Após ter duas mil peças roubadas, Museu Britânico admite não ter catalogado itens

• Veja fotos: tesouros de R$ 316 mil roubados do Museu Britânico são anunciados por R$ 250 na internet
• Prejuízo: Museu Britânico corre contra o tempo para recuperar obras roubadas durante anos por um funcionário

Ele disse à rádio BBC que ainda não está claro exatamente quantos itens foram extraviados. “Darei uma estimativa de cerca de 2.000. Mas devo dizer que é um número muito provisório”, afirmou Osborne. “Começamos a recuperar alguns dos itens roubados, o que é uma fresta de esperança para uma nuvem negra.”

O diretor do museu, Hartwig Fischer, renunciou na sexta-feira, admitindo que a instituição não agiu "como deveria" diante dos avisos de que itens haviam desaparecido. O museu do centro de Londres disse na semana passada que demitiu um funcionário e alertou a polícia depois que foram encontrados artefatos “desaparecidos, roubados ou danificados”.

Uma das maiores atrações turísticas da capital britânica, o museu é mais conhecido por abrigar coleções que incluem a Pedra de Roseta e os Mármores do Partenon. Osborne atribuiu a falha da administração em agir de acordo com os avisos ao "pensamento de grupo" de que "simplesmente não conseguia acreditar que um insider estava roubando coisas, não conseguia acreditar que um dos membros da equipe estava fazendo isso".

“Acreditamos que temos sido vítimas de roubos durante um longo período de tempo e, francamente, mais poderia ter sido feito para evitá-los”, disse ele, acrescentando que a segurança no museu foi reforçada.

• Ciência dos fatos: Museu Britânico foi avisado que joias estavam sendo vendidas no eBay, mostram e-mails

A comunidade de antiquários estava cooperando com o museu para ajudar a devolver algumas das peças desaparecidas, disse ele. A Polícia Metropolitana confirmou na quinta-feira que um homem foi interrogado em conexão com supostos roubos. O órgão disse que nenhuma prisão foi feita e que continuará a trabalhar “em estreita colaboração” com o Museu Britânico enquanto as investigações continuam.

Fischer, um historiador de arte alemão, disse que renunciaria com efeito imediato devido a falhas nos procedimentos que permitiram a retirada dos itens.