Defesa do Consumidor
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Por , O Globo — Rio de Janeiro

Um novo recurso "antirroubo", ativado por inteligência artificial (IA), foi anunciado ontem pelo Google, em São Paulo. A configuração do "modo ladrão" estará disponível em dispositivos Android a partir de julho e incluirá o bloqueio automático da tela do aparelho após a identificação de movimentos abruptos, como em momentos em que o dispositivo é arrancado da mão do usuário.

A funcionalidade vem em um contexto de alta no número de furtos e roubos no país. De acordo com o último Anuário Brasileiro de Segurança Pública, foram registradas 999.223 mil ocorrências em 2022, mais que os 852.991 mil casos registrados em 2021.

Para Eduardo Lopes, CEO da Redbelt Security e especialista em Segurança da Informação, os recursos "antirroubo" surgem para resolver uma parte considerável do problema.

— Essas soluções barram também centenas de outros crimes que são possíveis a partir do momento que o criminoso consegue acesso aos dados e aplicativos salvos no aparelho. Entre eles, fraudes e golpes envolvendo aplicativos de banco, utilizando fotos pessoais da vítima e a venda de dados sensíveis em fóruns da dark web, entre tantos outros — acrescenta o especialista.

Guia da segurança digital

O GLOBO preparou um guia que reúne as principais ferramentas e configurações oferecidas pelos sistemas operacionais Android (Google) e iOS (Apple) para minimizar os riscos de segurança enfrentados pelos consumidores.

Ative o bloqueio de tela

Precauções básicas para caso o celular seja roubado ou perdido — Foto: Renata Amoedo
Precauções básicas para caso o celular seja roubado ou perdido — Foto: Renata Amoedo

A opção de travar o smartphone com um código ou um desenho não apenas pode proteger mensagens e fotos de bisbilhoteiros, como também de ladrões, em busca de senhas de cartão de crédito, bancos ou outras informações importantes.

Caso o usuário ainda não tenha esse recurso ativado, no iPhone, basta ir em “Ajustes”, clicar em “Face ID e Código”, onde é possível configurar o acesso por reconhecimento facial e criar ou alterar a senha. Já no Android, basta ir em “Configurações”, clicar em “Segurança e local” ou só “Segurança” (dependendo do modelo do telefone), depois em “Bloqueio de tela” e escolher o novo código.

Reduza o tempo para o bloqueio automático

Ao diminuir o tempo em que o celular permanece desbloqueado, o ladrão tem menos chance de conseguir alterar a senha ou acessar informações comprometedoras.

Para alterar essa configuração, é preciso acessar no iPhone “Ajustes”, depois “Tela e Brilho” e “Bloqueio Automático”. Em seguida, é necessário escolher uma duração mais curta. Usuários do sistema operacional Android, devem clicar no aplicativo “Configurações”, ir em “Acessibilidade” e depois em “Tela” ou “Tela de bloqueio”, “Config. da tela de bloqueio” ou “Suspender”, e selecionar o tempo de bloqueio de tela automático.

Escolha senhas fortes

Reduzir o tempo para o bloqueio da tela do celular aumenta a segurança de que terceiros não tenham acesso livre ao aparelho — Foto: Renata Amoedo
Reduzir o tempo para o bloqueio da tela do celular aumenta a segurança de que terceiros não tenham acesso livre ao aparelho — Foto: Renata Amoedo

É fundamental optar por códigos que combinem letras e números para desbloquear a tela. Para aumentar a segurança, não repita senhas em sites e aplicativos, principalmente, nas contas que “regem” a operação do aparelho, como Conta do Google ou ID Apple.

Também é recomendável optar pela verificação em duas etapas, que exige um código de segurança extra. Para recuperar senhas, é melhor dar preferência a códigos ou links de “esqueci minha senha” pelo e-mail ao invés da mensagem de texto por SMS.

Crie barreiras extras para acessar aplicativos

Alguns apps que podem conter informações sensíveis, como o WhatsApp e apps de bancos, oferecem a opção de configurar uma senha extra para acessar o aplicativo, ou usar a biometria ou reconhecimento facial já cadastrados no celular.

Outros aplicativos de banco oferecem o “Modo Rua”. Nessa configuração, o aparelho precisa estar cadastrado a uma rede wi-fi confiável para que transações de valor ilimitado sejam liberadas. Os sistemas mais novos também contam com as chamadas “pastas seguras”, que ficam escondidas no aparelho e pedem nova autenticação para acesso. Outra dica recomendada é nomear uma pasta como “jogos”, e colocar os apps de bancos “camuflados” lá dentro.

Segundo Fabio Assolini, diretor da Equipe de Pesquisa da Kaspersky e especialista em cibersegurança, o usuário também deve optar pela instalação prévia de softwares "antirroubo", caso necessite de uma camada extra de proteção.

