SUMAÚMA Jornalismo

SUMAÚMA Jornalismo

Publicação de jornais

Altamira, Pará 4.581 seguidores

Jornalismo do centro do mundo.

Sobre nós

SUMAÚMA é uma plataforma de jornalismo trilíngue feita a partir do centro do mundo, que conta histórias dos que moram aqui, na Amazônia, e de outras partes do planeta, a partir da floresta e da perspectiva de seus vários povos, assim como da melhor ciência do clima e da Terra.

Setor
Publicação de jornais
Tamanho da empresa
11-50 funcionários
Sede
Altamira, Pará
Tipo
Sem fins lucrativos
Fundada em
2022

Localidades

Funcionários da SUMAÚMA Jornalismo

Atualizações

  • E Sioduhi “desembolhou”. E vem das passarelas para o nosso Sextou Amazônico! No fim de 2022, o estilista do povo Pira-tapuya, do Alto Rio Negro, decidiu deixar São Paulo, onde viveu por quatro anos, e voltar à Amazônia para não perder suas raízes e não esquecer a própria realidade, processo que ele chama de “desembolhar”. O retorno teve também um significado político: apoiar a cadeia produtiva de seu estado e ajudar na criação de espaços de moda Indígena e amazônica. Sioduhi retornou à capital paulista para apresentar, em dezembro, sua nova coleção, “Kahtiridá, Fio da Vida”, em que cria uma estética Indígena futurista cuja mensagem é de resistência e resiliência às mudanças brutais do mundo em mais de 500 anos de violências contra os povos originários. A coleção enaltece os conhecimentos milenares da Amazônia que “seguram o fio da vida”, como a manualidade, a fibra de Tucum, o manejo do látex e da Seringueira e a própria costura para fortalecer as cadeias produtivas Indígenas. “Os modelos de negócios Indígenas não são os mesmos das empresas. Temos que evitar exaurir recursos humanos e não humanos”, diz o estilista, cuja marca Sioduhi Studio foi a única amazonense na 55ª edição da Casa de Criadores, em São Paulo. Em “Kahtiridá”, Sioduhi, que hoje mora em Manaus, no Amazonas, apresenta novos experimentos, como teares manuais, patchwork e a mistura de tecidos com algodão emborrachado, além de uma nova paleta de cores, que inclui tons vibrantes. Ter voltado à Amazônia foi fundamental para Sioduhi desenvolver “Kahtiridá”. Além de fortalecer seus elos com os amazônidas e a Amazônia, permitiu a ele presenciar os eventos climáticos extremos no centro do mundo, como a seca histórica do Rio Negro em 2023. “Sentir isso na pele é muito atravessador e influencia a gente a vivenciar a comunidade e mostrar a resistência pelo nosso trabalho”, afirma. Em 2022, Sioduhi criou um corante natural feito com a casca da Mandioca, que nomeou de maniocolor, pelo qual ganhou projeção na moda nacional. Atualmente, ele é um dos conselheiros da “Amazon Poranga Fashion”, projeto que alavanca a moda autoral amazonense. Relembre entrevista de Sioduhi para SUMAÚMA em https://lnkd.in/dVHmA642 Fotos:  Rodrigo Duarte @rodrigobduartee Camila Picolo/Instituto C&A Vídeo Campanha: Direção Criativa: Sioduhi @sioduhi Direção de Arte: Rain @jovemrain Fotografia: Alex Costa @rivotrist Editora de Moda: M4fell @m4fell Modelo: Sendí Baré @sendibare Apoio: Amazon Poranga Fashion @amazonporangafashion

  • O Ministério Público Federal (MPF) instaurou na terça-feira, 10 de dezembro, “notícia de fato criminal” para apurar responsabilidades sobre a queimada que destruiu 30% da Ilha do Arapujá, em Altamira, no Pará, entre o final de outubro e o início de novembro. Na prática, a decisão registra o caso e inicia a análise sobre o incêndio. O procurador Gilberto Batista Naves Filho, titular do 17º Ofício da Procuradoria da República no Pará, do Núcleo Ambiental do MPF com atuação em Altamira, fundamenta o despacho na matéria jornalística “Arapujá, a segunda morte da ilha que vestia a lua”, publicada por SUMAÚMA em 6 de dezembro. A reportagem narra as duas mortes do Arapujá: a primeira, em 2015, quando foi desmatado com a justificativa de que seria alagado pela Usina Hidrelétrica de Belo Monte; a segunda, agora, com o fogo que tomou a ilha-símbolo de Altamira de 30 de outubro a 1º de novembro e cobriu a cidade de fumaça. O procurador destaca que, segundo a reportagem de SUMAÚMA, o incêndio foi agravado por falta de infraestrutura de combate ao fogo e inação do poder público. “A situação (…) reforça não só a necessidade de medidas para prevenir futuros desastres como este, mas, principalmente, a condução de investigações detalhadas sobre as causas do incêndio e a responsabilização dos possíveis culpados”, afirma. Leia as reportagens sobre o incêndio da ilha e os seus desdobramentos: https://lnkd.in/dgghHKqs Fotos: Soll/SUMAÚMA  

  • Neste mundo tão polarizado, há algo que todos temos em comum: a sensação de alívio quando o clima se comporta de uma forma relativamente normal. É tão raro que isso aconteça hoje em dia que foi com imensa alegria que recebemos a notícia de uma chuva volumosa em Altamira. Seriam notícias bem-vindas para aqueles que procuram a alegria de cada estação. O Natal não é Natal sem chuva na floresta tropical. Mas algumas porções da Amazônia ainda estão secas. As estações chuvosas estão cada vez mais curtas, o que é ruim para a floresta, para o abastecimento de água e para a geração de alimentos. Enquanto isso, os esforços humanos para combater o aquecimento global correm o risco de retroceder vários passos. A COP do clima em Baku, a COP-29, foi uma das mais miseráveis já registradas Apesar das muitas ameaças que a COP-30 em Belém enfrenta de inimigos políticos, incapacidade logística e potencial violência policial contra a sociedade civil, há uma história forte para contar: a de sobreviver ao colonialismo e à escravidão, de reduzir o desmatamento da Amazônia e do Cerrado e de trazer mais líderes Indígenas para o governo. Se a luta de uma retomada precisa começar em algum lugar, que seja aqui, onde tanto os povos tradicionais como os pequenos produtores rurais estão sob pressão dos negociadores globais e do clima alterado pelos combustíveis fósseis. De uma forma ou de outra, é certo que será outro ano tumultuado. Por isso, apertem os cintos e se mantenham unidos. SUMAÚMA vai relatar todo esse caminho através dos olhos da nossa equipe premiada de jornalistas e com a bem-vinda chegada de um novo repórter sediado em Belém, Guilherme Guerreiro Neto. Ainda há muitas histórias a serem contadas, razões para lutar e motivos para alegria. A solidariedade nunca foi tão importante. Agradecemos a todos vocês da comunidade SUMAÚMA por lerem os nossos artigos e apoiarem o nosso trabalho em 2024. Desejamos a todas e todos chuvas reparadoras, momentos de calma e vigor renovado para 2025. Leia o editorial completo escrito por Jonathan Watts: https://lnkd.in/djib8RX9 Fotos: Pablo Porciuncula/AFP, Alessandro Falco/SUMAÚMA, Tatiana Ferreira, Anderson Coelho/SUMAÚMA

  • Os moradores da cidade de Altamira viviam os últimos dias do novembro mais quente e seco de que conseguem se lembrar quando a direção do Siralta, o sindicato dos grandes produtores rurais da cidade, abriu suas portas para uma reunião. O motivo não era a emergência climática que se fazia sentir na pele e nos pulmões. Tratava-se do desembarque de plantadores de soja na região, notícia havia muito esperada e por isso recebida com festa pelos ruralistas locais. São gaúchos, anunciou o Siralta, em busca de “pelo menos” 40 mil hectares de terras – mais de um terço da área do município de Belém, capital do Pará – para arrendar e semear com a leguminosa. Parte deles teve suas terras arrasadas pelas enchentes históricas deste ano no Rio Grande do Sul. “É muito natural”, celebrou Maria Augusta da Silva, a presidenta do Siralta, em uma reportagem do canal SBT de Altamira. “Vem a madeira, vem a pecuária e [em seguida] vem a lavoura.” O que ela descreve como “natural” é o ciclo habitual de devastação da Floresta Amazônica. Começa com o roubo de árvores de alto valor comercial, obtidas em terras públicas. Prossegue com o corte da vegetação restante. Aí vem o fogo, que destrói as árvores tombadas e tudo o que estiver no caminho para preparar o terreno para a formação de pasto para bois e vacas. Colocam-se alguns animais para pastar, declara-se a “propriedade” da área e se espera que algum programa de regularização fundiária do governo abençoe a grilagem (o roubo) da terra pública. Com a documentação em ordem, está pavimentado o caminho para a chegada de plantios como o da soja. Entenda os impactos dessa migração para o futuro da Amazônia na reportagem de Rafael Moro Martins: https://lnkd.in/d3VZz_TS Fotos: Soll, Emater do Rio Grande do Sul, Lela Beltrão/SUMAÚMA e Wellyngton Coelho/Ag.Pará

  • Tenho 21 anos e participei da primeira edição do programa de jornalismo Micélio-SUMAÚMA. Sou amazônida paraense nascida no distrito de Vitória da Conquista, Rio Gelado, no município Novo Repartimento. Cheguei ao Projeto de Desenvolvimento Sustentável Irmã Dorothy, em Anapu, no dia 16 de julho de 2022, depois de viajar a noite toda com minha família, desde o Gelado, em busca de uma vida melhor – para plantar e colher. Vivo na zona rural com minha mãe, meu pai, três irmãs mais novas e um irmão mais velho. Desde agosto de 2024, sou aluna do curso técnico em agropecuária do Instituto Federal do Pará, em Castanhal. Quando estou em Anapu, acordo cedo para fazer a merenda, adoro ler e, se possível, fico horas admirando o céu e a floresta. Sonho em mudar o mundo, mas ainda não sei como. Este filme-poesia é uma tentativa de compartilhar o desconforto e o inconformismo ao ver queimar, na Amazônia, nossos próprios sonhos. Por Maria Soares, amazônida paraense, moradora do Projeto de Desenvolvimento Sustentável Irmã Dorothy, em Anapu, Pará

  • A Ilha do Arapujá morreu pela segunda vez. Um incêndio, na virada de outubro para novembro, matou cerca de 30% das terras da ilha arrodeada pelo Rio Xingu. Na primeira vez que a Ilha do Arapujá morreu, quem matou foi Belo Monte, a maior usina hidrelétrica totalmente nacional, erguida com recursos do Estado brasileiro sob o protesto de povos Indígenas, Ribeirinhos, movimentos sociais do Médio Xingu, organizações socioambientais e alguns dos mais reconhecidos cientistas, devido aos seus impactos sobre a floresta, o Rio e seus povos. É chamada de “Belo Monstro” pelos milhares de pessoas que expulsou de terras, ilhas e beiradões do Xingu. “As duas tentativas desumanas, destruidoras, de acabar com a história da Ilha do Arapujá foram criminosas”, acusa Antonia Melo, coordenadora do Movimento Xingu Vivo, que mesmo após passar por cirurgia cardíaca e colocação de marcapasso, em maio, segue na luta pelo Xingu, que é a luta de sua vida. Na época da primeira destruição testemunhada por Antonia, ela conta que Ribeirinhos já haviam sido expulsos da ilha quando os movimentos sociais souberam que o Arapujá seria desmatado. Houve mobilização em defesa do Arapujá. Foram muitas destruições testemunhadas por ela e por Dom Erwin, bispo emérito do Xingu. “E temos agora o resultado, essa mudança clara, inequívoca, essa mudança climática”, afirma o bispo. No dia 4 de dezembro, um novo foco de queimada ardeu na Ilha do Arapujá. Foi contido pela chuva que invadiu a noite e varou a manhã seguinte. Quantas vidas a ilha que vestia a lua ainda terá? O coração regenerado da coordenadora do Movimento Xingu Vivo para Sempre sonha com o Arapujá reflorestado, vivo outra vez. Leia a reportagem completa de Juliana Bastos e Guilherme Guerreiro Neto que mostra a segunda morte da Ilha do Arapujá: https://lnkd.in/d36Kuz3t Fotos: Soll/SUMAÚMA, EL-Elyon Machado, Lilo Clareto e divulgação

  • A jornalista Eliane Brum, diretora de redação e idealizadora de SUMAÚMA, foi incluída numa seleta lista de “25 pensadores de um mundo incerto” elaborada pela "Prospect”, uma das revistas britânicas mais tradicionais. Os nomes indicados serão submetidos a uma votação popular online que escolherá um grande vencedor e um vencedor por categoria – Eliane Brum foi indicada na de Clima.  Os 25 nomes selecionados, segundo a publicação, são de pessoas que nos ajudam a compreender as mudanças atuais do mundo e como devemos responder a elas. “Nossa lista de Top Thinkers busca destacar pessoas cujas ideias estão moldando o mundo em que vivemos”, escreve a “Prospect”. Em seu livro mais recente, “Banzeiro Òkòtó – Uma Viagem à Amazônia Centro do Mundo”, Eliane Brum fala de seu percurso por mais de duas décadas pela maior floresta tropical do planeta e alerta para a urgência de recentralização do mundo. A publicação foi traduzida para o inglês, francês, italiano, espanhol e búlgaro.    A votação para escolher o principal pensador acontece até 5 de janeiro. Deixe seu voto! https://lnkd.in/dcTCxAYT

  • No Para Ler com Calma deste domingo, queremos trazer um tom otimista: contar sobre um projeto que mostra como é possível impedir que a maior floresta tropical do planeta alcance o ponto de não retorno (o que nos permite ver o futuro com um pouco mais de esperança). O estudo “Nova Economia da Amazônia”, feito durante dois anos com a participação de pesquisadores da região, prova que uma economia com a floresta em pé, sem novas hidrelétricas nem grandes estradas, geraria mais empregos e mais renda do que o atual modelo predatório que tem levado o bioma ao colapso. Leia mais sobre o estudo em sumauma.com https://lnkd.in/dbCbqWXB Fotos: Lela Beltrão/SUMAÚMA, Michael Dantas/SUMAÚMA, Secom/Via Fotos Publicas, Valdemir Cunha/Greenpeace, Claudia Antunes, Christian Braga/Greenpeace e  Nilmar Lage/Greenpeace.  

