Tópicos em EaD 98 - Mapas mentais e conceituais e outras representações gráficas.

Tópicos em EaD 98 - Mapas mentais e conceituais e outras representações gráficas.

Na esteira dos bons resultados que podem ser obtidos no desenvolvimento de projetos ou solução de problemas, está colocada a apresentação do conjunto de ideias coletadas por meio da concentração de um grupo de pessoas criativas, com o uso de técnicas de desenho de mapas mentais ou mapas conceituais.

1.1     O uso de apresentação gráfica

Não vamos particularizar este tópico em mapas mentais ou conceituais, mas dar preferência a falar de uma forma geral sobre as vantagens da apresentação gráfica como facilitador ao desenvolvimento de atividades de ensino e aprendizagem em ambientes enriquecidos com a tecnologia.

O uso de diagramas e gráficos pode trazer uma série de benefícios aqueles que os utilizam de forma racional. Uma proposta comumente utilizada para justificar a utilização dessa proposta é apresentar as vantagens (como apresentadas por participantes de cursos anteriores), as desvantagens (provenientes da mesma fonte) e um destaque para os principais objetivos (provenientes da mesma fonte).

Podem ser citadas como vantagens no uso de soluções gráficas:

·        Gráficos podem ser considerados como uma forma rápida de atingir as pessoas que estão visualizando de alguma forma o que uma pessoa está dizendo, seja de forma síncrona ou assíncrona;

·        Eles são uma forma eficiente de apresentação de resultados permitindo que ênfase seja dada a pontos de maior interesse;

·        Representam uma forma eficiente e convincente de provar um determinado ponto de vista, ao permitir que as pessoas não somente ouçam, mas também vejam e, se houver algum nível de interatividade, experimentem o que está sendo dito;

·        Representam uma forma compacta de reunir um grande número de informações em uma visão conjunta de tudo aquilo que o apresentador quer transmitir para quem participa;

·        Apresentam maior interesse que materiais impressos, áudio ou vídeo, quando utilizados de forma isolada. Vale a proposta que “uma imagem vale mais do que mil palavras”;

·        Na soma do que foi relatado até este momento, conseguem atingir ao mesmo tempo o maior número de sentidos.

Em contraposição, alguns analistas, que não estão totalmente incorretos em suas justificativas, que podem ser verificadas, na dependência direta do contexto no qual se está trabalhando, consideram como desvantagens do uso extensivo de soluções gráficas:

·        Elas consomem um tempo maior para formatar a tomada de decisões, ou seja, envolve um gasto de tempo na escolha do melhor arranjo, de um layout convincente, combinação de cores a utilizar, impacto das interfaces projetadas, ou seja, há necessidade de um projeto visual mais bem cuidado, que pode consumir tempo ou dinheiro;

·        Exige conhecimentos técnicos, que podem ser complexos na dependência da qualidade e usabilidade do produto que está sendo utilizado para formatar a apresentação gráfica;

·        Pode exigir uma atenção exagerada da plateia que, na perda de alguns segundos, pode perder a sequência do todo, devido a elevada concentração de conhecimentos que pode estar concentrada em um único momento, na visão gráfica da solução de algum problema;

·        Custo que está na dependência do meio utilizado, materiais e reaproveitamento.

Analistas que trabalham com propostas de apresentações arrasadoras (TED – Technology, Entertainment, Design) consideram que a proposta por detrás de grande parte das apresentações gráficas pode ser resumida a dois tópicos que consideram que o uso de apresentações gráficas é mais bem aplicado para:

·        Mostrar e comparar mudanças;

·        Mostrar e comparar relacionamentos.

De forma complementar se for possível efetuar uma navegação por jornais, revistas, artigos publicados, vídeos postados no youtube e uma busca em modelos dos principais programas gráficos será possível observar a procura da representação gráfica sendo destacada que, para tanto, se leva em consideração a capacidade que essas soluções têm em facilitar a compreensão do que está sendo apresentado.

A apresentação oral ou textual, desenvolvida de forma linear é cada vez menos utilizada. Professores de diversas disciplinas, com destaque para aquelas que trabalham em maior nível de complexidade (matemática, física e outros) ressaltam de forma unanime o acerto de suas decisões, quando optaram por efetivar as suas apresentações, com preferência para apresentações gráficas.

Essa proposta está na base da utilização do edutainment (education and entertainment) como forma de retornar sensação de agradabilidade ao processo de transmissão de conteúdo, perdida no meio de aulas e apresentações, com uso de slides que apresentam um grande volume de informações textuais comprimidas em pequenos slides que, ainda que possam ser enxergados de forma clara, não são atraentes e apresentam um elevado grau de poluição visual.

Quando se observa uma evolução do EaD como suporte para a oferta de diferentes processos de ensino e aprendizagem (educação formal, educação informal, educação aberta) e o apoio que se busca no desenvolvimento de produções que tenham um grande apelo lúdico é possível compreender os cuidados que se deve ter com a formatação de materiais, orientados para uma apresentação gráfica que motive, não somente o ingresso dos interessados no ambiente, bem como a sua participação ativa.

Para aquelas pessoas que se exigem uma explicação com maior rigor científico a proposta até aqui relatada está centrada em uma área de conhecimento específica e responde por um nome reconhecido pela comunidade acadêmica como valoração científica. A arte de apresentações gráficas de conteúdos na forma de mapas mentais ou, tabelas, infográficos e outros elementos visuais recebe o nome de infografia.

Atualmente visualizada mais como uma solução técnica, que utiliza designers visuais, tratada mais em uma visão perspectiva voltada para o jornalismo, ela ultrapassa essa visão minimalista e se recomenda que ela seja enxergada de forma mais correta em uma visão voltada para a comunicação, sendo jornais, revistas e outras mídias, apenas seus contextos de aplicação.

Esta área da ciência também não se limita a apresentações estáticas, mas engloba também apresentação de conteúdo com o uso de meios dinâmicos, animados e interativos.

Na atualidade, em tempo de uso extensivo da computação em nuvem, podem ser encontrados de forma gratuita, quando a atividade é desenvolvida online com compartilhamento com outros usuários, toda uma gama de programas que em nada ficam a dever aos gigantes da área.

A dinâmica das redes sociais, local onde a infografia encontra um de seus principais canais de disseminação, sugere que seja utilizada uma linguagem diferenciada (formada por apelos chamativos) em uma linha jornalística, dando caráter noticioso à disseminação de conteúdo. Esta é uma proposta que não é bem aceita por todos os pedagogos, quando consideram que tal fato pode dificultar a concentração necessária para compreensão e fixação dos conteúdos.

Sob todos os pontos de vista sobre a qual a proposta de utilização da infografia seja analisada, é possível considerar seu uso como uma proposta de tornar mais agradável e de fácil compreensão a atividade de estudo.


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