🌎⚡O Estado de Emergência Climática está Declarado⚡🌎

Toda vez que expressão “Aquele que não deve ser nomeado” é ouvida, automaticamente ela é associada com a saga de Harry Potter. Um clássico dos cinemas dos anos 2000. É até engraçado, porque talvez essa seja a maior lembrança que todo mundo tem dos filmes do Menino Mago. E remete ao vilão, Lord Valdemort.

Penso o mesmo, moço da foto!

Você deve estar se perguntando qual a relação da saga do bruxo Potter com essa história de mudanças climáticas. Te explico.

Em 2019, alguns meios de comunicação alteraram seus manuais de estilo, sugerindo que os jornalistas dessem um tom mais duro nas suas falas quando estivessem tratando sobre questões climáticas.

O The Guardian, o The New York Times, acompanhando os Cientistas que estudam o assunto, substituíram o termo “Mudanças” por “Emergência”.

Ao invés de mudanças, foi sugerido usar crise, emergência e outras palavras que dessem mais gravidade ao assunto. Semanticamente, uma é bem diferente da outra. Uma indica alteração ou modificação do estado normal de algo. A outra ocorrência de perigo, situação crítica.

Essa mudança parece ser justificada quando vemos, diante de nossos olhos, a Terra estar fora de sua rotina habitual. Quem fala são os Cientistas Climáticos. Eles perceberam que as mudanças que vinham observando no clima serão irreversíveis se nada for feito.

As consequências podem ser desastrosa para todos. Daí, a mudança de nome para “Emergência Climática.

Para reforçar o coro dos cientistas e da mídia, a "Word of the Year" de 2019 foi "Emergência climática". Já expliquei aqui!

Mas voltemos para o menino Harry.

De todos os personagens da Saga, apenas dois tinham coragem de falar o nome do Lord Valdemort. O próprio Harry e Dumbledore. Eles eram destemidos e de quebra, ainda incentivavam os amigos na Ordem da Fênix a também pronunciarem o nome D’Aquele que não pode ser pronunciado. O Lord Valdemort se aproveitava do medo dos estudantes para achar os seus inimigos e atacá-los.

Os personagens mais fracos eram os que não pronunciavam o nome daquele que não podia ser pronunciado.

A fraqueza morava no fato deles não saberem com que estavam lutando. Sabiam que o Lord existia mas não o materializava ao chamá-lo pelo nome.

Se não tem nome, não existe.

Mudou tanto. Virou emergência climática.

E, de quebra, ganhou um nome que reflete a realidade que estamos vivendo.

Agora sabemos.

É uma questão emergencial. É emergência. O clima poderá nos matar.

A agenda climática vem piorando ao longo dos anos e sendo deixada de lado em detrimento da econômica. A temperatura na Terra vem aumentando na mesma proporção que líderes políticos, ao redor do mundo, ascendem ao poder e negam a existência do aquecimento do Globo. Os conhecidos negacionistas do clima. (terá um artigo somente sobre eles. aguardem)

Nesta imagem vemos, claramente, dois presidentes que negam o aquecimento global.

Enquanto estávamos chamando de “Mudanças Climáticas”, a situação parecia estar sob controle. E parecia mesmo. A semântica que a palavra entregava, por si só, não dava o peso e gravidade que a questão do clima chegou.

Estamos correndo risco.

Os créditos pela mudança da palavra devem ser dados aos cientistas. Aos jornalistas e meios de comunicação que abraçam a causa. Não por modismo, mas por acreditarem que a Ciência deve ser parte fundamental de suas plataformas.

O maior problema climático “Aquilo que será pronunciado” agora tem um nome.

"Emergência climática"

"Crise climática"

Temos um problema real diante de nós. A Terra está quente demais e a Emergência Climática está decretada.

Os Dumbledore e os Potter do Clima

A editora-chefe do The Guardian, Katharine Viner, ao acompanhar a adoção das novas terminologias, deixou claro que o jornal deveria estar alinhado com os termos científicos. A comunicação deveria ser transparente, mostrando ao leitor a relevância da questão.

O termo “Emergência Climática” reflete o posicionamento dos cientistas. Uma catástrofe para a humanidade está anunciada. O bode está na sala, como diria minha vó. Aliás, Lord Valdemort está na sala.

Uma coisa só existe quanto ela é nomeada. Sem nome, ela não existe. Se ela não existe, não conhecemos. Não temos como lutar.

Foi preciso perdemos o medo de falar que todos nós estamos indo para um abismo sem fim. Por isso, emergência climática consegue dar o tom da realidade. Os cientistas ganharam atenção pelo medo. A palavra pesou.

Engraçado como a semântica de uma palavra muda toda nossa percepção. Ao sabermos do que estamos falando e como pode ser tratado, podemos ver uma luz no fim do túnel.

A Emergência Climática e Ordem da Fênix - A Batalha Final

"Temos apenas meia hora até a meia-noite, portanto precisamos agir com rapidez!

...

Muito bem, os líderes subam aqui para dividirmos as tropas!"

Quim Shacklebolt antes da Batalha de Howgwarts

No momento da batalha final contra o Lord, a Ordem da Fênix conhece o inimigo e por isso venceu.

Na emergência climática, vivemos o mesmo momento. Em novembro de 2019, 11.258 cientistas de 153 países assinaram um artigo na BioScience e argumentaram que eles"têm a obrigação moral de alertar claramente a humanidade sobre qualquer ameaça catastrófica".

E que

"claramente e inequivocamente que o planeta Terra está enfrentando uma emergência climática".

Na época da publicação do artigo, o próprio Bernie Sanders, candidato a presidente no EUA postou um tweet sobre o assunto.

Parece que estamos diante de nossa Batalha de Hogwarts. Precisamos reduzir a temperatura do planeta em 1,5°C. Decisões políticas estão sendo tomadas. Diversos líderes de países já declararam emergência climática. A Ordem da Fênix humana está declarada.

Seremos capazes de vencer o inimigo? A associação entre o mundo de Potter e a Emergência Climática fez sentido pra você? Compartilha comigo nos comentários.

Este texto foi publicado originalmente em erivaldocarneiro.com.

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Sobre o autor:

Eu sou Erih Carneiro e Minha Missão é Compartilhar Aprendizados. Sou Baiano e Mentor para Transição de Carreira na Escola de PhDs. Também sou Podcaster no Travessia de Carreira e no Pode Meme, Professor, Escritor, Mestre e Doutor em Administração. Amo comer acarajé, sei fazer moqueca e chamo minha mãe de Mainha.

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