Cirurgias combinadas: confira os principais cuidados após procedimentos realizados por Bárbara Evans

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Em entrevista ao GLOBO, o cirurgião plástico André Maranhão destacou os benefícios e principais cuidados desta prática.

— A realização de cirurgias associadas é comum quando tratamos de áreas contíguas que melhoram com a associação. Dependendo do resultado esperado, combinar os procedimentos traz vantagens como a redução do tempo total de recuperação e uso de uma única anestesia, porém mais prolongada. Toda associação exige uma equipe treinada para a mesma, com mais cirurgiões em campo cirúrgico ao mesmo tempo, para otimizar o procedimento — afirma.

Ele destaca que para realizar este tipo de procedimento, é indispensável o alinhamento de diversos fatores como a realização de exames detalhados, diálogo sobre as expectativas realistas, suporte familiar e apoio emocional, além de avaliação psicológica pré-operatória para preparar o paciente para as mudanças físicas e emocionais.

Até porque, como qualquer procedimento invasivo, sempre pode existir algum risco, ainda mais com múltiplas cirurgias.

— O mais indicado é orientar a busca por um médico da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, para os procedimentos serem realizados com total segurança e expertise, e que numa eventual intercorrência medidas rápidas e efetivas possam ser tomadas — explica Maranhão.

O médico explica que a recuperação e o pós-operatório de cirurgias combinadas requerem cuidados específicos para garantir a melhor recuperação possível e minimizar riscos de complicações.

— Mais curativos e medicações serão necessários, então a atenção é redobrada. Logo após os procedimentos, o paciente deve ser monitorado e deve ser realizada a administração adequada de analgésicos para controle da dor e desconforto — destaca André.

Ele detalha também o cuidado com a alimentação:

— O uso de soro intravenoso é recomendado até que o paciente possa ingerir líquidos por via oral, assim como uma dieta com líquidos, que deve avançar progressivamente para alimentos mais sólidos, conforme tolerado.

As primeiras 48 horas são as mais complicadas. Por isso, o médico destaca a necessidade da pessoa operada realizar pequenas movimentações, manter os curativos limpos e secos; monitorar a qualidade dos drenos, se houver, e o mais importante: seguir as revisões médicas para o cirurgião acompanhar bem a evolução do pós-operatório. E fundamentalmente, em caso de dúvidas, se dirigir a unidade hospitalar mais próxima se não for possível falar com a equipe.

Além disso, é importante que o paciente mantenha repouso nas primeiras semanas, evitando atividades físicas intensas e movimentos bruscos que possam prejudicar as áreas operadas.