ser feito, e conta com diversas cenas de ação frenéticas. Ela conta sobre a experiência durante a gravação: "Nunca estive num set tão grande! O Dublê foi a filmagem mais espetacular que já fiz, e foi um como um furacão pra mim. Impressionante e demais ver pessoas tão bem encaixadas umas com as outras, com todo mundo trabalhando no auge do seu desempenho".

No filme, a personagem de Stephanie passa por tempos difíceis ao ser contratada pelo narcisista Tom Ryder. "Ele é a personificação do astro de cinema que você nunca quer ter por perto, mas que de alguma forma conquistou fama e sucesso financeiro imenso. É aquele tipo de ser humano horrível que você encontra às vezes quando está começando e quer trabalhar para alguém bem sucedido. A Alma ama a indústria e quer ser produtora, mas está aqui engolindo esse sapo que é o Tom Ryder até poder sair dessa", brinca.

Ao longo da trama, ela desenvolve uma amizade com Colt Seavers, vivido pelo astro de Barbie. A artista diz que conheceu Ryan Gosling pela primeira vez no set mas, vendo o trabalho dele ao longo dos anos, imaginou que se dariam muito bem.

“Eu suspeitava que a gente era 'farinha do mesmo saco'. Nunca vou esquecer o meu primeiro dia de filmagem, quando a Alma e o Colt se encontram, porque ele é muito brincalhão, e a gente se divertiu para caramba improvisando", conta. "Uma das coisas que adorei vendo ele trabalhar é como ele tenta mesmo deixar cada cena específica e melhor, o que deixa a história muito mais real também – o que é realmente um grande exemplo do espírito colaborativo e talento artístico dele. Ryan Gosling é um ator e colaborador incrível”.

Ela também não poupou elogios para Emily Blunt: "Ela traz uma dimensão totalmente nova de coração e inteligência para o filme. Ela é hilária, esperta e brilhante".

Stephanie Hsu relembra o convite do diretor do longa para participar do elenco, que veio logo após uma ida à estreia de Trem Bala, filme de 2022 também dirigido por David Leitch. “É engraçado,” começa a estrela. “Eu fui convidada pra estreia de Trem-Bala e me diverti horrores! Aí, alguns meses depois, recebo uma ligação: ‘Oi, David Leitch e Kelly McCormick tão trabalhando em outro filme e gostariam de conversar com você sobre ele.’ Entramos numa ligação por Zoom e o resto é história... Filmes de ação, no geral, são legais, mas nunca fiz nada nessa escala. Parece a tempestade perfeita de ação e emoção, o que é mérito de Ryan Gosling e Emily Blunt".

Falando sobre a direção, a estrela disparou elogios ao cineasta - que já foi dublê e hoje está à frente de projetos exuberantes. “Depois de trabalhar com ele, ganhei um novo apreço por filmes de ação, porque são muito difíceis de fazer. O David estava controlando um monte de peças em movimento, e acho lindo o fato de ele ter sido dublê. Dá um aperto no coração porque ninguém mais poderia ter conseguido isso. Ele sabe como é estar lá embaixo, sabe o nível de risco e que tipo de comunicação é necessária pra conseguir uma cena de ação bem-sucedida. Estou empolgada por ver ele dividir essa parte da história e do coração dele com um público maior, porque dublês fazem coisas incríveis e tornam os filmes tão especiais quanto eles são", explica. "David Leitch é sensacional, mas também é tranquilo e fala manso às vezes. Adoro a mágica que ele tem guardada dentro da cabeça".

Para Stephanie, as pessoas vão gostar do filme porque 'está na hora de termos uma história de amor sensacional dentro de um filme de ação'. Ela detalha: "Acho que o que torna esse filme extra especial é que você tem a adrenalina que vem dessas brigas enormes, saltos e sequências de ação; mas o cerne da história tem muito coração e é mesmo sobre duas pessoas se reencontrando, e eu realmente acho que o público vai se sentir confortado e encantado com isso".

Ao fim, ela aponta que o melhor jeito de assistir ao filme é nas telonas do cinema. "É importantíssimo ver filmes em geral, mas especialmente nessa escala, no cinema. Não entendo porque alguém iria querer ver um filme como ‘O Dublê’ num laptop. Quer dizer, com a escala que tem, é realmente algo pra se ver e curtir com o som chacoalhando a sua cadeira com amigos e desconhecidos do seu lado. Assistir a uma história dessas no cinema é um ritual importante pra ajudar a entendê-la", finaliza.