Os turistas estrangeiros que visitarem agora a antiga basílica bizantina de Santa Sofia — um dos monumentos emblemáticos de Istambul que desde 2020 é uma mesquita — deverão pagar uma entrada de 25 euros (cerca de US$ 27,3 dólares ou R$ 133 reais). A regra começou a valer nesta segunda-feira (15). A nova política de ingressos na Turquia é explicada na esplanada em frente à entrada principal do monumento, que está reservada apenas aos cidadãos turcos. Um cartaz explica que os estrangeiros devem entrar por uma porta lateral.
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Esta entrada dá acesso a um túnel que está embaixo do mirante de Beyazit, de onde os visitantes podem admirar a mesquita sem perturbar as rezas. A nova regra pegou de surpresa muitos visitantes e poucos turistas pagaram para entrar.
— Ontem era grátis — disse um jovem funcionário encarregado de orientar os visitantes, que falou sob condição de anonimato.
O jovem confirmou que os peregrinos muçulmanos estrangeiros que querem rezar no monumento também devem pagar pela entrada.
O ingresso dá acesso a uma galeria e ao museu, destacou, argumentando a necessidade de se restaurar o templo, uma basílica construída no século IV que depois foi reconstruída pelo imperador bizantino Justiniano no século VI. A decisão corresponde a um novo plano de gestão dos visitantes, por recomendação da Unesco, já que o templo é Patrimônio da Humanidade.
Transformada pela primeira vez em mesquita após a queda de Constantinopla, Santa Sofia passou a ser um museu em 1934 por decisão do fundador da República da Turquia, Mustafá Kemal Ataturk. Em 2020, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, determinou que o monumento voltaria a ser uma mesquita.