A nossa autenticidade nos fará vencer.
Ser profissional mulher. Confesso que estou entendendo minha identidade profissional, sendo mulher, só recentemente. Até então, achava que precisava ter algumas características para ser respeitada: • Ser séria, quase ranzinza. • Não ser extravagante, usar roupas sem graça e cores pálidas. • Não ser muito bonita, porque beleza não é corporativo. • Falar muito formalmente e, quanto mais complexo, melhor. • Deixar emoções e vida pessoal fora do crachá. • Ser mais do que forte, ser uma rocha, dura e fria. Ou seja, ser um homem. Talvez precisei ser assim para adentrar, hackear o sistema masculino, parecendo com um deles. Hoje, o que mais amo na minha empresa é a liberdade de fazer como acredito: provocar risadas em reuniões, usar tênis e um brinco grande, não pedir desculpas se meu filho aparece na call, me emocionar em lágrimas num reconhecimento de cliente, contratar quem diz ter a autoestima mexida positivamente depois que começou a trabalhar com a gente e, sem medo, demitir e denunciar clientes misóginos. Homens têm medo da autenticidade. Mulheres autênticas e livres atrapalham o monopólio do ‘bolinha’, construído com tijolos de insegurança, vaidade e covardia. Não era sobre o cargo de CEO; esse moço, assim como muitos políticos, usa polêmicas para ganhar visibilidade. Mas ele revela, disfarçado de “cuidado” e embalado numa desculpa vazia, a barreira estrutural que nos impede todos os dias de alcançar igualdade. A única forma de romper essa barragem é forçando passagem com nossa maneira única de gerir negócios, questionando se estamos repetindo o que eles fazem ou criando o nosso jeito de fazer negócios, conexões e futuro. Porque só assim, com autenticidade e coragem, quebramos as amarras e abrimos caminho para todas que virão. Por muito tempo, nos ensinaram a nos moldar para caber no padrão masculino, mas nossa força está na autenticidade. Não somos uma adaptação; somos a quebra do padrão. É sendo genuínas com nossa potência que abrimos caminhos e redefinimos o que significa ser mulher no mercado. por Viviani Tacila CEO B. Estratégia