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- Minha mãe gosta muito de comédia. Como é o ator que ela mais assiste, o principal, quis homenageá-lo colocando esse nome em mim.

Esse Steve Martin sempre sonhou em ser jogador de futebol, mas acabou se encontrando com a prancheta nas mãos e virou técnico.

- A qualidade técnica não era tão boa, fui migrando, estudando e sou formado em educação física. Comecei a estudar futebol mais a fundo e a fazer cursos na pandemia. Comecei no Ferroviário do Cabo, me tornei auxiliar e não parei mais.

Ele chegou a Santa Cruz do Capibaribe para ser técnico do Ypiranga e está a uma vitória do título da Série A3, a terceira divisão do pernambucano. Se conquistar, será o primeiro troféu de Steve como treinador.

Se falta experiência para o treinador, sobra para Mondragon, de 41 anos. Ele disputou o Pernambucano pela primeira vez há 23 anos. O goleiro, que já defendeu times como Porto, Salgueiro e pelo próprio Ypiranga, se assustou com a juventude do técnico.

- No primeiro dia que cheguei, ele falou logo que era jovem, que só tinha 27 anos... Isso é bom pra mim por que vou aprendendo coisas novas. O professor estuda muito e está passando o que o futebol pede hoje. Eu tenho todo respeito por ele - afirmou o experiente goleiro.

Apesar do nome e da pouca idade, Steve diz que na hora de falar sério não tem tempo para risadinha no vestiário.

- Na hora dos bastidores, não, não tem gracinha no vestiário. Quando é preciso, a gente puxa um pouco a orelha mesmo com um grupo mais cascudo, mais rodado. A gente mantém o nível de respeito.

Neste sábado, às 15h, contra o Santa FÉ, em casa, o técnico pode começar a escrever o nome em uma história vitoriosa, fazendo a torcida comemorar um título depois de 19 anos. E um dos técnicos mais jovens do estado sonha em conquistar muito mais.

- Nunca teve um treinador brasileiro que fosse campeão da Champions. Eu gostaria de chegar lá e conquistar - revelou Steve Martin.