Míriam Leitão
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Míriam Leitão

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GERADO EM: 25/06/2024 - 11:03

Futuro dos juros após ata do Copom

Galípolo, diretor do Banco Central, deixa futuro dos juros em aberto após ata do Copom. Enfatiza missão de cumprir meta de inflação e ajustar taxas conforme necessário. Meta de inflação e indicação da diretoria não são assunto para ele.

Todos os olhos estiveram voltados para Gabriel Galípolo nas últimas semanas, diretor de Política Econômica do Banco Central do Brasil e um dos nomes mais cotados para assumir a autoridade monetária ao fim do mandato de Roberto Campos Neto este ano. Terminado o silêncio exigido durante período de Copom, Galípolo foi cuidadoso as palavras, mas deixou claro que o cenário futuro dos juros no Brasil está em aberto, ao ser questionado durante live da Warren Investimentos, da qual participa na manhã desta terça-feira, sobre o uso do termo "interrupção" na ata do Copom, divulgada hoje mais cedo, quando fala do ciclo de cortes de juros.

- Essa ata é uma reafirmação e uma corroboração nesse sentido da coesão que a gente tem aqui dentro, de visões e de tudo que está acontecendo aqui dentro do BC. E nesse sentido, a escolha das palavras e o que quero realmente é me ater o máximo possível a comunicação oficial, porque qualquer coisa que eu possa falar que eventualmente possa ter algum tipo de dissonância, porque eu saio da ata ou do comunicado oficial, ou do ata ou do comunicado, deve ser identificado como um deslize, um equívoco da minha parte. A palavra que a gente utilizou foi interrupção, mas claramente a gente não quer fazer qualquer tipo de sinalização ou guidance para frente, o que a gente fez, ao fazer uma comunicação que utilizou a palavra interrupção, mas pretende deixar aberto para gente ver como é que as coisas vão se desdobrar a partir de agora. Então essa foi a intenção que a gente pretendeu transmitir tanto na ata quanto no comunicado.

Galípolo diz que o Banco Central não pode se furtar a sua missão que é perseguir a meta de inflação e que se for necessário subir juros fará isso e se o cenário indicador corte assim o fará também.

- BC não está aqui para discutir a meta. Tem quem faz a lei, tem quem tem que cumprir a lei. Então, a pergunta para mim sempre, se as coisas piorarem, o Banco Central vai reagir? Sim, com certeza. Se as coisas melhorarem, o Banco Central vai reagir também. Então, deixar a questão em aberto, eu acho que é o que a gente fez agora na comunicação, já é uma linha que determina isso, mas mesmo em abstrato. Imagina que a gente não tivesse nossa conjuntura atual. Se por acaso existir um ambiente que demanda manter juros, você vai manter juros. Se é um ambiente que demanda subir juros, você vai subir juros. Se há um ambiente que demanda cortar juros, permite cortar juros, você vai cortar juros. Então, o Banco Central não pode se furtar a sua missão, que é perseguir a meta de inflação e, para isso, a ferramenta utilizada é o manejo da taxa de juros e ela vai ser manejada para a instância que é necessária para a gente perseguir a meta.

Meta de inflação e indicação da diretoria da autarquia monetária não é assunto para o diretor do Banco Central, disse Galípolo ao ser questionado sobre se o governo deveria antecipar as indicações diante da proximidade do fim de mandato de Campos Neto.

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