Saúde e segurança: entenda quais são os diretos e deveres dos trabalhadores

Saúde e segurança: entenda quais são os diretos e deveres dos trabalhadores


Imposta pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), a Norma Regulamentadora 1, conhecida como NR-01, é uma das leis de segurança e saúde no trabalho do Brasil. Abordando as disposições gerais e o gerenciamento de riscos ocupacionais, ela regulamenta os direitos e deveres, tanto dos empregadores quanto dos trabalhadores no que diz respeito à saúde e segurança ocupacional.

Nesse sentido, a NR-01 tem como objetivo definir os princípios e critérios para a implementação de normas que garantam um ambiente de trabalho seguro, além de orientar sobre a prevenção de acidentes e doenças ocupacionais. Para se ter uma ideia, estima-se que 30% dos profissionais brasileiros apresentam algum tipo de transtorno mental ao longo de suas carreiras. Esses dados vêm de diversos estudos realizados por instituições de saúde, como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde do Brasil.

Recentemente, o MTE publicou alterações na NR-01, tendo como principal objetivo aprimorar o gerenciamento de riscos nas empresas, enfatizando, principalmente, a participação mais ativa dos trabalhadores. Entre as mudanças, a atualização da norma passa a incluir a identificação de riscos psicossociais a partir de maio de 2025. Com isso, as organizações terão que implementar medidas para gerenciar riscos psicossociais, garantindo que os profissionais não adoeçam mentalmente devido à sobrecarga de trabalho ou ambientes tóxicos. Elas também deverão realizar avaliações contínuas e desenvolver estratégias para prevenir assédio e violência no trabalho.

Outro ponto exigido pela NR-01 é que as corporações elaborem e mantenham documentos de gestão de riscos e programas de gerenciamento de riscos à disposição para fiscalização. Diante dessas alterações, é essencial que os líderes estejam comprometidos em criar uma cultura de segurança e bem-estar, adotando uma postura ativa em relação à saúde emocional e física dos trabalhadores.

A prática de escuta ativa por profissionais especializados, como psicólogos organizacionais, também é fundamental, pois eles ajudam a identificar sinais precoces de esgotamento, conflitos e outros fatores que podem impactar o bem-estar dos trabalhadores, garantindo um ambiente de diálogo aberto e resolução preventiva de problemas antes que se tornem mais sérios.

Sendo assim, para lidar com o gerenciamento de riscos ocupacionais, com foco na saúde emocional do trabalhador, as companhias devem adotar uma abordagem proativa e contínua. Nesse processo, instrumentos de avaliação psicossocial, com bases científicas, aliados à tecnologia, exercem um papel essencial. Apoiando no cumprimento das exigências da NR-01 e ampliando o foco para além da saúde física no ambiente de trabalho, o uso de plataformas e ferramentas digitais possibilita que as organizações realizem diagnósticos precisos da saúde mental de seus profissionais.

Com isso, é possível identificar fatores psicossociais que possam impactar o bem-estar, como estresse, sobrecarga emocional e conflitos interpessoais, ajudando a monitorar riscos físicos e emocionais de forma mais ágil e precisa. Para se ter uma ideia, de acordo com dados da Associação Nacional de Medicina do Trabalho (Anamt), aproximadamente 30% dos trabalhadores brasileiros sofrem com a síndrome de burnout, caracterizada pelo esgotamento físico, emocional e mental causado pelo estresse crônico no trabalho.

Por fim, os instrumentos integrados à tecnologia permitem que esses dados sejam coletados, monitorados e analisados, oferecendo informações assertivas e estruturadas para uma gestão mais eficaz dos riscos emocionais e psicológicos. Isso possibilita que as empresas adotem medidas preventivas e corretivas com maior agilidade, contribuindo para um ambiente de trabalho mais equilibrado e saudável, reduzindo o impacto negativo na produtividade e promovendo a segurança integral dos trabalhadores.

Nayara Teixeira é Diretora de Produto e Operações da Mapa HDS.


Phygital evolui a conexão entre organizações e pacientes



Você já ouviu falar em Phygital? Se não, o termo refere-se à crescente fusão dos ambientes físico e digital, impulsionada pelo avanço tecnológico. Esta integração cria uma realidade híbrida que expande a interação humana por meio de novas formas de engajamento. No setor da saúde, o conceito de Phygital foi adotado em centros de inovação, com a implementação de ferramentas como visualizações 3D, realidade aumentada e vídeos interativos, com o objetivo de enriquecer a experiência do usuário e fortalecer o domínio da saúde digital.

Por exemplo, totens que medem a pressão arterial, frequência cardíaca, oxigenação do sangue e temperatura corporal são cada vez mais comuns em centros de saúde, tanto privados quanto públicos. Eles atuam como solução para reduzir o tempo de espera e fornecer aos profissionais de saúde uma quantidade maior de dados sobre os pacientes. O Phygital não apenas melhora a experiência, mas também personaliza o atendimento, tornando a relação entre pacientes e instituições de saúde mais próxima e eficaz.

O conceito de Phygital estende-se ainda mais. Por meio da digitalização de processos, as organizações de saúde adotaram prontuários eletrônicos, prescrições médicas e receitas online, facilitando a comunicação entre a equipe de saúde e os pacientes.

A telemedicina é um exemplo concreto da aplicação do Phygital. Plataformas digitais permitem que médicos e pacientes interajam remotamente para consultas e acompanhamento de tratamentos, expandindo o acesso aos serviços de saúde e contribuindo para sua democratização. Essa metodologia traz conveniência, sobretudo para aqueles que têm dificuldades de locomoção até uma unidade de atendimento médico.

A integração do phygital na educação sobre telemedicina representa uma estratégia inovadora e inclusiva. Quiosques interativos em locais estratégicos oferecem uma experiência tangível e imediata, enquanto workshops e tutoriais online proporcionam aprendizado contínuo e adaptável.

A combinação de mídias físicas e digitais em campanhas educativas permite uma comunicação mais efetiva, alcançando diferentes perfis de usuários. Essa abordagem holística não apenas facilita o acesso à informação, mas também promove uma compreensão mais profunda e um engajamento mais significativo com a telemedicina, contribuindo para sua aceitação e integração no cotidiano das pessoas.

Dessa forma, damos mais um passo significativo para integrar saúde e tecnologia que facilitam a jornada do paciente, de maneira simples, assertiva e humanizada. Empresas que implementam o conceito phygital são capazes de proporcionar uma experiência ao cliente fluida e integrada, com transições suaves entre ambientes online e offline. Esta integração está emergindo como um diferencial competitivo significativo. Segurança digital

Quando olhando para a cibersegurança, as empresas estão enfrentando os desafios de segurança no ambiente Phygital com uma abordagem multifacetada, reconhecendo que a convergência do físico e do digital exige uma estratégia de segurança robusta e integrada. Primeiramente, há um investimento significativo em tecnologias de proteção de dados, como criptografia avançada e autenticação multifatorial, para garantir que as transações e interações dos clientes sejam seguras em todos os pontos de contato.

Nesse contexto, as organizações estão implementando sistemas de gerenciamento de identidade e acesso para controlar quem pode acessar informações sensíveis, tanto internamente quanto no ambiente do cliente.

A conscientização é outra frente importante, com empresas educando funcionários e clientes sobre os riscos potenciais e melhores práticas para evitar violações de dados. Isso inclui treinamento regular e simulações de ataques cibernéticos para preparar o tempo de resposta da equipe de forma eficaz. As empresas também estão adotando uma abordagem proativa para monitorar ameaças, utilizando inteligência artificial e aprendizado de máquina para detectar e responder a atividades suspeitas em tempo real.

É inevitável que a segurança física esteja cada vez mais interligada com a segurança digital, com sistemas que podem, por exemplo, desativar remotamente o acesso em caso de uma violação de segurança detectada digitalmente.

Além disso, as empresas estão adotando práticas de design seguro desde o início do desenvolvimento de produtos e serviços Phygitais, garantindo que a segurança seja uma consideração primária e não apenas um complemento. Isso envolve a realização de avaliações de risco e testes de penetração regulares para identificar e corrigir vulnerabilidades antes que elas possam ser exploradas.

Por fim, a colaboração e o compartilhamento de informações entre empresas e com órgãos reguladores estão se tornando práticas comuns para melhorar a resposta a ameaças de segurança. Ao trabalhar juntos, os setores podem desenvolver padrões de segurança mais fortes e responder de maneira mais coordenada a incidentes de segurança, beneficiando a todos no ecossistema phygital.

Gian Piero Gazzillo Pestana, COO e cofundador da Doutor Ao Vivo.

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