Virada da Solidariedade: Evento da Prefeitura de São Paulo consolida modelo descentralizado e prioriza ações em prol do Rio Grande do Sul

Consolidando essa proposta democrática e inclusiva de levar cultura até a porta da casa das pessoas, em todas as regiões da cidade, durante 24 horas, o evento retorna este ano com o mesmo modelo e novo nome. Agora se chama Virada da Solidariedade, que será realizada pela Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, nos dias 18 e 19 de maio, dedicada à população atingida pelas inundações no Rio Grande do Sul.

“A Virada Cultural do Pertencimento é agora Virada da Solidariedade. Este ano, a grande novidade do evento é que a Prefeitura de São Paulo vai ter uma ação específica para ajudar nossos irmãos do Rio Grande do Sul”, afirma Bruno Santos, coordenador do evento.

“São Paulo é a cidade de todos, dos paulistanos, dos gaúchos, dos nordestinos, dos amazonenses. Então, é importante que ela faça uma grande campanha de solidariedade para que a gente possa ajudá-los neste momento de calamidade no Rio Grande do Sul. Todas as nossas arenas vão ter pontos de arrecadação para receber produtos de higiene e alimentos”, complementa ele.

Assim como na edição passada, a Virada da Solidariedade terá 12 grandes arenas espalhadas pela cidade, principalmente na periferia, sendo 10 arenas duplas, com dois palcos, um em cada extremidade, com atrações alternadas – as únicas arenas sem palcos duplos estarão em Cidades Tiradentes e Parelheiros.

As arenas podem ser encontradas em diversas regiões da cidade: Capela do Socorro (Zona Sul), Campo Limpo (Zona Sul), Heliópolis (Zona Sul), M'Boi Mirim (Zona Sul), Parelheiros (Zona Sul), Brasilândia (Zona Norte), Parada Inglesa (Zona Norte), Cidade Tiradentes (Zona Leste), Itaquera (Zona Leste), São Miguel Paulista (Zona Leste), Butantã (Zona Oeste) e o Vale do Anhangabaú e seu entorno (Centro).

No total, serão 22 palcos, que darão espaço a uma programação já tradicionalmente eclética, com atrações de vários estilos musicais, que vão do samba ao hip hip, passando por MPB, forró, sertanejo, pop e funk.

No line-up, que combina artistas consagrados e talentos independentes, traz nomes como Pabllo Vittar, Léo Santana, Ara Ketu, Dennis e Joelma, além da atração internacional Julian Marley (filho de Bob Marley), no palco Vale do Anhangabaú; Attooxxá e Karol Conká, no Palco São João; Elba Ramalho, Leonardo, Marcelo Falcão, Arlindinho, no palco Campo Limpo; Lenine, Baile do Simonal e Léo Maia, Vanessa da Mata e Maria Rita, no palco Butantã; Lia de Itamaracá e a atração para crianças Território do Brincar, no Palco Pirajussara; Mc Davi no M’Boi Mirim; Xamã, Gloria Groove e Fundo de Quintal, na Parada Inglesa; Ton Carfi, Solange Almeida e Roberta Miranda, Michel Teló e Latino, além de duas apresentações do Circo Spacial, integrando a Viradinha, na Capela do Socorro.

E não para por aí. Terá Raça Negra e Planta e Raiz em Parelheiros; Mc Hariel, Dexter, Psirico, Salgadinho, Vou Pro Sereno, Maria Cecília & Rodolfo e atração da Viradinha Funk SPzinho na Cidade Tiradentes; Xanddy Harmonia, Maneva, Thalles e atrações da Viradinha Bob Zoom e Brincadeira de Todos os Tempos em Heliópolis; Geraldo Azevedo, Toni Garrido, Maskavo, em São Miguel Paulista; É O Tchan, Projota, Padre Antônio Maria, Quintal da Magia e as atrações da Viradinha Tiquequê e Primaverar, em Itaquera; Claudia Leitte, Doce Encontro no M’Boi Mirim; Edi Rock, Rincon Sapiência, Marvilla, L7ennon, Nicoli Francini, Mumuzinho, Hungria, Marquinho Sensação, Sarah Beatriz e Sandra Sá na Brasilândia – entre muitas outras atrações em cada arena.

“Este ano, vamos ter novidades como, por exemplo, a cantora Joelma, que vai fazer sua primeira apresentação gratuita no Sudeste e deve levar milhares de pessoas ao seu show”, diz Bruno Santos, sobre a artista paraense, que viu recentemente seu hit ‘Voando Pro Pará’ (do refrão ‘Eu vou tomar um tacacá’), lançado em 2015, viralizar nas redes sociais e alcançar também um público mais jovem.

A programação da Virada é assinada por curadores da Secretaria Municipal de São Paulo. “A construção do line-up da Virada da Solidariedade é feita pensando para que os grandes artistas cheguem a todos os pontos da nossa cidade, assim como a Prefeitura Municipal de São Paulo tem a intenção de dar oportunidade a pequenos artistas, que chamamos de artistas não consagrados, para que eles tenham essa experiência de tocar no mesmo palco de alguns artistas consagrados”, observa o coordenador.

Haverá, ainda, as tradicionais Viradinhas, voltadas para programação infantil com brincadeiras e a Banda Fera Nenem. Os espaços culturais da Secretaria Municipal de Cultura também receberão atrações, das mais diferentes linguagens artísticas. Além disso, a Virada conta com a adesão de parceiros, como o Sesc-SP.

A Virada da Solidariedade 2024 é considerada a consagração do que é a política pública de cultura na cidade de São Paulo. Durante muitos antes concentrado no centro da cidade, o evento tinha a missão de valorizar aquela região, mas, por causa da distância, não era acessado por toda a população, principalmente dos bairros de periferia. Com a descentralização, que chega agora ao terceiro ano consecutivo, esse cenário mudou.

Em 2023, o modelo descentralizado foi aprovado por 86% do público, de acordo com dados do Observatório do Turismo, e 63,9% dos entrevistados pela pesquisa acreditam que o formato do evento melhorou ou melhorou muito. “Esse modelo ajuda na questão da segurança, porque, como espalhamos todas as nossas arenas pela cidade, conseguimos uma previsibilidade de onde as pessoas estão. Além disso, a segurança nesse novo modelo de arena, com revistas feitas pela Polícia Militar e pela Guarda Civil Metropolina –, também inibe outras questões de segurança.”

A estimativa é que a Virada da Solidariedade 2024 supere o público de 4 milhões de espectadores do ano passado.