Compartilho o meu novo texto publicado hoje no Valor Econômico na coluna Carreira no Divã.
P: "Sou gestora e, nos últimos meses, venho perdendo muitos talentos do meu time. Mesmo oferecendo uma boa remuneração, ótimos profissionais têm deixado o trabalho por outras oportunidades, e isso vem me deixando preocupada. Já tentei conversar com essas pessoas para entender com mais detalhes os motivos pelos quais elas estão saindo, mas sinto que não consigo chegar ao cerne da questão. Por que profissionais talentosos estão deixando a minha equipe?"
R: O primeiro ponto que temos que avaliar é que, em todas as pesquisas mais recentes que elucidam o porque uma pessoa sai de uma empresa, o fator remuneração costuma ser um dos últimos pontos mencionados. Existem outros fatores que vêm antes e pesam na decisão de alguém permanecer ou não em uma empresa.
Como exemplo, posso citar a pesquisa Engaja S/A, realizada recentemente em uma parceria do Talenses Group com a Flash e a Fundação Getulio Vargas. O estudo mapeou que 6 em cada 10 trabalhadores brasileiros estão desengajados. Se excluirmos a alta liderança da lista de respondentes, a proporção cresce para 7 em cada 10 trabalhadores.
Na lista dos principais pontos que influenciam positivamente no comprometimento das pessoas com o trabalho, remuneração é o último dos fatores. Antes, aparece, em primeiro lugar, ambiente de trabalho positivo, seguido de trabalho com significado, confiança na liderança, boas práticas de gestão e oportunidade de crescimento.
...
Entendo que cada vez faz menos sentido colocar as gerações em “caixinhas”. Mas, não é novidade que uma boa parcela da geração Z tem colocado o propósito no centro de tudo, buscando oportunidades de trabalho que conectem com o propósito de cada indivíduo e que irão variar de pessoa para pessoa, mas podem incluir aí um melhor equilíbrio entre vida profissional e pessoal, não estar disposto a estar em ambientes tidos como “tóxicos” aos olhos dessa nova geração, dentre tantos outros fatores. O que é mais novo nesse cenário, porém, é enxergarmos que todas as gerações estão mais atentas a todos esses fatores.
Muita coisa mudou na pandemia, inclusive a forma como as pessoas entendem e aceitam as relações de trabalho. E para reter, engajar e motivar os colaboradores precisaremos oferecer “um algo a mais”. Um dia desses, por exemplo, vi uma pesquisa que mostrava que a maioria das pessoas não quer ser líder, um movimento chamado “ambição silenciosa”, e essa população alega priorizar a saúde física e mental, além do equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Muitos, inclusive, citam que não querem ter a vida de seus líderes diretos, em função da alta dedicação que um cargo de liderança, usualmente, exige no mundo corporativo. É algo para refletirmos a respeito... LEIA O TEXTO COMPLETO NO LINK ⤵
https://lnkd.in/dxfqUdjq
#valor #dicaisisborge #talenses
Educadora Financeira com certificação CFEd® Focada na Classe Artística
7mofico tão feliz e sinto um prazer imenso lendo um texto desses, eu amo tanto esse movimento da Gen Z e só me lembra o importante movimento VAT, Vida Além do Trabalho. É bom viver pra ver que as pessoas finalmente estão acordando pra ver que não sabemos quantos dias temos na Terra, que só existe o agora e que a morte está sempre à espreita, lembrar da morte é entender a necessidade urgente de viver, e numa sociedade que transforma os trabalhadores em suco de laranja, fica difícil viver a vida com intensidade, parece que a gente precisa sempre escolher entre: tempo x dinheiro, vida x trabalho. É complicado, e parece que a Gen Z já fez sua escolha, e isso é ótimo! Quem sabe assim, mudanças significativas virão.