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Por — São Paulo

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GERADO EM: 20/06/2024 - 12:16

Fóssil de crocodilo pernalta de 237 milhões de anos

Paleontólogo gaúcho descobre fóssil de 'crocodilo pernalta' de 237 milhões de anos no Brasil, antes dos dinossauros. Espécie Parvosuchus aurelioi ajuda a entender evolução dos répteis pseudosuchianos.

Um paleontólogo da Universidade Fedaral de Santa Maria (UFSM) revelou hoje a descoberta do fóssil de um réptil anterior aos dinossauros que habitou a região Sul do Brasil, há 237 milhões de anos. O animal, que era do grupo dos pseudosuchianos ("falsos crocodilos") era do tamanho de um cachorro, com cerca de um metro de comprimento e precedeu os dinossauros da região.

O fóssil, do qual foram recuperados o crânio, a pelvis, algumas vértebras e parte das patas traseiras, tinha pernas mais altas do que os jacarés e crocodilos atuais, o que dava ao animal um formato estranho em comparação a esses répteis modernos.

A descoberta do esqueleto fossilizado foi feita pelo paleontólogo amador gaúcho Pedro Lucas Aurélio, cujo sobrenome foi incorporado ao nome científico dado ao animal, Parvosuchus aurelioi.

O animal está descrito em um estudo publicado hoje na revista Scientific Reports, do grupo Nature, assinado pelo paleontólogo Rodigo Müller.

Além de analisar o fóssil em detalhe, o cientista reconstroi no trabalho o contexto em que o pequeno crocodiliano surgiu na história evolutiva dos répteis e discute possíveis características comportamentais e ecológicas da criatura.

"Antes da ascensão dos dinossauros e dos pterossauros, os pseudosuchianos – répteis da linhagem dos crocodilianos – dominavam os ecossistemas terrestres do Triássico", escreveu o pesquisador, com referência ao período que durou de 250 milhões a 200 milhões de anos atrás.

Ilustração mostra o crocodiliano gigante Prestosuchus chiniquensis comendo um dicinodonte enquanto dois Parvosuchus aurelioi disputam sobras de carne — Foto: Matheus Fernandes/divulgação
Ilustração mostra o crocodiliano gigante Prestosuchus chiniquensis comendo um dicinodonte enquanto dois Parvosuchus aurelioi disputam sobras de carne — Foto: Matheus Fernandes/divulgação

"Alguns pseudosuchianos gigantes ocuparam o topo das cadeias alimentares, enquanto outros desenvolveram extensa armadura óssea como mecanismo de defesa", ele explica. "Por outro lado, havia grupos como o Gracilisuchidae, englobando carnívoros de constituição leve e com menos de um metro de comprimento."

A nova especie, diz Müller, pertence esse último grupo, que é relativamente raro nos registros paleontológicos. Fósseis de outras espécies de Gracilisuchidae tinham sido encontrados na China e na Argentina, e o Parvosuchus aurelioi é o primeiro indivíduo encontrado do grupo que confirmadamente habitou o Brasil.

Reconstrução detalhada do esqueleto do Parvosuchus aurelioi — Foto: Rodrigo T. Müller/Scientific Reports
Reconstrução detalhada do esqueleto do Parvosuchus aurelioi — Foto: Rodrigo T. Müller/Scientific Reports

O paleontólogo explica no estudo a importância da criatura para a reconstituição dos clados (ramos evolutivos) e da taxonomia (classificação) dos répteis deste grupo. Os antigos crocodilianos não eram tecnicamente dinossauros, mas ambos esses animais pertencem a um grupo maior, o dos arcossauros, que sobrevive até hoje na forma de alguns repteis modernos.

"Nossa descoberta preenche uma lacuna taxonômica na fauna pseudosuchiana brasileira e revela o menor integrante conhecido deste clado", afirma. "Isso destaca a diversidade de pseudosuchianos no momento que antecedeu o surgimento dos dinossauros."

Por ser um carnívoro relativamente pequeno, o réptil recém-descoberto provavelmente não ocupava nichos mais altos na cadeia alimentar de sua época. Em uma proposta de reconstrução ecológica imaginada para o intervalo do Triássico em que a criatura viveu, o estudo de Müller exibe ilustração de um cenário que pode ter ocorrido na época.

A figura mostra um arcossauro de 7 metros de comprimento, o Prestosuchus chiniquensis, se alimentando de um dicinodonte (tipo de réptil herbívoro comum na época), enquatno dois Parvosuchus aurelioi, bem menores, disputam sobras de carne ao lado.

"O Parvosuchus aurelioi é o primeiro pseudosuchiano predador pequeno descoberto pertencente a um ambiente dominado por arcossauros predadores enormes", diz Müller.

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