Compra da Starbucks pela Zamp (ZAMP3) empolgou? Confira o que analistas esperam

O valor que a Zamp pode pagar pelos ativos da rede de cafeterias no Brasil é menor do que o imaginado, mas ainda não é definitivo e não há detalhamento de quantas lojas a empresa está comprando, aponta o Bradesco BBI.

Os analistas, liderados por Felipe Cassimiro, pontuam que há vantagens intrínsecas na parceria com uma das maiores marcas de consumo global e na diversificação dos negócios da Zamp para além de restaurantes “fast food”.

No entanto, o banco mantém cautela sobre a operação até a operadora do Burger King e do Popeyes no Brasil dar mais detalhes dos esforços que serão necessários para reestruturar as combalidas operações do Starbucks.

O Bradesco BBI tem recomendação neutra para Zamp, com preço-alvo em R$ 3,50.

Para o BTG Pactual, o acordo mostra uma mudança no posicionamento estratégico da Zamp para expansão e crescimento que traz algumas preocupações.

Os analistas Luiz Guanais, Gabriel Disselli e Pedro Lima observam que a situação das operações do Starbucks no país não é boa, dada a recuperação judicial da sua atual controladora, aumentando riscos de execução da reestruturação.

Além disso, a Zamp já vem enfrentando desafios operacionais nos seus negócios do Burger King e do Popeyes, com ambas as marcas tendo desempenho pior que outros restaurantes “fast food” no Brasil.

Por fim, o banco chama atenção que o balanço da companhia já é alavancado, estando a dívida em 2,2 vezes o Ebitda, ao fim do primeiro trimestre, e o preço acertado de R$ 120 milhões já representa 14% do valor de mercado da Zamp.

Ainda assim, o BTG Pactual tem recomendação de compra para Zamp, com preço-alvo em R$ 14.

No pregão de hoje, na B3, as ações operaram em queda, acompanhando o mau humor generalizado na bolsa. O papel (ZAMP3) encerrou os negócios do dia negociado a R$ 3,40, desvalorização de 1,7%.

Com informações do Valor PRO, serviço de notícia em tempo real do Valor Econômico.