O Ibovespa recuou na sessão desta sexta-feira (28), em dia de alta dos juros futuros dos Estados Unidos e do Brasil, mas conseguiu encerrar a semana (+2,11%) e o mês de junho (+1,48%) no campo positivo, com investidores realizando compras de oportunidade em papéis descontados, principalmente os que se beneficiam da alta do dólar. No ano, o referencial acumula queda de 7,66%.
No fim do dia, o índice recuou 0,32%, aos 123.907 pontos. Nas mínimas intradiárias, tocou os 123.298 pontos e, nas máximas, os 124.500 pontos. O volume financeiro negociado na sessão (até as 17h15) foi de R$ 16,93 bilhões no Ibovespa e R$ 21,90 bilhões na B3. Em Nova York, o S&P 500 recuou 0,41%, aos 5.460 pontos, Dow Jones fechou em baixa de 0,12%, aos 39.118 pontos e Nasdaq caiu 0,71%, aos 17.732 pontos.
Em dia de avanço dos juros americanos e diante das persistentes incertezas domésticas, que têm afetado o câmbio e os DIs com mais força, as ações sensíveis às taxas foram penalizadas e o Ibovespa não encontrou espaço para avançar hoje. Apesar disso, o índice ainda acumulou performances positivas na semana e no mês.
"O peso das exportadoras de commodities no Ibovespa está ajudando o índice a se descolar dos demais mercados locais, já que a categoria performa bem com o real desvalorizado", diz um gestor. Outro executivo pondera que a bolsa apresentava mais prêmio que os pares nos últimos meses e, por isso, tem tido mais resiliência agora. "Mas é uma recuperação enganosa, focada em empresas defensivas. Não diria que o humor melhorou."