Fabiana Justus, de 37 anos, explicou, nesta terça-feira (23), no Instagram, que não precisou ficar em uma "fila" para receber o transplante de medula óssea. A influencer, que é filha do empresário Roberto Justus, também falou o que sabe sobre seu doador.
"Existe uma confusão. O transplante de medula óssea não é como um transplante de órgão sólido. Não existe fila, porque o órgão sólido pode servir para várias pessoas. A medula óssea tem que ser compatível com uma pessoa", esclareceu Fabiana, que foi questionada sobre o assunto ao abrir uma caixinha de perguntas na rede social.
"As pessoas fazem teste de compatibilidade e uma pessoa vai ser compatível com você como doador, entendeu? Então não tem fila, o cadastro está lá, todo mundo vai com um número e eles testam essa compatibilidade com todo mundo que está no sistema nacional e internacional. No meu caso, encontraram [um doador] fora do Brasil", acrescentou.
A influenciadora, que precisou do transplante após ser diagnosticada com Leucemia Mieloide Aguda, contou que já recebeu algumas informações sobre seu doador, mas ainda não sabe se um dia poderá conhecê-lo.
"A única informação que eu tenho é que é de fora do Brasil e que é um homem o meu doador. Por enquanto, eu só posso saber isso. Depois, eu vou poder escrever carta e, possivelmente, conhecer. Mas não tem fila, ninguém corta fila, não existe isso. Existe a sorte de você encontrar alguém compatível com você", esclareceu.
Fabiana Justus nega que 'furou fila' e fala sobre seu doador de medula: 'É de fora do Bras
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Transplante de células e compatibilidade
O transplante de medula óssea (TMO) não é considerado um transplante de órgãos, mas sim de células, já que é feita a retirada das células-tronco.
Por meio de uma simples atitude, muitos pacientes podem ficar livres do câncer. Segundo a Abrale (Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia), se você quer ser um doador de medula óssea voluntário, é necessário seguir os seguintes passos:
1) Ter de 18 a 35 anos;
2) Estar em bom estado de saúde e não ter nenhuma doença impeditiva para cadastro e doação, como HIV/AIDS, hepatite C e câncer (veja a lista completa aqui);
3) Procurar o hemocentro mais próximo de você;
4) Preencher um formulário com dados pessoais e, nesse mesmo dia, ter coletada uma amostra de sangue para testes que determinam as características genéticas necessárias para a compatibilidade entre doador e paciente.
Todos esses dados serão armazenados no REDOME (Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea). Já os dados do paciente que necessita de um transplante estarão no REREME (Registro Nacional de Receptores de Medula Óssea). Por meio de um sistema informatizado, será realizado um cruzamento de dados e, caso encontre doador e paciente compatíveis, ambos serão avisados imediatamente.
Hoje, o Brasil é o terceiro maior banco de doadores do mundo, com cerca de 3,5 milhões de cadastrados. Mas é muito importante que os dados sejam mantidos atualizados, sempre. A atualização pode ser feita no site do REDOME.