Aliat Investimentos’ Post

Novembro terminou com uma inflação de 0,39%, desacelerando frente ao 0,56% de outubro. O resultado divulgado nesta terça-feira pelo IBGE veio levemente acima do 0,37% esperado pelos analistas. Três dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados registraram alta. Alimentação e bebidas teve a maior variação (1,55%) e o maior impacto (0,33 p.p.), já que comer em casa ficou 1,81% mais caro, acelerando a alta de 1,22% de outubro. E o preço das carnes subiu com força: alcatra (9,31%), chã de dentro (8,57%), contrafilé (7,83%) e costela (7,83%). O óleo de soja (11,00%) e café moído (2,33%) também encareceram. A alimentação fora de casa ficou mais cara, com a alta de 0,65% de outubro ganhando força para 0,88% em novembro. O grupo Transportes avançou 0,89%, com impacto de 0,18 p.p., puxado pelo subitem passagem aérea, que subiu 22,65% e contribuiu com 0,13 p.p. para o IPCA do mês. Já Despesas pessoais teve alta de 1,43% e impacto de 0,14 p.p., devido principalmente ao cigarro (14,91% e 0,07 p.p.). Por outro lado, o grupo Habitação, que foi vilão nos últimos meses por causa da conta de luz, registrou deflação de 1,53% e foi o que mais puxou o IPCA para baixo (-0,24 p.p.). Com a vigência da bandeira tarifária amarela a partir de 1º de novembro, que reduziu a cobrança extraordinária a R$ 1,885 por cada 100 kWh consumidos, a energia elétrica residencial caiu 6,27%. No ano, o IPCA acumula alta de 4,29% e, em 12 meses, de 4,87%. A meta de inflação é de 3%, podendo variar até 1,5 ponto para cima ou para baixo. O número mais esperado pelos analistas, o IPCA de 2024, só sai daqui a um mês, em 10 de janeiro. Se o resultado ficar acima de 4,5%, o novo presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, vai ter de explicar o motivo. #inflação #IPCA #IBGE #BancoCentral #economia