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Por GloboEsporte.com — de Belo Horizonte


Nessa quinta-feira, o Cruzeiro anunciou que obteve os recursos e pagou os pouco mais de R$ 3,8 milhões da dívida pela compra de Willian, discutida na Fifa. Eles vieram do adiantamento do patrocinador máster, uma rede de supermercados, que ampliou o vínculo até o fim de 2021 com a Raposa. Nesta sexta-feira, o gestor de futebol do clube, Carlos Ferreira Rocha (encerra o trabalho oficialmente na segunda), disse que a busca de recursos na mesma fonte foi tentada para o pagamento da dívida de R$ 5 milhões pelo empréstimo de Denílson, que venceu há nove dias e custou seis pontos ao Cruzeiro na Série B do Brasileiro.

Na ocasião, segundo Carlos Ferreira, o empresário Pedro Lourenço não conseguiu viabilizar o valor necessário para pagar ao Al Wahda, dos Emirados Árabes, e e evitar a punição. O conselheiro do clube foi um dos tentados, além de instituições bancárias citadas pelo gestor de futebol da Raposa.

- Com relação às pessoas que poderiam nos ajudar, nós buscamos incansavelmente junto ao BMG, junto ao Sicoob, junto ao Pedrinho. Ele não ficou de fora naquele momento. Nós recorremos a ele para evitar a perda dos seis pontos. Mas todas as ações foram infrutíferas. A gente fica meio sem entender. Em várias ações do conselho gestor, você já contava com aquela operação que estava sendo feita. E a operação não acontecia por vários fatores, inclusive por esse fator de a gente ser temporário, a gente não ter um prazo mais longo de tocar as coisas do Cruzeiro - disse o gestor ao canal Somos Gigantes.

Carlos Ferreira disse não ter entendido o motivo de o conselho gestor não ter conseguido os recursos para pagar o empréstimo de Denílson com Pedrinho, enquanto o novo presidente do clube, Sérgio Santos Rodrigues, obteve sucesso na aquisição do recurso.

"Ninguém é obrigado a ajudar o Cruzeiro, ninguém é obrigado a nos ajudar. Mas, a partir do momento que os grandes cruzeirenses, após o conselho gestor, vieram e solucionaram alguns problemas do Cruzeiro, a gente fica, assim, sem entender o porquê" - Carlos Ferreira.

Ferreira, que está deixando o clube assim como os demais conselheiros cruzeirenses que fizeram parte do conselho gestor, ressaltou, entretanto, que as pessoas têm suas razões para não disponibilizar os recursos e não quis se aprofundar.

Carlos Ferreira, do Cruzeiro — Foto: Bruno Haddad

- Espero elucidar essa dúvida, porque não faltou determinação do conselho gestor, não foi mole. O conselho gestor trabalhou incansavelmente para que isso não acontecesse. Mas, infelizmente, até mesmo os bem próximos, aqueles grandes cruzeirenses, no momento em precisamos, nós não tivemos. Claro que as pessoas têm as razões delas, a gente não vai entrar nesse mérito - concluiu o gestor na conversa com os torcedores cruzeirenses na transmissão pelo YouTube.

Pedro Lourenço fez parte do início do conselho gestor, mas deixou a administração em janeiro. Ele contribuiu na contratação de Marcelo Moreno. O empresário foi um dos principais apoiadores de Sérgio Santos Rodrigues.

O GloboEsporte.com buscou contato com o empresário Pedro Lourenço para que ele comentasse as declarações do gestor de futebol, mas ele não atendeu aos telefonemas. A reportagem também procurou o Cruzeiro, que preferiu não comentar.

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