Se tiver medo, não cruze o Rubicão !

Se tiver medo, não cruze o Rubicão !

Em janeiro de 49 a.C, Júlio César tinha uma difícil decisão cruzar ou não o rio Rubicão. Essa decisão alterou a história de Roma, mas para entender o significado do ato, antes se faz necessário entender o contexto !

No período da República Romana, o Rubicão era a fornteira da província romana Gália Cisalpina, ao norte e de Roma ao sul. Nesse período os governadores Romanos eram promagistrados, ou em latim "imperium" ou direito de comando. O cargo lhes conferia o comando da tropas, do generalato. Contudo, a lei limitava, somente a magistrados eleitos ( cônsules e pretores ), somente a estes o direito de manter o imperium dentro da Itália. E aquele que ousasse entrar na Itália á frente das tropas teria seu imperium cassado, ou seja, perderia o comando das tropas.

Com isso, o exercício do imperium, quando proibido, era ofensa capital e o mesmo ocorria com quem obedecesse as ordens de comando. Nesse tangente, além de tornarem foras da lei, general e tropas tinham o mesmo destino, MORTE ! Havia diante dessa imposição legal, a necessidade do desmantelamento das tropas antes de adentrarem em Roma.

Sabendo destes detalhes, podemos voltar ao texto, em 49 a.C, César, infrigiu essa lei, ao juntamente com a Legio XIII cruzar o Rubicão, irrompendo assim uma Guerra Civil em Roma. Por sorte saiu vitorioso, Suetônio ( historiados romano ) eternizou esse fato histórico ao relatar que foi nele onde Júlio César pronunciou a famosa frase âlea iacta est ( A sorte foi lançada ). A vitória de Júlio, mudou Roma, mudou o transcorrer histórico do mundo e para o bem ou para o mal, hoje somos talvez frutos dessa travessia do Rubicão.

Todos nós apreendemos nos bancos escolares essa passagem histórica, e talvez esteja eu sendo repetitivo. Mas, em muitos momentos todos nós temos nossos rubicões, e é isso que desejo tratar nesse texto ! César sabia das consequências do seu ato, estava totalmente ciente de que a derrota o levaria a pena capital, e seus aliados igualmente. Seria muito mais cômodo não arriscar, já tinha status, poder e riqueza......

E isso acontece diariamente com muitos de nós, o comodismo, o medo de atravessar o Rubicão em frente de nossas tropas é um dos principais ofensores no nosso desenvolvimento. Ponderamos, procrastinamos decisões, temos medo do futuro, do erro e da condenação.

Não quero incentivar ninguém a sair por aí cruzando o Rubicão, sem antes ter plena certeza da vitória. Contextualmente a frase se tornou sinônimo de ação arriscada, de uma ação sem retorno, da flecha atirada ! Mas, há certos momentos que a necessidade de cruzar o Rubicão é imperativa, não há como não fazer.

No mundo corporativo, não fazer irá significar uma demissão, uma carreira estagnada, stress, depressão e/ou insatisfação pessoal. E quando houver compreensão disto, haverá ciência que quem faz sua carreira é você mesmo. Evidente que Júlio César teve seus medos, suas ponderações, mas havia algo que ele tinha certeza ao decidir por faze-lo, sua crença em sua capacidade de vitória e seu preparo diante dos inimigos.

E como reflexão final, escrevo : Não está morto quem peleia !


Por : Rosaldo Bonnet, Administrador, Gestor de Projetos e Escritor dos Livros :

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