A Federação de Ginástica do Canadá decidiu que não enviará delegação para competir na última seletiva para as Olimpíadas de Tóquio, o Campeonato Pan-Americano, de 4 a 13 de junho. A competição será no Rio de Janeiro, e os canadenses estão preocupados com a situação da pandemia de Covid no Brasil.
O Canadá tem seis vagas garantidas para Tóquio: uma no masculino e equipe feminina na ginástica artística (4) e uma no trampolim feminino. O Pan era a última oportunidade de classificar um homem e uma mulher na ginástica artística, além de uma atleta no individual e a equipe na ginástica rítmica. O evento também serve como seletiva para a ginástica de trampolim, mas neste caso uma etapa de Copa do Mundo na Itália existe como alternativa para buscar a classificação.
Se a decisão reflete a falta de confiança no controle sanitário brasileiro, ela também pode, indiretamente, beneficiar uma atleta brasileira: Rebeca Andrade. Principal nome da ginástica artística do país, a paulista estava lesionada durante o Mundial de Stuttgart, em 2019, e tem o Pan como grande chance de classificação para Tóquio. As canadenses, junto com as americanas, eram as principais adversárias.
- Neste ambiente de pandemia uma camada adicional de preocupação é necessária quando se viaja internacionalmente para as competições; Temos um protocolo de riscos muito detalhado, e foi considerado que o risco à saúde e à segurança da delegação era muito alto neste momento para considerar competir – disse o diretor executivo da Federação canadense, Ian Moss, em comunicado.
Os atletas canadenses tiveram a oportunidade de recorrer da decisão da Federação, mas o tribunal responsável por julgar a questão considerou que a entidade tomou a decisão correta. A Federação lamenta pelos atletas e diz que os apoiará.
- Nós entendemos o impacto dessas decisões, especialmente nos atletas sêniors que dedicaram tantos anos à ambição de competir nos Jogos. Faremos tudo o que pudermos, não só para apoiar os atletas e técnicos impactados por essa decisão nesse período difícil, mas também para dar esperança e oportunidade para seguir em frente com as futuras metas internacionais deles – completa Moss no comunicado.
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