Finanças
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O diretor de política monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, afirmou nesta sexta-feira (28) que a economia brasileira está com um desempenho melhor e lembrou que o avanço do ano passado surpreendeu positivamente. Segundo ele, esse aquecimento sugere um processo de desinflação mais lento. Para o diretor, os indícios atuais são de uma economia com maiores resiliência e dinamismo.

Galípolo, que participou por videoconferência de evento na sede da Fundação Getulio Vargas (FGV), no Rio, o atual patamar "mais elevado" do câmbio também sugere essa redução mais lenta da inflação. Ele comentou que a moeda brasileira tem "performado" pior que as de outras nações.

"O que tem chamado a atenção é o câmbio, que tem um descolamento do cenário internacional", disse o diretor. O dólar opera em forte alta frente ao real e bateu nesta sexta-feira os R$ 5,58 na máxima intradiária.

Segundo ele, o câmbio flutuante tem a capacidade de absorver mudanças, “mas estamos assistindo de desvalorização rápida do real frente ao dólar e é necessário acompanhar essa trajetória com atenção na comparação com outras moedas”.

Questionado sobre a situação fiscal do país, ele frisou que "não gosta" de tecer comentários sobre a área fiscal, mas afirmou que "é visível" o esforço de diferentes agentes, como o Ministério da Fazenda, do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, do Congresso e das demais áreas do governo. Galípolo elogiou também a participação dos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), a quem chamou de "parceiros" na discussão sobre a área fiscal.

Sobre o Banco Central, Galípolo citou que a autoridade monetária tem de ser "o cara chato da festa" e deve cumprir o papel de manter a inflação na meta.

Questionado sobre a desancoragem das expectativas de inflação Galípolo, destacou que esse "incômodo" já existia "desde antes" da mudança de meta inflacionária e ressaltou que o Brasil tem sofrido mais que outros países por diversas razões.

Segundo ele, por ser um mercado grande e mais líquido, o país é utilizado de forma mais clara para saída de liquidez. "E existem ruídos e idiossincrasias domésticas que fazem essa situação pior", frisou.

Ele afirmou também que o Brasil era um dos poucos países que mantinham o sistema de metas de inflação nos moldes desenhados desde a década de 1990, com objetivos anuais. Esta semana, o governo editou decreto que passará a valer a partir de 1º de janeiro do ano que vem e que determina que será considerado que a meta foi descumprida quando a inflação acumulada em 12 meses ficar por seis meses consecutivos fora do intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Segundo Galípolo, o decreto foi mais uma adequação ao que é praticado no restante do mundo e agora o valor da meta foi estabelecido em um horizonte mais amplo, retirando um elemento de incerteza ou de debate para o mercado e a sociedade.

Na videoconferência, Galípolo comentou ainda que as divergências dentro do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) costumam estar dentro do "intervalo de confiança" do modelo.

"Consensos [nas reuniões do Copom] sempre foram construídos de forma muito natural. O fato de haver nove pessoas [no Copom] e algum tipo de divergência é normal", disse.

Questionado sobre a sucessão do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, Galípolo ressaltou que esse processo é um "não tema" na diretoria da autarquia. "Isso é uma decisão do presidente da República", frisou Galípolo, acrescentando que considera normais especulações. "Funciona assim mesmo", respondeu.

O próprio Galípolo é um dos nomes cotados para substituir Campos Neto. "Mas Roberto [Campos Neto] é hoje presidente do BC e está exercendo presidência em sua plenitude", disse.

O diretor de política monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo — Foto: Arthur Menescal/Bloomberg
O diretor de política monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo — Foto: Arthur Menescal/Bloomberg
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