Existem pontos muito relevantes em torno da ideia de ter mentores e amigos no trabalho. Vamos explorar essas questões mais a fundo:
1. Vínculos Afetivos e Limites Profissionais: Realmente, amizades no ambiente de trabalho podem trazer desafios. Quando os vínculos emocionais se misturam com as relações profissionais, pode ser difícil manter a objetividade e estabelecer limites claros. Situações de conflito ou de feedback crítico podem se tornar mais delicadas, o que pode comprometer a produtividade e a clareza na comunicação. O importante é equilibrar esses vínculos, garantindo que o profissionalismo não seja comprometido.
2. Modismo de Mentores e Falta de Preparação: A popularização da mentoria no mercado de trabalho, muitas vezes, traz consigo o risco de pessoas sem preparo adequado se intitularem mentores. O conhecimento técnico e o sucesso na carreira não são, por si só, suficientes para qualificar alguém como mentor. A mentoria eficaz exige conhecimento técnico, metodologia, escuta ativa, habilidades de comunicação e a capacidade de oferecer orientações embasadas. Sem essa preparação, o risco de oferecer conselhos equivocados, superficiais ou incompletos é grande, o que pode, em vez de ajudar, prejudicar a carreira de quem busca orientação. A mesma situação ocorre no modismos de consultores.
Portanto, ao buscar mentores, é essencial avaliar não apenas o histórico profissional, mas também a formação e a abordagem metodológica da pessoa. E em relação aos amigos, manter uma clara distinção entre amizade e trabalho pode ajudar a evitar que as emoções interfiram negativamente nas decisões profissionais.
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Brasileiros sentem mais necessidade de ter mentores do que amigos no trabalho
🤝 Mais da metade dos brasileiros (55%) afirmam ter um ou mais amigos próximos no trabalho, mas apenas pouco mais de um terço (35%) consideram essa amizade como algo necessário. Os dados são do Índice de Confiança do Trabalhador do LinkedIn.
📊 A pesquisa inédita também mostra que essa percepção varia entre as gerações, sendo a Geração Z (indivíduos nascidos entre 1997 e 2010) e os Baby Boomers (nascidos entre 1946 e 1964) os que reportaram os maiores índices de concordância com ambas as afirmações.
💼 Enquanto a expectativa de ter um melhor amigo na firma pode não ser predominante, a de ter um mentor é significativa: 41% dos brasileiros acreditam na necessidade de contar com um mentor no local de trabalho.
🔦 Entre os funcionários da Geração Z, essa porcentagem chega a 56% – mas vai caindo gradativamente conforme os profissionais envelhecem, atingindo apenas 20% entre os Baby Boomers.
📉 A tendência é semelhante quando se trata de ter efetivamente um mentor no trabalho: enquanto a média nacional é de 32%, o percentual aumenta para 63% entre os mais jovens e cai para 17% entre os Boomers.
📋 O Índice de Confiança do Trabalhador é publicado trimestralmente. Esta edição baseou-se em entrevistas realizadas por e-mail com 2.375 participantes no Brasil entre 9 de março e 14 de junho de 2024.
💬 Esses dados refletem a sua realidade? Na sua opinião, como ter mentores e amigos no trabalho pode contribuir com o seu desenvolvimento profissional? Participe da conversa nos comentários.
✍ Texto: Ana Prado
📊 Dados: Allie Lewis, Índice de Confiança do Trabalhador, do LinkedIn.