A gente vai ficando velh... digo, com mais idade (😂) e vai achando que os problemas são todos causados pelo tempo. Estava com o fôlego curto, pouca resistência: comecei a correr e descobri enorme prazer no esporte. Resolvido. Meu desafio agora é outro: é comprovar que a minha dificuldade de concentração é fruto do excesso de informação a que somos submetidos a cada instante. Vou buscar algo no telefone e me pego olhando as postagens no Instagram (e não que não surjam informações importantes ali, mas o que eu iria fazer originalmente era certamente mais urgente!). Reaprender a manter o foco na leitura de um livro, num e-mail, numa página do meu script é o próximo desafio! Reportagem do NYT fala em abandonar um pouco as telas e voltar a ler no físico - pelo menos 20, 30 minutos por dia. Desafio para 2023!! Qual o seu???
Excelente reflexão, Marcio Gomes. Compartilho do mesmo desafio. Vi alguns colegas sugerirem alguns livros sobre o tema. Adiciono três sugestões que se relacionam com o que você postou: "Minimalismo digital" do Cal Newport, "Por que nós dormirmos" do Matthew Walker e o "Sociedade do cansaço" do Byung-Chul Han. No primeiro, o autor defende um argumento muito parecido com o seu: excesso de informação e os impactos de redes sociais. O segundo fala muito sobre o sono e em algumas partes fala de como a nossa sociedade sacrifica essa parte importante da nossa fisiologia e os impactos cognitivos disso. E o terceiro... bem, o nome fala por si só.
Muito legal seu post assumindo algumas das suas vulnerabilidades, Marcio Gomes . Falamos tanto em líderança humanizada, mas "desumanizamos" o tempo todo as pessoas colocando nossas capas de super-heróis e exigindo que os outros façam o mesmo. A vida é assim: um eterno aprender, desaprender e reaprender! Parabéns!
Nem Insta, nem TV, nem Livro físico...quero reaprender a fazer NADA por um tempo. Tô quase conseguindo aos domingos. Não fico nem perto dos eletronicos, principalmente o celular. Nem uma música? Só aquela q me vem a cabeça!
Falta de foco é um problema recorrente na humanidade contemporânea...quase uma doença do mundo moderno.
Marcio, velho companheiro ( 😁 ) esse é um desafio permanente: focar, concentrar. Minha cabeceira acumula livros, meu leitor de ebook monografias e teses, e a cabeça se perde muitas vezes na primeira linha da página. Vou tentar seguir sua sugestão. Me sinto burro lendo menos. Mas a massa cinzenta vai gastando, gastando.
Se me permite duas sugestões, os livros "Foco" (Daniel Goleman) e "O Sinal e o Ruído" (Nate Silver) me ajudaram muito nessa questão. Não da maneira que os livros de autoajuda costumam fazer - propondo receitas - mas ampliando a consciência e nos tornando mais hábeis mentalmente. O segundo livro, de Nate Silver, me parece apontar algo muito interessante: nesse tempo de informações em abundância, disponíveis a um clique de distância, o segredo é aprender o que ignorar, ou seja, que informações acabam sendo apenas ruído. E tem muita coisa pra ignorar! Porque pra informação ser sinal (útil) ou ruído (interferência) não depende só da própria informação, mas de seu contexto, o momento em que a recebe e o quão relevante é para o que está buscando.
O foco para leitura fora das telas também é um dos meus principais desafios! E eu também já pensei em meia hora para me educar. Já comecei mas ainda não cumpri o tempo certo diariamente. O bacana disso tudo é saber que não há nada que não consigamos fazer nessa vida, basta querermos de verdade. Não há crenças limitantes. E como transformar a sedução, o vício das telas na leitura de livros? Ter um propósito. A partir disso, nos sentimos mais comprometidos a atingir o objetivo. Pensa no seu e me fala depois se funcionou... Eu trabalhei a minha mente nesse sentido para academia, que eu odiava e já transformei em um hábito diário..
Meus desafios em 2023 têm foco muito mais no físico: na leitura de um livro, no ouvir as músicas que não ouço há um bom tempo enquanto faço alguma atividade física, no remexer minhas gavetas para reencontrar o ali esquecido e descartar o agora inútil. No reencontrar os amigos queridos, aglomerando em conversas esticadas e risadas incontidas. No estar comigo mesmo, sozinho, pensando a esmo, deixando meu espírito livre para curtir a mim, aos que me são caros e para aqueles sinto saudades e, sobre os quais, em algum momento escrevo.
Cara, essa é uma baita dica. O TDAH me roubou a constância de vários hábitos. Lutar é preciso.
Reputação / prevenção de crise / consultoria / mentoria /external advisor na FTI
1yVocê conhece o livro Stolen Focus: why you can´t pay attention, de Johann Hari? Vale a pena. E se tiver sem tempo e apreciar podcast, ele deu uma longa entrevista para o The Jordan Harbinger Show, episódio 707. Me ajudou muito a entender este processo sobre a nossa falta de atenção e foco.