  • A COP-29, em Baku, no Azerbaijão, foi a COP da revolta dos países mais pobres e das populações que estão na linha de frente da emergência climática contra os países ricos. E não apenas por causa do valor do financiamento prometido por eles, de 300 bilhões de dólares (1,8 trilhão de reais) por ano – diante de necessidades estimadas em 1,3 trilhão de dólares (7,8 trilhão de reais). O que aumentou a frustração é que o acordo aprovado diz que só há obrigação de atingir esse valor em 2035. Além disso, os 300 bilhões poderão vir de “uma ampla gama de fontes, públicas e privadas”. Os países com menos recursos monetários sempre insistiram em que o financiamento climático deve ser feito com dinheiro público, na forma de doações ou empréstimos em condições favoráveis, que não aumentem suas dívidas externas. Mas o acordo de Baku pôs a salvação da vida no planeta nas mãos dos investidores privados, que não são os que assinaram os tratados para tentar impedir que o aumento da temperatura ultrapasse 1,5 grau Celsius – hoje esse aumento caminha para os 3 graus. “As populações do Sul Global vieram às negociações precisando de um bote salva-vidas, mas ganharam um pedaço de tábua para se agarrar”, definiu Mariana Paoli, da organização Christian Aid. Um financiamento substancial e imediato era uma precondição para que as novas metas de corte de emissões de gases de efeito estufa fossem ambiciosas. Essas metas têm que ser apresentadas por todos os países até fevereiro de 2025, antes da COP que acontecerá em novembro em Belém. O acordo de Baku atribui ao Azerbaijão e ao Brasil, o anfitrião da COP-30, a tarefa de apresentar, nos próximos meses, sugestões de como multiplicar os 300 bilhões de dólares para que cheguem ao 1,3 trilhão de dólares necessário por ano. Uma maneira de levantar esse dinheiro seria “fazer com que os poluidores pagassem”, como sugeriu o secretário-geral da ONU, António Guterres. Isso significa estabelecer impostos específicos, taxando os super-ricos, a produção de combustíveis fósseis, a aviação e o transporte marítimo. Essa deverá ser a grande batalha de Belém. Leia a reportagem completa de Claudia Antunes: https://lnkd.in/dHzZUiyA

  • A Amazônia brasileira perdeu para o fogo, nos dez primeiros meses deste ano, uma área equivalente a 100 cidades de São Paulo, a mais populosa da América Latina. Entre janeiro e outubro, mais de 120 mil focos de incêndio destruíram 15 milhões de hectares do bioma, aponta o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, o Inpe. Apesar do número recorde de queimadas e da certeza de que elas foram provocadas pela ação humana, os presos pelos incêndios não passam de poucas dezenas, segundo levantamento feito por SUMAÚMA com as polícias Federal e estaduais. Os números ilustram como as leis são frágeis e as investigações, na Amazônia, difíceis e insuficientes, o que estimula os crimes a seguirem aumentando. Este ano, houve um acréscimo de 114% de área perdida para o fogo na Amazônia, em comparação com 2023, de acordo com o Monitor do Fogo, da organização MapBiomas. Polícias, Ministério Público Federal e autoridades ambientais consideram uma tarefa difícil obter provas que permitam processar criminalmente os autores dos incêndios. E, quando isso acontece, a punição para o delito de queimar florestas é branda: um incendiário pode cumprir toda a pena em regime aberto ou semiaberto. Para tentar fazer frente ao problema, o governo federal preparou um projeto de lei que aumenta a pena máxima de incêndios florestais para seis anos de reclusão. Além disso, prevê que, em casos de crimes ambientais com participação de organizações criminosas, possam ser usadas “técnicas especiais” de investigação, como infiltração de agentes e delações premiadas. “As penas [atuais] são muito baixas. Esse é um ponto unânime entre todas as agências que atuam no combate aos crimes ambientais”, concorda o secretário de Assuntos Legislativos do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Marivaldo Pereira. “Por mais grave que seja o crime, dificilmente resulta em prisão. É absolutamente desproporcional em relação a outros crimes. Por exemplo: fazer um garimpo ilegal, com balsas, destruindo o rio, dá uma pena menor do que um furto simples, que é um crime sem violência ou grave ameaça.” Leia a reportagem completa de Rafael Moro Martins em sumauma.com https://lnkd.in/d6dH-w7P Fotos: Evaristo Sá/AFP,  @observaro e Mayangdi Inzaulgarat/Ibama

Páginas semelhantes