— É importante optar por um que ofereça o app-locker, ou seja, que possa bloquear a abertura de apps críticos (email, SMS, bancos) liberando-o apenas via autenticação biométrica. Esse tipo de software oferece ainda bloqueio remoto, proteção do SIM card e outros recursos que manterão o aparelho protegido — recomenda ele.

Esconda informações sensíveis

Especialistas recomendam "esconder" os apps dos bancos no aparelho — Foto: — Foto: Renata Amoedo
Especialistas recomendam "esconder" os apps dos bancos no aparelho — Foto: — Foto: Renata Amoedo

É também importante evitar ter documentos, senhas, números de cartão de crédito e informações de contas bancárias armazenadas no telefone, como em bloco de notas ou em conversas em aplicativos de mensagens.

No iPhone, em "Configurações" e depois em "Senhas", é possível ver todas as senhas de sites e aplicativos salvas no aparelho. O recomendável é que as senhas importantes não estejam armazenadas no seu celular. Preferencialmente, o usário não deve ter o seu cartão cadastrado em aplicativos como o iFood, Amazon e Uber.

Use o sistema de localização do celular

O sistema de localização do celular permite também o bloqueio do aparelho e que se apague todos os dados do dispositivo — Foto: Renata Amoedo
O sistema de localização do celular permite também o bloqueio do aparelho e que se apague todos os dados do dispositivo — Foto: Renata Amoedo

Outra medida de precaução é ativar no sistema operacional do aparelho a opção que permite acessar a localização do celular. A mesma ferramenta dá ao proprietário a possibilidade de bloquear e/ou limpar o aparelho de forma remota. Para isso, é necessário ativar o recurso Buscar, no iOS, ou Encontre Meu Dispositivo, no Android.

Saiba o IMEI do seu dispositivo

Ter registrado o número IMEI , equivalente uma identidade do aparelho, é uma forma importante de proteção. Com o número em mãos, é possível bloquear o aparelho junto à operadora e registrar a ocorrência na polícia. O código serve ainda para cadastrar o dispositivo em um seguro. Para saber o IMEI, basta seguir até os ajustes do aparelho, no guia de informações ou “sobre”. Ou discar *#06#.

Esteja com o backup em dia

Para resguardar fotos, arquivos e contatos em caso de pane ou roubo é fundamental fazer o backup — Foto: — Foto: Renata Amoedo
Para resguardar fotos, arquivos e contatos em caso de pane ou roubo é fundamental fazer o backup — Foto: — Foto: Renata Amoedo

Para preservar fotos, arquivos e contatos, faça cópias de segurança. Nas contas de Google, Apple, Samsung, WhatsApp, entre outras, é possível ativar a opção de backup automático na nuvem. Outra opção é o backup no computador. Basta conectar os dispositivos, via cabo, e seguir a orientação do fabricante.

Seguro pode ser uma alternativa

Contratar um seguro pode ser uma alternativa — Foto: — Foto: Renata Amoedo-
Contratar um seguro pode ser uma alternativa — Foto: — Foto: Renata Amoedo-

Contratar um seguro para o celular pode ser opção em alguns casos. Vai depender da possibilidade do usuário pagar o serviço, claro, e da reflexão se vale ou não a pena, tendo em conta o valor de um novo aparelho. Há opções a partir de R$ 9,90 no mercado, mas é importante prestar atenção nas situações asseguradas e na cobertura dos valores.

O que fazer ao ser furtado?

Senhas fortes e autenticação em duas etapas são fundamentais para a segurança dos dados arquivados no celular — Foto: Renata Amoedo
Senhas fortes e autenticação em duas etapas são fundamentais para a segurança dos dados arquivados no celular — Foto: Renata Amoedo

O primeiro passo é bloquear o aparelho para impedir que o ladrão entre no seu celular e tenha acesso aos seus aplicativos. O bloqueio pode ser feito com o número do IMEI junto à operadora. Isso irá tornar o aparelho inutilizável. Mas caso o usuário não tenha o códgo em mãos, é possível fazer isso com a conta cadastrada no iCloud (para iPhones) ou do Google (para usuários de Android).

O Celular Seguro, ferramenta criada pelo governo federal no ano passado, pretende facilitar essa etapa. Por meio de um aplicativo e um site abrigado no portal Gov.br, é possível bloquear instantaneamente aparelhos roubados e barrar os acessos a contas de bancos e serviços.

O acionamento do recurso pode ser feito pela vítima ou por alguém de confiança previamente cadastrado. Após essa etapa, é preciso guardar o número do protocolo e registrar um boletim de ocorrência na delegacia.

*Estagiária sob supervisão de Danielle Nogueira

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