Revista Infraestrutura e Logística
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Por Inaldo Cristoni


Teixeira, CEO da Claro: 7 milhões de smartphones 5G em operação e 40,3% do mercado — Foto: Divulgação
Teixeira, CEO da Claro: 7 milhões de smartphones 5G em operação e 40,3% do mercado — Foto: Divulgação

Em pouco mais de um ano de operação, a rede móvel de quinta geração (5G) atingiu números que não apenas superam os registrados na adoção da tecnologia 4G no mesmo período de tempo, como também revelam o apetite das operadoras de celular em expandir rapidamente a cobertura. Investimentos bilionários continuam sendo feitos na infraestrutura de conectividade com o objetivo de acelerar o cronograma de universalização do sinal.

O país soma 12,7 milhões de acessos 5G, conforme levantamento da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) relativo ao mês de julho deste ano. Atualmente, há 251 municípios com antenas licenciadas na frequência de 3,5 GHz – faixa que mais registrou avanço no 5G desde o lançamento do edital de licitação, em meados do ano passado. Hoje, todos os 26 municípios com mais de 500 mil habitantes e todas as 102 cidades com população superior a 200 mil pessoas estão conectados.

O ritmo é acelerado também no adensamento de antenas, com instalações ocorrendo de forma mais rápida do que a obrigação prevista. Atualmente, em todas as capitais, as três operadoras nacionais – TIM, Vivo e Claro – possuem mais de uma antena para cada 50 mil habitantes, e em boa parte delas possuem mais de uma para cada 30 mil habitantes. De acordo com a Anatel, o parque instalado no país é de 14.950 antenas.

O cronograma previsto no edital do 5G estabelece, no mínimo, uma antena para cada 50 mil habitantes até dezembro deste ano e pelo menos uma para 30 mil habitantes até o fim de 2024. A partir de 2025, a obrigação aumenta e exige uma nova antena para cada dez mil habitantes nas cidades com mais de 500 mil habitantes.

Entre janeiro e junho, a Vivo investiu quase a metade dos R$ 9 bilhões que reservou neste ano para acelerar a expansão da rede 5G nas cidades. A rede da operadora cobre 117 municípios (dados de julho), abrangendo capitais e as localidades com mais de 500 mil habitantes, e avança rapidamente nas cidades com população superior a 200 mil pessoas. A cobertura chega a 40% da população, informa Elmo Matos, diretor de planejamento de redes da Vivo, citando dados da consultoria Teleco.

Na base de assinantes de planos pós-pagos, 22% possuem aparelhos celulares compatíveis com o 5G. Além disso, 74% dos smartphones vendidos nas lojas da Vivo já funcionam na nova rede, desde os modelos de entrada até a linha premium. “O preço de entrada, em comparação com um modelo 4G ou 4,5G, é bem menor do que vimos quando lançamos o 4G. Isso faz com que a adoção dos smartphones 5G seja mais acelerada, impactando nosso modelo de expansão de cobertura”, diz Matos.

Os investimentos deste ano da Vivo serão destinados também à evolução da infraestrutura de fibra óptica, considerada essencial na estratégia de oferecer melhor experiência de conectividade aos clientes, e à consolidação de um amplo ecossistema digital em parceria com outras empresas. Segundo Matos, a malha de fibra óptica da operadora cobre 439 cidades, conectando mais de 5,8 milhões de residências e empresas.

O ritmo acelerado de adoção da nova geração de rede móvel possibilitou à Claro uma boa cobertura de sinal em 128 municípios. Com a demanda aquecida, o volume de adições líquidas de clientes registradas até o momento garantiu uma participação de 40,3% do mercado. “Nós já atendemos mais do que o previsto pelo edital de licitação e seguimos trabalhando na expansão do Claro 5G+ para novas cidades”, afirma Paulo César Teixeira, CEO da operadora.

Com mais de 7 milhões de smartphones 5G em operação em sua rede, a Claro tem adotado a estratégia de estimular os fornecedores a produzir aparelhos com valores mais acessíveis. Segundo Teixeira, 70% dos aparelhos do portfólio estão habilitados para o 5G. Nas regiões que têm cobertura do Claro 5G+ são comprados para os pontos de vendas da operadora somente smartphones compatíveis com a tecnologia.

A Claro pretende aproveitar o fato de ter sido a operadora que mais adquiriu frequências para explorar o potencial do 5G no Brasil. Ao combinar as duas bandas, de 3,5 e 2,3 gigahertz (GHz), consegue oferecer uma rede ultrarrápida e capaz de suportar alto tráfego de dados. Em agosto, a operadora anunciou os primeiros planos de internet móvel 5G como acesso fixo sem fio (FWA, na siga em inglês), com velocidade de 1 gigabites por segundo (Gbps). Disponível em São Paulo, Campinas, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Brasília, terá uma expansão gradativa para as demais regiões do país.

A TIM tem metas agressivas em relação ao 5G, que deverá absorver a maior parte dos seus investimentos nos próximos anos. Para o triênio 2023-2025, foram reservados R$ 13,3 bilhões, destinados à infraestrutura de conectividade. A expectativa é de que o 5G seja a principal tecnologia de acesso em sua rede em três anos e meio. “Demorou quase cinco anos para que o tráfego de dados se tornasse majoritário na rede 4G”, compara Leonardo Capdeville, CTIO da operadora.

Para que a expectativa se confirme, é necessário cobertura e disponibilidade de aparelhos celulares compatíveis a preços acessíveis. O plano da TIM é aumentar significativamente o número de cidades conectadas até o fim do ano. O sinal, que já está disponível em 137 localidades, abrangendo não apenas as capitais e o Distrito Federal, mas também regiões metropolitanas e pequenos municípios, será levado para o entorno de capitais menores, como Vitória (ES) e Goiânia (GO). Segundo Capdeville, a rede 5G da operadora cobre 35% da população urbana. O executivo diz que 85% dos modelos de celulares do portfólio da operadora são compatíveis com o 5G. Do total comercializado neste ano, 65% estão habilitados para suportar a nova tecnologia. Com a rápida popularização dos smartphones, a TIM acredita que os dispositivos 5G concentrarão 30% do tráfego de dados em sua rede até o fim de dezembro.

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