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"Segundo ato”: é assim que Angélica Ksyvickis define a chegada aos 50 anos. “É um marco. Por isso, fiz questão de celebrar tanto”, diz a apresentadora, ícone da cultura pop nacional. No ano passado, ao completar meio século, ela deu uma festa de arromba e lançou a série “Angélica: 50 & tanto”, em que recebia na própria casa convidadas como Preta Gil, Xuxa, Paula Lavigne e Anitta para debater temas entrelaçados à sua vida: tempo, fama e feminismo. Agora, prepara-se para abrir mais a roda em “Angélica: 50 & uns”. Com gravações marcadas para junho e estreia prevista para o segundo semestre, no GNT, “Fantástico” e Globoplay, o programa vai dar a palavra aos homens. “Eles precisam ‘correr’ mais rápido porque estão ficando para trás. Vai ser um espaço para que possam falar sobre temas que, geralmente, não se debruçam, como libido, sexo, vida e corpo”, conta.

A apresentadora Angélica — Foto: Gil inoue
A apresentadora Angélica — Foto: Gil inoue

Casada há 20 anos com Luciano Huck, de 52, e mãe de Joaquim, de 19, Benício, de 16, e Eva, de 11, Angélica entrou na TV aos 4. O interesse pela “Buzina do Chacrinha”, primeiro programa em que apareceu, intensificou-se depois de ter presenciado um assalto em casa. A atração virou seu único passatempo, o que fez com que os pais a inscrevessem no concurso “A criança mais bonita do Brasil”. Ela saiu vencedora e nunca mais parou. Coincidência ou não, um segundo trauma, o pouso forçado do jatinho em que estava com Luciano, os três filhos e duas babás, em 2015, fez com que mudasse o curso da trajetória: “O acidente me chacoalhou para a vida. Foi revolucionário, no sentido positivo. Renasci como mulher, mãe e profissional”.

Na entrevista de duas horas feita presencialmente, na sua casa, no Rio, Angélica — que posou para o ensaio com peças da nova linha Maiolica Gialla da Dolce & Gabbana — falou sobre esse chacoalhar e também sobre duas décadas de casamento, educação dos filhos, julgamento das redes sociais, sexo, monogamia, traição e feminismo.

A seguir, os melhores trechos da entrevista:

Você fez dos 50 anos um grande acontecimento. Por que celebrar tanto?

Foi uma forma de revisitar a minha vida. Também quis celebrar as conquistas pessoais e profissionais, fechar esse ciclo e reunir tantas pessoas que conheci nesses anos. Óbvio que tinha que fazer festa. Também por esses motivos decidi realizar a série “Angélica: 50 & tanto” no lugar de um documentário, que não teria a minha cara. Com o portal Mina Bem-Estar (do qual é cofundadora), passei a conversar com mulheres. O projeto do programa nasceu pronto e as convidadas foram maravilhosas. A ideia foi abordar temas, em cinco episódios, que continuam sendo tabu, como o prazer feminino e a menopausa.

Como foi entrar na menopausa aos 43 anos?

Bateu esquisito por não saber o que estava se passando comigo, ninguém falava sobre esse assunto. Fiquei três anos sem entender. Tive calores horríveis, mas não caiu a ficha. Meu comportamento

mudou e fiquei mais irritada. Fui a médicos que me receitaram chá de amora até, finalmente, começar a reposição hormonal. A menstruação é romantizada enquanto a menopausa, marginalizada.

Como surgiu a ideia do “Angélica: 50 & uns”?

Adoro meu marido, meus filhos e amigos. Mas os homens precisam correr mais rápido porque estão ficando para trás. As mulheres estão em todas as frentes. O programa não é contra os homens e, sim, a favor. Eles não têm o costume de se sentar para conversar como a gente. Na série, os convidados vão se abrir sobre temas como libido e corpo. Será gravada na minha casa e terá também jogos e, a cada episódio, a participação de uma mulher especial.

Na relação com Luciano, é você quem chama para a conversa?

