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Por Emilio Botta e Thiago Ferri — São Paulo


O Palmeiras colhe os frutos do bom trabalho na base. Depois de uma avalanche de jogadores formados pelo clube sendo aproveitados por Abel Ferreira no time profissional, outros jovens talentos começam a pedir passagem e esperam por uma oportunidade.

Brasil 3 x 2 Argentina - Melhores Momentos - 5ª rodada do Hexagonal Final do Sul-americano Sub-17

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Um dos casos mais recentes é o do atacante Riquelme Fillipi, peça importante na conquista do Sul-Americano sub-17 pela seleção brasileira. Aos 16 anos, ele segue os passos de Endrick, Luis Guilherme, Giovani, Estêvão, entre outros, após assinar o primeiro contrato profissional, válido até outubro de 2025.

Riquelme Fillipi comemora título do sul-americano sub-17 pela seleção brasileira — Foto: Rafael Ribeiro/CBF

O atacante foi mais uma peça garimpada pelo departamento de futebol. Riquelme Fillipi defendia o Ibrachina, time da capital paulista que disputa apenas competições de base, antes de ser contratado no início de 2021.

Na temporada passada, Riquelme foi campeão da Copa do Brasil, do Paulistão e do Brasileirão sub-17 pelo Verdão. As conquistas foram fundamentais para a convocação para a disputa do Sul-Americano pela seleção brasileira.

Riquelme Fillipi, atacante do sub-17 do Palmeiras, no jogo-treino contra o Monte Azul — Foto: Cesar Greco/Palmeiras

Em sete jogos no torneio, Riquelme deu duas assistências e marcou dois gols, um deles na vitória sobre a Argentina que garantiu o título ao Brasil. Além do atacante, o Palmeiras foi representado pelo goleiro Cesar e o zagueiro Vitor Reis, capitão da Seleção e responsável por erguer o troféu.

Veja abaixo a entrevista completa com o atacante do Palmeiras:

ge: Riquelme, qual a sensação de conquistar o Sul-Americano e com gol na final em cima da Argentina?

Riquelme Fillipi: – Acho que se existe um roteiro perfeito, seria esse (risos). Eu trabalho muito para ajudar o Palmeiras. Então foi esse foco que me levou até a Seleção. Poder disputar um torneio importante como o Sul-Americano, desempenhar bem meu papel, e ainda fazer gols, como na última rodada, contra a Argentina, nada pode ser melhor. E a campanha foi coroada com o título, que deu um sabor ainda mais especial.

Para os torcedores que estão te conhecendo, conte um pouco das suas características e como gosta de jogar?

– Sou um atleta muito veloz, que gosta de usar o drible como recurso importante nas partidas. Procuro sempre dar uma atenção especial aos treinos de finalização, pois é uma virtude para quem atua no setor ofensivo. Sobre posicionamento é uma questão que eu me adapto bem a diferentes tipos de formação. Futebol moderno pede essa versatilidade. Então posso atuar como ponta, principalmente no lado esquerdo, que é onde costumo jogar mais, como também de centroavante.

Riquelme e Vitor Reis, ambos do Palmeiras, comemoram gol do Brasil contra a Argentina — Foto: Rafael Ribeiro / CBF

Você assinou recentemente seu primeiro contrato profissional com o Palmeiras, e no clube cada vez mais os jogadores da base ganham espaço no profissional. O que sonha em sua trajetória no Verdão?

– O Palmeiras é um clube que trabalha e olha com muito carinho para a base. Seja pelos profissionais que possui, a estrutura, tudo é feito com muito cuidado, profissionalismo e trabalho. Preciso sempre ter pés no chão, e fazer o meu trabalho. É claro que eu sonho em chegar no elenco profissional e poder ajudar a aumentar a galeria de títulos do Palmeiras. Mas sei que tenho um caminho a percorrer. Já tive a oportunidade de treinar no time de cima, e esse intercâmbio ajuda muito. No momento certo a oportunidade vai aparecer, e vou agarrar com muita vontade.

Aos 11 min do 1º tempo - Gol de Riquelme! O brasileiro entra na área, finta o marcador e chuta. Díaz dá rebote e o atacante empurra para dentro

Aos 11 min do 1º tempo - Gol de Riquelme! O brasileiro entra na área, finta o marcador e chuta. Díaz dá rebote e o atacante empurra para dentro

Qual seu ídolo? Em quem você se espelha na posição?

– Meu pai é meu maior ídolo (risos). Mas o ídolo no futebol desde muito novo é o Neymar. Me espelho muito nele, em coisas que ele faz dentro de campo. Sempre gostei também de ídolos do Palmeiras. Sei que valorizam muito a base aqui. O Gabriel Jesus foi um cara também que batalhou muito pra chegar onde está.

Conte um pouco da escolha da sua família pelo nome Riquelme.

– A escolha do nome veio por causa do meu pai. Ele gostava muito de ver o Riquelme jogar, justamente naquela época de auge do Boca e Villarreal. O jeito como o Riquelme jogava, o chute, enfim, encantava meu pai e ele decidiu fazer essa homenagem colocando o nome dele em mim.

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