44o. Congresso da Associação Brasileira de Medicina Farmacêutica (SBMF)
Diretor Médico / Diretor de Pesquisa Clínica & Desenvolvimento / Diretor Científico / Medicina Farmacêutica / Conselheiro Certificado / Investigador / Perito Médico Judicial
E hoje tive o privilégio de moderar uma mesa redonda falando de inteligência artificial em estudos clínicos e produção científica no Brasil durante o 44o. Congresso da Associação Brasileira de Medicina Farmacêutica (SBMF). Discutimos o papel crucial da inteligência artificial nos processos relacionados a estudos clínicos e na produção científica, com um foco especial no contexto brasileiro. Este é um tema de extrema relevância, não apenas por seu impacto potencial na melhoria dos cuidados de saúde, mas também na otimização de processos científicos e clínicos. Nos últimos anos, a adoção da IA na área médica tem crescido exponencialmente. Segundo um relatório da Accenture, a IA tem o potencial de gerar uma economia de até 150 bilhões de dólares anuais para o sistema de saúde dos Estados Unidos até 2026, por meio de melhorias na eficiência e na redução de custos operacionais. Embora esses dados sejam referentes ao mercado norte-americano, eles ilustram o potencial transformador que a IA pode ter em qualquer sistema de saúde, incluindo o brasileiro. No Brasil, a aplicação da IA em estudos clínicos já começa a mostrar resultados promissores. Estudos indicam que a utilização de algoritmos de IA pode reduzir o tempo necessário para a análise de dados clínicos em até 50%, permitindo uma aceleração significativa no desenvolvimento de novos tratamentos. Além disso, a IA pode ajudar a identificar padrões em grandes volumes de dados que seriam invisíveis ao olho humano, melhorando a precisão dos diagnósticos e a personalização dos tratamentos. Um exemplo concreto é o uso de IA para a triagem de pacientes para estudos clínicos. Algoritmos avançados podem analisar rapidamente prontuários médicos eletrônicos para identificar candidatos qualificados, reduzindo o tempo e o custo associados ao recrutamento de participantes. Segundo a McKinsey, essas tecnologias podem reduzir em até 15% os custos de recrutamento em estudos clínicos. Além disso, a IA está revolucionando a produção científica, facilitando a revisão de literatura e a identificação de tendências emergentes em pesquisas. Ferramentas baseadas em IA estão ajudando pesquisadores a analisar grandes volumes de publicações científicas, destacando informações relevantes e acelerando o processo de descoberta científica. Assim sendo, a inteligência artificial não é apenas uma ferramenta do futuro, mas uma realidade presente que está moldando a forma como conduzimos estudos clínicos e produzimos ciência. O Brasil, com sua rica diversidade biológica e populacional, tem uma oportunidade única de se posicionar na vanguarda dessa transformação. Espero que essas informações inspirem profissionais da área da saúde a explorar novas possibilidades e a implementar soluções inovadoras que beneficiem tanto os profissionais de saúde quanto os pacientes. #sbmf #ia #pesquisa #ciencia #medicina