Pesquisa Quaest: com 40% das intenções de voto, ex-prefeito Zito lidera em Duque de Caxias, maior cidade da Baixada Fluminense

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Os indecisos são 6%, enquanto 23% declaram o desejo de votar nulo, em branco ou de não participar do pleito. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

Na pesquisa espontânea, na qual os nomes dos candidatos não são apresentados ao entrevistado, o percentual de indecisos dispara para 83%, indicando uma disputa ainda aberta. Nesta modalidade de levantamento, Zito (7%), Netinho Reis (3%) e Celso do Alba (2%) encontram-se em situação de empate técnico.

A Quaest simulou três possíveis cenários de segundo turno. Zito supera Netinho Reis por 50% a 28%, com 4% se declarando indecisos. Diante de Celso do Alba, a diferença aumenta: 55% a 20%, e os mesmos 4% indecisos. Já a disputa entre Reis e Alba é um pouco mais apertada, com o primeiro batendo o segundo por 36% a 20%, além de 36% de indecisos.

Netinho pertence a uma família influente na política local: é sobrinho-neto do atual prefeito, Wilson Miguel (MDB) — que não deve disputar a reeleição —, e sobrinho do ex-prefeito Washington Reis (MDB), que hoje ocupa o cargo de secretário estadual de Transportes no governo de Cláudio Castro (PL). Já Celso do Alba, ex-aliado do clã Reis, é vereador e presidente da Câmara Municipal local.

Zito comandou o Executivo de Duque de Caxias entre 1997 e 2005, voltando ao cargo por um mandato de 2009 a 2013. Embora seja um adversário histórico do PT na região, ele conta agora com o apoio do partido e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Já Netinho Reis tem a chancela do ex-presidente Jair Bolsonaro e do governador Cláudio Castro (PL).

Segundo a Quaest, quando a parceria com Lula e com Bolsonaro é apresentada ao eleitor, Zito passa a aparecer com 42% das intenções de voto, subindo dois pontos percentuais, enquanto Netinho salta de 23% para 29%. Já Celsinho do Alba, neste cenário, cai de 8% para 5%. Além disso, 29% afirmaram que votariam em um candidato indicado por Bolsonaro, enquanto 68% responderam negativamente à mesma pergunta. No caso de Lula, os percentuais ficaram, respectivamente, em 24% e 71%.

O levantamento também mensurou a avaliação da gestão de Wilson Miguel à frente da prefeitura. Ele assumiu o cargo em abril de 2022, quando o então prefeito Washington Reis, de quem era vice, deixou o posto para participar das eleições majoritárias daquele ano, o que acabou não se concretizando.

Apenas 16% dos entrevistados classificam a administração municipal como positiva, enquanto 32% a enxergam como regular. Numericamente, o maior índice é o daqueles que avaliam o trabalho do prefeito como ruim: 35%. Já 17% não souberam opinar ou não responderam.

As áreas com pior avaliação são segurança (70% afirmam que piorou), trânsito (64% dizem o mesmo), saúde (61%) e transporte público (53%). No outro extremo, 53% dos ouvidos pela pesquisa acreditam que o asfaltamento e a limpeza da cidade melhoraram sob Wilson Miguel.