Ídolo do time azul, Peu contou ao ge que se revoltou com a ida de um dos seus irmãos para o rival, no início da década de 1970.

- Eu fui criado dentro do Mutange e, ainda garoto, com pouco mais de 10 anos, vi um técnico chamado Gereba levar garotos do CSA para o CRB. César, Jorge Siri, Jeová, Ailton, toda essa turma jogava no juvenil do CSA e se transferiu para o rival depois que o Gereba saiu do CSA - lembrou Peu, continuando:

- Eu fiquei tão revoltado na época que disse: "Mãe, não vamos mais dar comida ao Jorge (Siri) porque ele foi para o CRB". Eu era muito CSA, via os caras jogando ali no Mutange e, de repente, foram pro CRB e estouraram no outro lado.

Peu afirma que os meninos tinham potencial para conquistar títulos com o Azulão.

- Se eles tivessem subido no CSA, o clube teria ganho mais uns três títulos. Todos eles eram muito bons de bola. E o técnico foi pra lá ganhando apenas uma ajuda de custo.

Jorge Siri também conversou com o ge e contou como, despretensiosamente, caiu no gosto do treinador.

- Depois da morte do meu pai, eu passei a tomar conta do Estádio Gustavo Paiva, com 14 anos. Num determinado dia, o Gereba foi comandar um treinamento, estava faltando um jogador e eu, trabalhando como roupeiro, fui convocado por ele para completar o time. Ele gostou de primeira e disse que a partir dali eu seria jogador do time dele.

Tempos depois, Gereba troca o CRB pelo CSA. E a história muda para Jorge Siri, como ele mesmo disse.

- Quando o Binel, diretor do CRB na época, levou o Gereba pra lá, ele levou alguns garotos do CSA. Foi justamente o meu caso, do César, do Jeová, ... Pra você entender, eu ganhava um salário no CSA e recebi a proposta para ganhar quatro salários lá no CRB. E fomos tetracampeões em cima do CSA, com um gol meu, de falta, no Rei Pelé. Rapaz, foi um chororô tão grande lá em casa (risos).

O ex-ponta recorda a escalação do time regatiano: