3 dicas para preparar uma PME para um processo de M&A
Em um processo de fusão ou aquisição (M&A), quanto mais estruturada estiver a empresa, maior poderá ser o valor de negociação. E todo o processo passa pelos pilares de Governança Corporativa.
O primeiro passo de estruturação está em ajustar os documentos societários com regras que contemplem uma possível venda da companhia, como direito de preferência e Tag Along (mecanismo de proteção aos sócios em caso de venda das quotas sociais). Isso garante mais segurança tanto para os compradores como para os sócios, sejam eles minoritários ou majoritários.
Outro ponto importante é manter uma gestão jurídica dos passivos. Ou seja, identificar os riscos jurídicos da empresa e geri-los, para resolvê-los ou evitá-los da forma menos onerosa possível, por exemplo, verificar e corrigir as causas de uma determinada ação judicial, para que não volte a provocar novas demandas. Este tipo de gestão, além de tornar o negócio mais saudável, evita que este risco seja provisionado (descontado ou reservado) do valor da negociação da empresa.
Por fim, é preciso ter um olhar para as relações jurídicas, especialmente aquelas não formalizadas e que podem se transformar em riscos relevantes e desabonadores para a empresa e, neste caso, com um cuidado especial às relações trabalhistas e terceirizações (ou pejotização) sem a adoção das devidas cautelas, pois têm grande potencial de provocarem impactos negativos para a empresa. Isso vale para as demais relações jurídicas da empresa, como a preocupação com o atendimento das normas fiscais e tributárias e as regras de compliance, entre outras.
Cuidados como estes podem garantir não só a efetivação de um negócio seguro na venda da companhia, mas também um processo ágil e rentável para ambos os lados, adquirentes da empresa e sócios vendedores.