Vídeo mostra bastidores da ação da FAB que interceptou avião com 400kg de cocaína

O Cesna-182 passou a ser monitorado pelo Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE) após ingressar no território nacional sem um plano de voo, segundo a FAB

Por O Globo — Rio de Janeiro


Aviões usados pela FAB na operação Divulgação/FAB

A Força Aérea interceptou nesta semana um avião carregado de cocaína nos arredores de Londrina, Paraná. A aeronave Cesna-182 tinha como origem o Paraguai e chamou a atenção das autoridades, que deslocaram caças Super Tucano e o avião radar E-99 para ação. Nas redes sociais, a FAB compartilhou um vídeo do momento exato em que militares são acionados para fazer a operação.

Assim que recebe o alerta, um aviso sonoro indica que um dos aviões da frota partirão em missão. Em poucos segundos, um militar sai correndo, já paramentado com o equipamento de voo, e embarca em um A-29 Super Tucano. Ao mesmo tempo, um avião radar E-99 também parte para a missão em conjunto com a Polícia Federal.

De acordo com a FAB, inicialmente, é realizado um Reconhecimento à Distância (RAD), quando o piloto da aeronave interceptadora capta imagens e informações básicas, como matrícula e tipo do avião interceptado. Com base nesses dados, é checada sua regularização. Sendo necessário, é realizado procedimento de Interrogação (ITG), por meio de contato via rádio e sinais visuais.

Avião fez pouso forçado nos arredores de Londrina — Foto: Reprodução

Posteriormente, se necessário, as medidas seguintes são de intervenção, isto é, na determinação para que a aeronave modifique sua rota e realize pouso obrigatório em um aeródromo determinado pela defesa aérea. “Se, ainda assim, não houver colaboração, após autorização da autoridade competente, é realizado o Tiro de Aviso (TAV), de forma visível, a fim de que a aeronave cumpra as determinações em vigor”, diz a FAB.

Segundo a FAB, a aeronave Cesna-182 entrou no território nacional pelo Mato Grosso do Sul, vindo do Paraguai. O Cesna-182 passou a ser monitorado pelo Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE) após entrar no país sem um plano de voo.

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A aeronave foi classificada como suspeita, e as autoridades constataram que a matrícula PT-CPR do avião era clonada, segundo a FAB. Após a interceptação, o piloto de um dos caças determinou o pouso obrigatório do avião em Londrina, no Paraná.

No entanto, às 11h10, o Cesna-182 desobedeceu a ordem e fez um pouso forçado em uma pista de terra de Santa Cruz do Rio Pardo (SP). Na aterrissagem, o avião acabou por se partir ao meio, deixando o carregamento da droga em meio espalhado pelo terreno.

O piloto da aeronave tentou escapar, mas acabou sendo localizado por um helicóptero da PF. Ele foi preso em flagrante pelo crime de tráfico internacional de droga, tendo sido encaminhado à Delegacia de Polícia Federal em Marília/SP.

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