Apesar de fazer parte de uma geração que foi criada de forma mais conservadora, Luciano é curioso e gosta de ouvir. Mas, no dia a dia, sou sempre eu quem puxo a DR. Homens preferem não ter briga nem tirar debaixo do tapete determinadas situações. Ele pode até não concordar com que falo, mas fica lá, guardadinho.

Vocês vão completar 20 anos de casados. Pretendem celebrar como?

Queria fazer outro casamento, mas estou com preguiça (risos). Estava tão grávida quando me casei (em 2004) que não curti tanto a festa. A vontade de fazer a renovação de votos é enorme, estamos negociando isso. Seria uma celebração só para os íntimos, meus filhos entrando com a gente e eu, vestida de noiva. Numa praia na Bahia. Quem sabe?

Com o perdão do clichê, tem alguma fórmula para manter a “chama acesa”?

Não tem fórmula, cada um é de um jeito, mas precisa existir a vontade de estar junto. Eu e Luciano acreditamos na coisa da família e nos mesmos objetivos de vida a longo prazo. Temos projetos juntos. E respeito, que é o mínimo. Depois de um tempo, por mais que tenha a coisa do tesão, prevalece a amizade. O dia a dia requer muito isso porque não é sempre que a libido está lá em cima. O frio na barriga vai e vem.

Qual espaço que o sexo ocupa na sua vida hoje?

Sempre teve espaço grande. Aí vieram os filhos e a energia vital se voltou para a maternidade. Agora que eles cresceram, passamos a olhar um para o outro de novo. Usamos brinquedinhos eróticos. A intimidade faz com que o sexo fique melhor. Diria que ocupa 60%, hoje.

Já pensaram em deixar de ser monogâmicos?

Não. Mas a gente fala sobre isso, temos amigos que são (não monogâmicos). Porém, dois desses casais adeptos da não monogamia não deram certo e os exemplos ficaram esquisitos.

Perdoaria uma traição?

Dependendo do que fosse, sim. “Tenho outra família há 20 anos”. Isso seria bem difícil de perdoar. “Tive uma situação com outra pessoa”. Pode ser que perdoasse, mas nunca vivi uma situação assim. Já o Luciano, não sei se conseguiria (perdoar), acho que não.

Qual o impacto do acidente de avião na sua vida?

Quando se vive um trauma, isso fica no DNA. Tive crises de pânico que curei com meditação, respiração, ioga e reforço na terapia. Em paralelo, vivi a avalanche dos 40 anos, em que os filhos crescem, casamentos longevos ficam mornos e surge o questionamento profissional. Acabei renascendo como mulher, mãe e profissional. Foi na dor? Sim, mas soube o que fazer com ela.

Como reagiu às críticas de ter dado um vibrador para sua mãe e levado sua filha ao show da Madonna?

Fiquei decepcionada com a quantidade de mulheres que me julgaram por isso (presentear a mãe com vibrador), que acharam um exagero. Sou uma pessoa pública que desperta questionamentos. Minha intenção era de que as pessoas repensassem o próprio prazer. Já ter levado a Eva ao show da Madonna, vou te contar algo que nunca falei: uma amiga me relatou uma cena em que Madonna simula se masturbar sobre uma cama. Quando chegou a hora, virei a Eva e ela ficou de costas para o número. Mas cada um sabe de seu filho. Não se metam com a minha (filha), quem a educa sou eu.

É a favor da legalização do aborto? Já fez?

Sou, sim. Nunca fiz, mas defendo que a mulher seja protagonista do seu corpo e possa escolher. Não se pode envolver religião nessa questão, fé é uma coisa muito pessoal.

Sobre drogas, é a favor de leis que flexibilizem o uso da maconha, por exemplo?

Acho complicado num país como nosso, em que a educação não é prioridade, qualquer tipo de liberação maior. Mas pegar um menino com um cigarro de maconha e prendê-lo também é... Sou muito tensa com drogas e apavorada com o consumo alto de bebida entre os jovens.

Quais são as causas que te movem?

O empoderamento das mulheres. Quero ajudá-las financeiramente e com informação. Também desejo compartilhar ferramentas de bem-estar, que são tão importantes para mim. O mundo está muito louco, os robôs estão chegando aí e temos que nos unir contra eles (risos). Ser humano é isso: olhar para o outro.

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