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Por Nadja Mauad e Guto Marchiori — Curitiba


Igor Paixão vive um momento mágico no Feyenoord, da Holanda. Revelado nas categorias de base do Coritiba, o jovem atacante está no clube holandês desde agosto de 2022 e conquistou a torcida com as boas atuações e os gols decisivos. Em férias, ele falou com exclusividade ao ge sobre a carreira e, principalmente, o que espera do futuro na Europa.

Igor Paixão fala da Europa e do amor pelo Coritiba

Igor Paixão fala da Europa e do amor pelo Coritiba

Com apenas 23 anos, Paixão já se tornou um dos principais jogadores do Feyenoord. No Campeonato Holandês, ele marcou 12 gols em 45 partidas, sendo um dos artilheiros da equipe. Além dos gols, ele se destaca pela habilidade de driblar, velocidade e finalização precisa. Tudo isso o faz querer atingir um sonho de infância: vestir a camisa da seleção brasileira.

– A Seleção é um sonho, claro, mas estou tranquilo. Sei que o trabalho no Feyenoord é muito bom. A hora que a oportunidade chegar, eu vou estar bem para representar o Brasil – disse.

Em duas temporadas do futebol europeu, o atacante conquistou dois títulos (Campeonato Holandês e Copa da Holanda). Ele soma 82 jogos, com 21 gols e 10 assistências, totalizando 31 participação em jogadas que terminaram com a bola na rede adversária.

Apesar de ter contrato até o fim de 2027, o bom rendimento o faz ser cotado em grandes clubes. O último deles é o Liverpool, que terá como treinador justamente o cara que comandou Paixão na Holanda: Arne Slot.

– Vejo isso apenas pelas redes sociais. (Os torcedores) não querem que eu saia do Feyenoord, mas não depende de mim. Junto com os meus empresários e diretoria iremos decidir o melhor caminho a seguir – afirmou Paixão.

Igor Paixão, atacante do Feyenoord — Foto: Everton Franco/RPC

Em agosto de 2022, Paixão foi negociado pelo Coritiba ao Feyenoord por 8 milhões de euros (R$ 46,7 milhões, na cotação do momento). O Coxa ainda manteve 20% dos direitos econômicos em futuras negociações.

Veja os principais trechos da entrevista

Temporadas na Holanda

– Duas temporadas felizes, tudo correndo como a gente planejou. Não tem como dar errado. Eu sofri na primeira temporada, mas valeu à pena, pois foi com título. Na segunda temporada já estava mais adaptado e tivemos mais um título, com direito a gol na decisão da Copa da Holanda. Peguei mais cancha, mais força, entendi o que o professor pedia, tive adaptação em campo e alcancei o estilo de jogo dele que passava.

Relação com o Arne Slot

– Ele me ajudou também na minha chegada, na evolução, e eu tive o sentimento de ajudar ele. Bom que deu tudo certo. Ele fez um trabalho excepcional junto com nosso elenco. Tenho apenas que agradecer e desejar que tenha sucesso no Liverpool. Vai fazer falta, mas tem que seguir trabalhando.

Vai para o Liverpool?

– Estou ouvindo e vendo rede social. Muitas pessoas sempre me marcando e perguntando: vai pro Liverpool? Eu não sei de nada, estou apenas esperando. Mas o futebol holandês é bem legal. A intensidade é o grande diferencial.

Igor Paixão, atacante do Feyenoord, com a camisa do Coritiba — Foto: Everton Franco/RPC

Liga dos Campeões

– Pude realizar mais um sonho (jogar a Liga dos Campeões) e não escutar (o hino) só pela televisão, mas de viver esse momento. Foi surreal para mim e para minha família estar lá, presente. Ao vivo é diferente e muito emocionante. Enfrentamos Celtic, Lazio e Atlético de Madrid. Foram jogos de alto nível. Vamos ver, agora, o grupo que vamos cair neste ano.

Sempre de olho no Coritiba

– Eu e meu pai, mesmo de longe, acompanhamos sempre que possível. No momento, estou feliz porque deu uma ajeitada no time. Mas a gente sofre e, claro, torce. Tenho um enorme carinho pelo clube que me abriu as portas. Se tudo der certo, vou um dia voltar e vestir a camisa do Coxa.

Herdeiro da camisa 98

– Cheguei a conhecer ele menino. É um bom, humilde e talentoso demais. Está dando sorte (usar a camisa 98), ele tem talento incrível, potencial grande e vai chegar longe. A gente conversa um pouco e mando sempre boa sorte. Disse que estava feliz pelo primeiro gol dele pelo Coxa. Ele agredeceu, e eu retornei destacando que a 98 dá sorte (risos). Ele concordou.

Igor Paixão, atacante do Feyenoord — Foto: Everton Franco/RPC

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