Com acesso cada vez mais facilitado a produtos financeiros, antes disponíveis apenas ao público de alta renda, os brasileiros têm conseguido aumentar a diversificação de seus investimentos e, aos poucos, avançar no planejamento de seu patrimônio e na busca por opções mais sofisticadas.
A B3 é um dos exemplos da força que essa mudança de comportamento ganhou. Em outubro, a bolsa atingiu a marca histórica de 4 milhões de contas de pessoas físicas em renda variável (800 mil investidores a mais apenas nos últimos 12 meses), com R$ 490 bilhões sob custódia. No comparativo entre setembro de 2020 e de 2021, o total de investidores em ações teve uma alta de 26%, com destaque para algumas classes de ativos, como os ETFs (ou fundos de índices), com crescimento de 96%, e os BDRs (Brazilian Depositary Receipts), que apresentaram um aumento de 1.414% no comparativo.
Em paralelo com essa evolução, existem outras iniciativas que podem melhorar a performance dos ativos. Uma delas é explorar melhor as possibilidades de diversificação de carteira, como explica Fernando Lovisotto, sócio e CIO da Vinci Partners.
A gestora independente de recursos brasileira, fundada em 2009 e listada na Nasdaq, gera mais de R$ 58 bilhões* sob gestão e atua principalmente no segmento de investimentos alternativos, um conceito difundido no exterior, mas ainda pouco conhecido no Brasil. São ativos relacionados ao mercado privado, como fundos de Private Equity e Infraestrutura, investimentos imobiliários (Real Estate), e alguns ativos de crédito privado - ou seja, são diferentes dos ativos públicos, negociados em bolsa, como as ações.
Os investimentos alternativos trazem algumas características importantes para quem tem visão de longo prazo. Eles ajudam a diversificar a alocação de ativos - o chamado asset allocation –, diminuindo o risco e impulsionando o patrimônio.
A meta é, a partir do perfil bem traçado de cada investidor, combinar a redução ao máximo dos riscos por meio de uma carteira com produtos menos correlacionados. Se um ativo sofre com uma situação conjuntural (como se viu na pandemia, por exemplo), a carteira diversificada reduz a chance de comprometer o desempenho de todo o patrimônio, melhorando os resultados na estratégia de longo prazo.
“Esses produtos são alternativos pelo que oferecem ao investidor que busca a diversificação. Eles estão ligados a mercados com horizonte mais longo de investimento e sofrem uma influência menor, por exemplo, do que vemos no caso do preço de uma ação”, explica Lovisotto.
O executivo da Vinci Partners defende que o ponto de partida para o investidor que enxerga a estratégia de longo prazo como a melhor alternativa para cuidar do patrimônio é o autoconhecimento, em outras palavras, entender qual é o seu perfil de investimento: se é conservador e quer ficar longe dos riscos, se é moderado ou arrojado, ou seja, disposto a se arriscar mesmo que tenha de se expor a perdas maiores em troca de um retorno maior.
Também é importante definir qual é a meta para o acúmulo de patrimônio como, por exemplo, a compra de um imóvel ou o complemento da renda na aposentadoria, além de especificar quando esses recursos serão usados.
Feito esse raio X, o investidor deverá ser muito cuidadoso ao escolher os produtos e os gestores que vão administrar os seus recursos. “Nessa hora, é imprescindível que se conheça o nível de responsabilidade que se tem na hora de balancear a gestão de risco”, orienta Lovisotto.
Independentemente do perfil do investidor, o gestor não pode correr riscos a ponto de o patrimônio “virar pó”, diz o executivo. Para isso, há ferramentas que funcionam como uma espécie de trava quando aparece algum comportamento diferente nos ativos.
“É justamente nesses momentos, quando surge algum problema, que se vê a qualidade da gestão de risco”, completa.
Para quem acha que chegou o momento de sofisticar os investimentos para buscar resultados melhores, Lovisotto dá outra dica. Não basta “olhar para o retrovisor” e levar em consideração apenas os resultados conseguidos pelo gestor no passado. Além do histórico, é preciso saber da sua reputação e conhecimento.
“Estar no topo nem sempre quer dizer que aquele desempenho é o melhor. Pode ser sinal de que se correu um risco além do que deveria, o que pode ser arriscado para o patrimônio. O melhor é buscar quem apresente resultados consistentes entre os melhores”, comenta o sócio da Vinci Partners, companhia que se tornou referência em Investimentos Alternativos no Brasil.
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*Data-base das informações do site: setembro/21 | O AuM é calculado com dupla contagem, incluindo fundos de um segmento que investem em outros segmentos. Não há dupla contagem para fundos cogeridos por dois ou mais segmentos de investimento da Vinci Partners.